SÃO PAULO – O PT não trabalha com cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato, disse nesta segunda-feira o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) antes de reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, no gabinete ministerial em São Paulo.
Haddad é cotado como plano B do partido caso Lula seja considerado inelegível pela Justiça Eleitoral. O ex-presidente cumpre pena depois de ter sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo Haddad, a reunião com Guardia é de rotina e tem sido feita com as assessorias dos candidatos, com o objetivo de colher informações sobre a realidade econômica do país para orientar o debate. “É muito proveitoso que se faça isso, que as pessoas tomem conhecimento com transparência do que está acontecendo. Cada candidato vai apresentar suas soluções para a crise em que o país se encontra. Eu não poderia recusar esse convite, que me parece adequado para esse momento de transição.
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O ex-prefeito disse ser importante uniformizar o conhecimento sobre a realidade de forma que cada candidato desenhe melhor sua proposta: “Vim recolher informações para que a gente possa ajustar nossas propostas e escolher a melhor saída para a crise. Nosso programa deve ser fechado num encontro no fim de semana, quando vamos dirimir algumas dúvidas. Será apresentado semana que vem. Os próximos pontos serão divulgados oportunamente.”
Haddad observou que as coordenações das campanhas devem adiar suas decisões finais talvez para após as convenções, pois existe brecha na legislação para isso. “Estamos fazendo uma rodada com os partidos para reforçar a candidatura do presidente Lula”, disse, destacando que dia 15 de agosto estará tudo selado. Ele destacou que o partido está trabalhando com o código eleitoral, que dá total condição de Lula disputar.
“Nosso plano está bem organizado. É como fizemos na crise de 2002, uma crise não tão severa como a de hoje. Mas era grave, o dólar estava mais alto do que hoje e nós não tínhamos reservas. E Lula foi o presidente mais exitoso do ponto de vista econômico. Lula conhece o país como ninguém e vai apresentar um plano de governo sustentável para a retomada do desenvolvimento”, afirmou, acrescentado que ainda assim as reservas serão usadas “parcimoniosamente”.