Arquivo diários:07/09/2020

Sete de Setembro em Brasília tem aglomeração, Bolsonaro sem máscara e gritos de ‘mita’ para Michelle

BRASILIA, DF, BRASIL, 07-09-2020, 10h00: O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira dama Michelle Bolsonaro

DANIEL CARVALHO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – No primeiro Sete de Setembro desde a ditadura militar sem desfile, uma cerimônia mais enxuta na frente do Palácio da Alvorada provocou aglomeração de apoiadores, autoridades e jornalistas nesta segunda-feira.

A parada militar do Dia da Independência foi cancelada pelo Ministério da Defesa no início de agosto, quando portaria do ministro Fernando Azevedo orientou as Forças Armadas a se absterem de participar de “quaisquer eventos comemorativos” como desfiles e paradas

O objetivo era evitar aglomerações tanto de militares na cerimônia como de civis nas arquibancadas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Apesar do número menor de público (foram entre 1.000 e 1.200 apoiadores, segundo o Palácio do Planalto, ante de 25 mil a 30 mil no ano passado, na Esplanada dos Ministérios), o ato de 16 minutos de duração fez as pessoas, muitas delas sem máscara, se amontoarem para chegar perto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), da primeira-dama, Michelle, e de ministros.

Eles ficaram numa área ao sol, em pé. Um pequeno grupo buscou abrigo embaixo da única árvore que, na seca de Brasília, ainda tinha uma copa com folhas. Em ao menos dois momentos, a Folha presenciou desentendimentos entre apoiadores, rapidamente contornados.

Na claque, estava Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, primo dos filhos do presidente.

Ao contrário do que acontece diariamente no Palácio da Alvorada, a claque ficou mais afasta da imprensa, que foi posicionada em um palanque elevado e coberto. Os dois grupos estavam de frente para o jardim do palácio.

A primeira a aparecer foi Michelle Bolsonaro, que chegou a pé acompanhada do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, e do secretário especial de Cultura, Mario Frias.

De máscara, Michelle foi até o público e apertou as mãos de várias pessoas. À medida que ela se deslocava, dois servidores passavam oferecendo álcool em gel à plateia. Ela ouviu gritos de “mita”, em alusão ao apelido do marido.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) se aproximou de máscara, mas tirou o equipamento de proteção para fazer selfies com eleitores. Ele e Michelle são personagens do suposto esquema de “rachadinha” envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.

Ao chegarem em ônibus, alguns ministros foram assediados. Houve gritos de “Paulo Guedes, eu te amo”, para o ministro da Economia e menção aos nomes de Eduardo Pazuello (interino da Saúde), Tereza Cristina (Agricultura), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, chegou sem ser notado pelo público. Mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi vaiado ao sair do carro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mais uma vez não participou da cerimônia ao lado de Bolsonaro -ficou no Rio de Janeiro. Maia vive uma relação tensa com Bolsonaro e deu sinais de rompimento com Paulo Guedes na semana passada.

Pouco antes das 10h, Bolsonaro deixou a área interna do Alvorada no Rolls Royce presidencial com crianças que, em sua maioria, estavam sem máscara, assim como o presidente. De acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), eram filhos de autoridades e convidados.

Sob um sol de 30ºC, ele acompanhou o hasteamento da Bandeira Nacional, cantou o Hino Nacional e o Hino da Independência. Logo depois, acompanhou uma apresentação da esquadrilha da fumaça.

Na primeira fila, junto com Bolsonaro e Michelle, estavam o ministro Walter Braga Netto (Casa Civil), o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, Toffoli, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), Alcolumbre e sua esposa, além dos chefes das Forças Armadas. Os ministros estavam logo atrás. Havia uma área para convidados, também ao sol.

A cerimônia ocorreu das 10h05 às 10h21, mas Bolsonaro ainda ficou pouco mais de meia hora cumprimentando a plateia.

Nos últimos anos, o desfile se tornou um teste de popularidade para mandatários do Palácio do Planalto. Em momentos de baixa popularidade, presidentes evitavam o público geral para fugir de eventuais protestos.

No ano passado, mesmo diante de uma crise fiscal, o presidente Jair Bolsonaro aumentou o desembolso para promover a cerimônia cívica.

O contrato assinado pela gestão pública para a montagem e organização da cerimônia militar previa um custo de R$ 971,5 mil, 15% mais do que no ano anterior, em valores corrigidos pela inflação (IPCA). Até a publicação desta reportagem, a Secom não havia informado o valor gasto com a cerimônia deste ano.

Professora Cláudia Santa Rosa escreve carta à governadora Fátima Bezerra e ao prefeito Álvaro Dias

Carta à Governadora Fátima Bezerra e ao Prefeito Álvaro Dias.

