Arquivo diários:04/10/2020

Irritado, Bolsonaro pretende repreender Marinho por críticas a Guedes


Presidente avalia que atrito entre ministros chegou ao limite e quer encerrar disputa em reunião de governo para ‘discutir relação’
BRASÍLIA

Após a briga entre os ministrosRogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Paulo Guedes (Economia), o presidente Jair Bolsonaro (sem paprtido) disse neste final de semana que pretende repreender Marinho em uma tentativa de encerrar de vez a disputa entre os dois.

A expectativa é de que a conversa do presidente com o ministro ocorra no início desta semana, quando Bolsonaro deve promover uma reunião ministerial e, segundo assessores palacianos, “discutir a relação”.

Segundo aliados do presidente, Bolsonaro se irritou com as críticas feitas por Marinho ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em uma conversa com investidores. Para Bolsonaro, as afirmações não eram apropriadas àquele ambiente e tumultuaram ainda mais o debate em torno de uma solução para a ampliação do Bolsa Família.

Na avaliação do presidente, a briga entre os dois subordinados chegou ao limite quando saiu das conversas privadas e passou a ser demonstrada publicamente.

No Palácio do Planalto, apesar de haver resistência a Guedes na cúpula militar, a postura de Marinho foi classificada no final de semana como um gesto descabido e de traição do ministro à equipe de governo.

Do Blog do Primo: Primário e sem experiência para exercer um cargo da envergadura de Ministro de Estado, Rogério Marinho ainda está preso ao tempo das fofocas dos governos de Aldo Tinoco e Wilma de Faria. Rogério sempre foi conhecido como desagregador e fofoqueiro, adora fazer intriga.. Parece que tem um transtorno psicológico. Ele ainda é provinciano, certamente vai cair.

Rogério Marinho em sua temporada ao lado de Micarla de Sousa

 

Vereador Fernando Lucena do PT chama secretário de Saúde de “vagabundo e chefe de picaretagem”

O Blog do Primo vem constatando e alertando que o secretário de Saúde, Cipriano Maia tem sido motivo de desgastes da governadora Fátima Bezerra que nas outras áreas do seu governo tem obtido bons resultados.
A pasta da Saúde não está bem no seu governo, até mesmo o vereador do PT, Fernando Lucena não poupa críticas.
Lucena não poupou palavras criticando o secretário e até fez denúncias no Plenário da Câmara Municipal de Natal.
“O Cripriano ‘treme-treme’, aquele vagabundo, secretário que eu não tinha um posto de saúde pra dar para aquele vagabundo está contratando uma OSCIP” (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), diz o vereador. E continua, “Eu estou denunciando isso aqui para depois ninguém dizer que Lucena do PT está encobrindo safadeza”, afirmou e não parou por aí, mas adiante ele diz: “Eu Tô denunciando aqui é a picaretagem! Quem é o chefe da picaretagem? Cipriano Maia”.

“Onde essa gente [OSCIP] passou não tem nada sério”, exclamou o vereador. “Tem picaretagem e eu vou denunciar ao Ministério Público Federal, Estadual, todos os órgãos de fiscalização”, completou.

Lucena afirmou também acreditar na inocência do ex-presidente Lula: “Se eu soubesse que o Lula era ladrão, o que eu não acredito, eu estava dizendo a mesma coisa com ele, mas como até agora não me provaram nada”, disse.

As palavras dirigidas à governadora Fátima Bezerra foram as seguintes: “A fumacinha da corrupção começa a sair. Sra. Fátima Bezerra, zele pelo seu passado e mande apurar. Eu vou pedir apuração, a senhora goste ou não”, falou Lucena. “Se mantiverem o contrato com essa OSCIP, a picaretagem chegou no Estado”.

Confira o vídeo:

Lula diz que Bolsonaro vive ‘lambendo as botas do governo americano’

ex-presidente Lula afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “vive todo santo dia lambendo as botas do governo americano, mesmo quando o governo americano fala bobagem contra o Brasil”.

As declarações foram dadas em um discurso no evento virtual “Pela Soberania Nacional, em Defesa do Povo Brasileiro”, promovido pela Federação Única dos Petroleiros, em comemoração aos 67 anos da Petrobras, neste sábado (3).

Em um vídeo com quase cinco minutos de duração, o petista afirmou que a soberania brasileira “está correndo risco” e que o governo Bolsonaro “vende a alma ao diabo”.

