SÃO PAULO – A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revisou para baixo a projeção de crescimento nas vendas reais do setor em 2018. A estimativa passou de 3%, divulgada em janeiro, para 2,5%. “A queda na previsão do Produto Interno Bruto para o ano e a alta da inflação nos últimos 12 meses, de 4,39%, próxima da meta do governo levaram à revisão”, afirmou a entidade.
Em junho, as vendas reais do setor tiveram alta de 3,4% em relação ao mesmo mês de 2017, segundo dados deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do primeiro semestre, a expansão foi de 2%, também em termos reais. Em junho, na comparação com maio, as vendas tiveram recuo real de 0,7%.
A paralisação dos caminhoneiros, a valorização do dólar e a queda da produção industrial foram fatores destacados por Marcio Milan, superintendente da Abras, que impactaram no resultado do período. Segundo ele, já era esperada queda em relação ao mês anterior porque muitas pessoas estocaram produtos no fim de maio preocupadas com a possibilidade da paralisação dos caminhoneiros durar mais tempo.
O executivo destacou que o setor supermercadista sofreu com o desabastecimento de certos produtos e que isso também influenciou no desempenho real em junho.
Em valores nominais, as vendas dos supermercados registraram aumento de 0,55% em relação a maio e, quando comparadas a junho do ano passado, a expansão foi de 7,9%. No acumulado do ano, cresceram 5,4%