Cláudia Santa Rosa

Leio sobre praias, restaurantes, bares, ruas, feiras livres, shoppings…lojas lotadas. Academias abertas. As festas são cada vez mais comuns. Vejo em fotos e vídeos pessoas aglomeradas, sem máscaras.
Beijos, abraços…
Crianças, jovens e adultos “sendo felizes”.
Turismo retomando.
Transporte público em atividades.
Parece que tudo ou quase tudo voltou ao “normal”.

E as Escolas?
Já são quase 6 meses de portas fechadas.
É preciso agir!

A pandemia é severa e nos impõe desafios, mas sinto falta de atitudes governamentais objetivas e ágeis para garantir o direito à Educação. Carecemos que sejam criadas as condições apropriadas para, também, serem reabertas as escolas, nem que seja para receber cada estudante uma vez por semana, no sistema de rodízio, o que já será significativo, contando com roteiros de estudos para casa (ofereço ajuda técnica, se for o caso, para ajudar a montar esse modelo de mediação de aprendizagem).

*Num país com as desigualdades sociais que o Brasil amarga, Educação é vacina contra a ignorância.*

O ato público das escolas particulares pela reabertura das escolas é simbólico, inusitado, longe de ser desprezível.

Fraternalmente,

Cláudia Santa Rosa
Professora

Dia da Independência do Brasil, 2020.
Véspera do Dia Mundial da Alfabetização.

Cocal no Piauí é município onde político fala a verdade

O ex-prefeito de Cocal, José Maria da Silva Monção, admitiu neste domingo (06), durante a convenção partidária do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e Progressistas (PP), que roubou dinheiro público do município para dar ‘aos pobres’ no período em que geriu a cidade. A declaração foi encarada de forma cômica pelo senador Ciro Nogueira, e pelo prefeito Teresina, Firmino Filho, presentes no evento. (VEJA VÍDEO ABAIXO).

“Eu fui prefeito três vezes, conheci o sofrimento. Mas também não roubei o tanto que esse daí [atual prefeito] roubou. Esse é descarado e está afundando Cocal. Eu posso até ter tirado alguma coisa e dado para os pobres. Ninguém pode ser tão sincero. Se eu não tivesse tido tanto direito eu não tinha ido preso. Se eu fui preso, é porque tinha motivo”, declarou o ex-prefeito.

Em seguida, José justificou os atos e, novamente, atacou o atual prefeito Rubens Vieira. “Eu quero dizer para vocês, mas político que rouba, rouba para dar para o povo. É difícil o cara roubar para si. Agora esse daí não, ele roubou para ele. A maior mansão de Cocal é dele”, disparou.

Foto: Reprodução Live Convenção – Cocal.
A convenção partidária foi realizada para confirmar a candidatura do médico Cristiano Brito a prefeito da cidade e do atual vereador do município e presidente da Câmara dos Vereadores, Chico do Nego (PP), como vice.

Estavam presentes no evento, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, a deputada federal Iracema Portela (PP), o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), além de candidatos ao legislativo, autoridades e lideranças locais.

No vídeo que mostra o ex-prefeito é possível ver ao fundo tanto Ciro Nogueira como Firmino Filho caindo na gargalhada após a declaração. Ao todo, 31 candidatos vão concorrer a vagas na Câmara Municipal de Cocal.

No combate à pandemia, Álvaro Dias foi o prefeito das capitais do Brasil mais aprovado pela população, diz O Globo


O jornal O Globo publicou uma matéria com de revela um minucioso levantamento sobre o desempenho dos prefeitos no combate à pandemia e sua consequente aprovação pelo povo.
O prefeito de Natal Álvaro Dias foi o campeão brasileiro em crescimento eleitoral entre todos os prefeitos.
Apesar das dificuldades de uma capital pobre de estado nordestino, Álvaro Dias instalou em tempo recorde o melhor hospital de campanha  do Brasil e estabeleceu protocolos médicos e medidas profiláticas que receberam citações e elogios em revistas científicas internacionais.
Álvaro Dias montou retaguarda, instalou hospital, montou centro de prevenções, telemedicina, respeitou e cumpriu opiniões científicas .
Mesmo enfrentando problemas políticos com seu antecessor Carlos Eduardo Alves “caningando” no Twitter reclamando de tudo, até do grafite da escadaria de Arria Preta querendo indicar a prima da seus mulher vice-prefeita, Álvaro encontrou serenidade, equilíbrio e competência para atingir os melhores resultados do Brasil.
Confira a matéria de O Globo:

Celso Rocha de Barros: Bolsonaro desligou a Lava Jato

Direita é o cara que fugiu da cadeia enquanto liderava a luta contra a corrupção
Parada do 7 de setembro do ano passado – Bolsonaro com Edyr Macedo e Silvio Santos 

Na semana passada, o STF concluiu o processo judicial mais longevo da história brasileira. Tratava-se de disputa entre, veja bem, a princesa Isabel e o governo brasileiro para saber quem é dono do Palácio Guanabara, onde trabalha seja lá quem a milícia tiver escolhido para ser governador do Rio de Janeiro. O processo durou 125 anos.