“Soberania é o estado brasileiro assumir a responsabilidade pelo estado de bem-estar social de 210 milhões de brasileiros, sejam eles da origem social que forem. Cabe ao estado soberanamente cuidar do nosso país”, afirmou o ex-presidente.

“Agora, quando você tem um Brasil que coloca um general nosso para ser subordinado a um general americano no comando da Quarta Frota, que é a frota americana para tomar conta do oceano Atlântico e para vigiar o nosso petróleo, quando você tem um presidente da República que vive todo santo dia lambendo as botas do governo americano mesmo quando o governo americano fala bobagem contra o Brasil, quando você tem um ministro da Educação, um ministro das Relações Exteriores que lambe as botas do presidente americano, que é tão troglodita quanto o nosso, sabe, que é um cara violento, que não acredita na democracia, que não respeita os direitos humanos, ou seja, o que que você pensa da nossa soberania? Ela está correndo risco”, afirmou Lula.

“Um país que não tem soberania não é respeitado. O Brasil não tem tendência para voltar a ser colônia”, seguiu o ex-presidente. “Não é possível que esse país tenha dirigentes que não gostam do país. E quem não gosta do país venda a alma ao diabo, e é isso que eles estão fazendo agora”, concluiu.

As declarações de Lula ocorrem poucos dias depois do Supremo Tribunal Federal decidir permitir que a Petrobras venda suas refinarias sem aval do Legislativo. Na quinta (1º), a corte rejeitou uma ação em que o Congresso acusava o governo de desmembrar a empresa estatal matriz para vender subsidiárias, que não dependem de aval do parlamento para serem privatizadas

FOLHAPRESS

PF avança sobre auxiliares diretos de Bolsonaro no inquérito dos atos antidemocráticos

A Polícia Federal avança sobre mais um nome de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na investigação dos atos antidemocráticos. Trata-se de Max Guilherme Machado de Moura, ex-policial do Bope do Rio de Janeiro, atualmente assessor especial no gabinete pessoal do presidente.

A PF apura a ligação do PM com perfis nas redes socais que estimularam as manifestações contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.

É o quinto nome na assessoria do presidente a figurar no inquérito e a motivar perguntas da PF nos interrogatórios.

Os demais foram os assessores especiais Tércio Tomaz Arnaud, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, apontados como integrantes do chamado “gabinete do ódio”, além do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro.

Iniciado a partir de um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o inquérito busca elucidar a ligação de apoiadores do presidente com as manifestações que pediam fechamento da corte e do Congresso.

A PF tem feito progressos na coleta de informações sobre a organização e o patrocínio desses atos, ocorridos seja em ambiente virtual, seja nas ruas do país —um deles, no mês de abril em Brasília, em frente ao QG do Exército, contou com a presença de Bolsonaro.

Evidenciada pelos interrogatórios das últimas semanas, uma das linhas de apuração é tentar esclarecer o envolvimento de assessores diretos do presidente.

O nome de Max Guilherme foi mencionado pela delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, encarregada do inquérito, nos interrogatórios do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), de Tércio e de José Matheus, nos dias 10 e 11 do mês passado.

Os três foram questionados sobre a relação que mantêm com Max Guilherme.

Filho do presidente, Carlos respondeu que o “conhece, uma vez que o mesmo trabalha com o presidente de República, [mas] que não tem relação profissional com Max”.

José Matheus também disse conhecer “Max, da assessoria do presidente, mantendo apenas uma relação profissional com ele”.

Além de perguntar se conhece Max, a delegada quis saber de Tércio se “criou alguma página ou publicou algum conteúdo para Max”.

Tércio respondeu que “conhece Max, uma vez que ele trabalha na assessoria pessoal do presidente da República”, mas que não se recorda de ter criado alguma página ou publicado conteúdo em redes sociais.

“Max aparentemente não tem domínio das redes sociais e acredita que ele tenha redes sociais de uso pessoal”, consta do depoimento de Tércio.

Sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro e ex-integrante do Bope, Max Guilherme foi designado para atuar na segurança de Bolsonaro em novembro de 2018, ainda durante o governo de transição do então presidente eleito. Após a posse, ele passou a integrar o gabinete pessoal do presidente.

Ele acompanha Bolsonaro em compromissos oficiais. Na semana passada, esteve com o presidente em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, de acordo com a agenda divulgada pelo Palácio do Planalto.

Recentemente, Bolsonaro o admitiu no quadro suplementar de agraciados da Ordem do Mérito da Defesa.

