Arquivo diários:08/10/2020

Bolsonaro faz doação irregular de R$ 10 mil em espécie ao filho Carlos Bolsonaro


O presidente Jair Bolsonaro doou R$ 10.000 em espécie à campanha do filho, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O valor supera o limite diário de R$ 1.064,10 estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O candidato nega as irregularidades.

De acordo com o site de prestação de contas do tribunal, a doação foi efetuada na última 6ª feira (2.out.2020). A Secretaria de Comunicação da Presidência da República declarou que não comentará o caso.

Carlos Bolsonaro tenta a reeleição a vereador da capital fluminense. A candidatura ainda não foi homologada.

TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determina que “todas as doações de valor igual ou superior a R$ 1.064,10 somente poderão ser realizadas mediante transferência eletrônica entre as contas do doador e do candidato, ou ainda por meio de cheque cruzado e nominal”. 

Pelo Twitter, Carlos Bolsonaro explicou a situação. Segundo ele, houve 1 erro na hora de registrar a doação no sistema da Justiça Eleitoral. Ele afirmou que tudo será resolvido em breve.

Vacinas são patrimônios da humanidade e devem ser sempre criadas para o bem comum, não apenas para o sucesso financeiro de um país específico, diz Papa

Foto: reprodução

O papa Francisco voltou a cobrar nesta quarta-feira (07/10) que as vacinas devem ser sempre criadas para o bem comum e não apenas para o sucesso financeiro de um país específico.

Em uma entrevista publicada pelo site Vatican News, o pontífice disse que a saúde é um “bem comum” e que nenhum laboratório pode ser proprietário de uma possível vacina contra o novo coronavírus.

“A vacina não pode ser propriedade do laboratório que a encontrou ou de um grupo de países aliados só por isso. A vacina é um patrimônio da humanidade, de toda a humanidade, é universal porque a saúde é um bem comum, como nos ensina a pandemia [do novo coronavírus]. É um patrimônio comum, pertence ao bem comum e esse deveria ser o critério”, disse o líder católico.

Ao falar sobre a pandemia, Francisco voltou a dizer que a humanidade “não vai sair como antes” da crise sanitária e econômica, ressaltando que “ou vamos sair melhores ou piores”.

“A maneira com que sairemos disso depende das decisões que tomamos durante toda a crise”, acrescentou.

Essa não é a primeira vez que o pontífice se manifesta sobre a vacina anti covid-19 e sua posterior distribuição. Em agosto, o religioso afirmou que “seria triste” se a imunização fosse primeiro para os ricos e não para os mais vulneráveis. Cerca de um mês depois, o líder católico alertou para o “surgimento de interesses particulares […] para se apropriar de possíveis soluções, como no caso das vacinas, para depois vendê-las aos outros”.

O Papa também foi questionado sobre a realização das celebrações e audiências religiosas sem a presença do público por conta da segurança dos fiéis, no ápice da pandemia.

“Foi como falar com fantasmas. Mas, compensei essa ausência física com o telefone e com as cartas. Isso me ajudou muito a medir sobre como as famílias e as comunidades estavam vivendo”, disse ainda.

UOL com informações da ANSA

Apenas eu e Guedes temos palavra final na economia, diz Bolsonaro mandando Saco Preto ficar calado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (7), durante evento em Brasília, que apenas ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes, possuem a “palavra final” sobre assuntos econômicos.

Bolsonaro disse se “surpreender” quando o mercado financeiro reage seguindo falas feitas por outros integrantes do governo, como ministros e assessores, que não teriam poder para decidir a agenda econômica.

“Me surpreende por vezes o mercado em função da fala de um ministro ou de um funcionário de segundo escalão falar uma coisa e passar a ser uma verdade. A bolsa cai, o dólar sobe. A palavra final na economia não é de uma pessoa só, são de duas pessoas. Eu e Paulo Guedes”, afirmou.

Nesta quarta, Bolsonaro participou do lançamento do programa Voo Simples, estruturado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, trata-se de um conjunto de medidas que desburocratizam o setor aéreo e beneficam empresas de pequeno porte.

Disputas e conciliações

Nas últimas semanas, divergências internas do governo se tornaram públicas, em especial entre Paulo Guedes e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Diante de informações de que Marinho o teria criticado durante reunião privada com economistas, Guedes afirmou que se as críticas fossem verdadeiras, o colega é “despreparado, desleal e fura teto.”

Das três adjetivações, a última embute a divergência. Guedes é contra qualquer flexibilização no teto dos gastos públicos e insinua que a área de Marinho, desejosa de obras de infraestrutura, poderia pressionar a limitação. Parte do mercado vê o teto dos gastos como uma espécie de seguro de que as contas públicas brasileiras seguirão sob controle.

Após os momentos de tensão, no entanto, os ministros adotaram tom de conciliação. Guedes defendeu que se “pare de falar em crise” e Marinho afirmou que reunião teve “tom de reforçar austeridade” e negou ter criticado o titular da Economia.

CNN BRASIL