Mas a briga da princesa já tem concorrentes para o posto de processo que demorou mais e deu em menos na história brasileira. Afinal, as investigações de corrupção chegaram à direita.

Resultado: em menos de uma semana, o governador do Rio, que nomeia o procurador-geral, que investiga a família Bolsonaro, foi trocado por outro governador, aliado de Bolsonaro. E a força-tarefa da Lava Jato de São Paulo renunciou porque a procuradora indicada pelo PGR de Bolsonaro parecia disposta a melar as investigações.

Eu me lembro, jovens, da fúria santa que caracterizava o clima político quando as investigações eram contra a esquerda. Mas chegou à direita, e, agora, cai o governador para beneficiar o presidente, desmonta-se a Lava Jato na frente de todo mundo, e nada.

Por isso, sempre que você ouvir a pergunta “o que significam esquerda e direita no Brasil de hoje?”, responda: esquerda é o cara que foi preso. Direita é o cara que fugiu da cadeia enquanto liderava a campanha contra a corrupção que prendeu o cara de esquerda. Centro é o procurador que entrou nesse negócio achando que ia mesmo poder prender todo mundo.

Quem matou as investigações de corrupção foi a extrema direita. Jair Bolsonaro, o candidato outsider de 2018 eleito na “eleição da Lava Jato”, foi quem matou a Lava Jato. Os generais que iam para o Twitter ameaçar golpe se absolvessem o Lula mataram a Lava Jato. Os bolsonaristas que não tinham “bandido de estimação” mataram a Lava Jato.

Mas e aqueles movimentos todos de rua, camisa de seleção, ética na política? Bom, o Vem pra Rua está pedindo o impeachment do Aras, o procurador-geral da República. Isso, o do Aras, não o do Bolsonaro, esse impeachment eles não querem.

Perguntem aos procuradores da Lava Jato o que aconteceu no governo Bolsonaro e vejam se eles acham que a culpa é do Aras ou do Bolsonaro.

A esta altura, você pode perguntar: mas a Lava Jato não era mesmo cheia de problemas, não estava na hora de acabar aquilo e seguir com a vida? É mais complicado que isso, mas, para facilitar, digamos que seja o caso.

Mesmo assim, perdoe-me por achar chato que acabe depois do meu lado ter perdido muito mais. É muito, muito ruim para a democracia que as instituições possam ser ligadas e desligadas conforme o interesse de um dos lados do espectro político.

A própria esquerda está satisfeita com o fim da operação. Muita gente inteligente, gente que eu respeito, acha que os resultados do ciclo antissistêmico dos anos dez foram tão desastrosos que, a essa altura, qualquer acomodação ajuda.

Talvez eles tenham razão. O que eu ainda não entendi é por que eu devo confiar que o processo em curso seja um desmonte ideologicamente equidistante, e não um aparelhamento bolsonarista. O que me parece é que a capacidade de ligar e desligar as instituições está se tornando mais, e não menos, concentrada nas mãos da turma de sempre.

*Celso Rocha de Barros, servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra). (Folha de S. Paulo – 07/09/2020)

Só dono de carro mais caro sentirá diferença com a nova gasolina

EDUARDO SODRÉ
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A nova especificação da gasolina comum disponível no país reduz o consumo dos carros, mas apenas donos de modelos mais sofisticados devem perceber alguma diferença no uso urbano. A conclusão é baseada em testes feitos pela reportagem em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia.
Três modelos 2020 passaram pela avaliação: o popular Fiat Uno 1.0 Fire Attractive (R$ 45.890), o sedã médio Toyota Corolla XEI (R$ 121.690) e o cupê esportivo Honda Civic SI (R$ 179.990). Os carros foram cedidos pelas montadoras.
As medições seguiram os mesmos critérios adotados no Teste Folha-Mauá, realizado desde 1996.

O popular Uno registrou médias urbanas de 13 km/l com a nova gasolina e de 12,9 km/l com a antiga. A melhora de apenas 0,77% é considerada empate técnico pelo Instituto Mauá de Tecnologia.

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