No ano passado, um número atribuído ao nome do sargento da PM foi identificado pelo Ministério Público em uma lista de contatos de Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Queiroz é apontado como o operador do esquema da “rachadinha” no gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Por meio da assessoria de imprensa da Presidência, a Folha enviou perguntas a Max Guilherme, mas não houve respostas até a publicação deste texto.

FOLHAPRESS

Paulo Guedes declara guerra ao ministro Rogério Saco Preto

Conhecido no RN como uma pessoa sorrateira e traiçoeira, Rogério Marinho sempre esteve em litígios provocados pela sua exarcebada sociopatia. Ele tem um longo histórico de traições, a mais famosa foi sua traição à ex-governadora Wilma de Faria que no momento oportuno será cintada pelo Blog do Primo.
Agora ele está tentando derrubar Paulo Guedes, por último ele vai fazer o mesmo com Bolsonaro. Quem for vivo, verá!
Traiu Wilma tentando tomar o PSB e agora quer tomar o Ministério da Economia de Paulo Guedes

Deu no Estadão
A guerra declarada entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Social, Rogério Marinho, em torno da forma de financiamento do programa Renda Cidadã esquentou a temperatura política em Brasília e evidenciou um racha no governo Jair Bolsonaro.

A divisão entre as alas fiscalista – representada por Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – e a desenvolvimentista – liderada por Marinho, ministros militares e líderes do Centrão – gira em torno do teto de gastos, a regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação.

Nessa disputa, Marinho é o “inaugurador” de obra e próximo ao presidente Bolsonaro. Guedes é taxado como “cortador” de despesas, incluindo benefícios, e defensor do teto.

A ala desenvolvimentista, como mostrou o Estadão/Broadcast, quer colocar de pé o Renda Cidadã excluindo o programa do limite do teto de gastos, mesmo que temporariamente. A iniciativa abriria espaço para investimentos públicos, já que as despesas com o Bolsa Família também poderiam ficar de fora do teto. Com os efeitos da pandemia ainda esperados para 2021, o argumento desse grupo é que será preciso continuar com medidas de estímulo para auxiliar a população mais vulnerável e os investimentos públicos, garantindo a retomada econômica.

Na sexta-feira, depois que Marinho, em conversa com investidores do mercado, disse que o programa seria feito de qualquer jeito, Guedes reagiu e cobrou da ala política “coragem” para fazer o ajuste. Para os fiscalistas do governo, a mudança do teto vai trazer instabilidade e colocar o País em uma trajetória explosiva de dívida pública, com recessão e fuga de investidores.

A expectativa agora é de mais ajustes de alta nas taxas de juros cobradas pelos investidores com as incertezas em torno do Renda Cidadã, ao longo da próxima semana. Marinho e lideranças do governo no Congresso têm estreitado as conversas com o mercado financeiro, mas sem conseguir acalmar o nervosismo em torno do risco fiscal.

Na avaliação do ex-secretário adjunto de Política Econômica e atual diretor de Estratégias Públicas do Grupo MAG, Arnaldo Lima, o ideal é que Guedes e Marinho possam convergir na agenda de reformas, o que traria mais calma para o mercado financeiro. Ele lembra que Marinho foi um dos principais responsáveis pela aprovação da modernização trabalhista e previdenciária. “Chegou a hora da política econômica voltar a se sobrepor à economia política e tanto Guedes quanto Marinho são cruciais para esse reposicionamento estratégico”, diz.

Comparação

A briga entre Guedes e Marinho já é comparada ao episódio do envio do primeiro orçamento com déficit pelo governo Dilma Rousseff. Em 2015, a disputa dos dois principais ministros de Dilma, Joaquim Levy, na Fazenda, e Nelson Barbosa, no Planejamento, em torno do envio ao Congresso do projeto de Orçamento de 2016 com a previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões (foi a primeira vez que isso aconteceu) dividiu o governo entre as alas fiscalista e desenvolvimentista. O Brasil perdeu o grau de investimento, o selo de bom pagador, pela agência Standard & Poor’s dias depois.

A divergência de rumo da política econômica acabou levando mais tarde à troca de comando da equipe econômica. Levy aceitou enviar o orçamento com déficit, mas deixou o ministério da Fazenda poucos meses depois, em dezembro do mesmo ano, após uma sequência de derrotas para Barbosa e os ministros palacianos na tentativa de garantir um ajuste fiscal mais rápido a partir de 2016. Barbosa defendia um ajuste gradual para não comprometer o crescimento e os investimentos.

ESTADÃO CONTEÚDO