A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar movimentações financeiras de Frederick Wassef, ex-advogado de Jair e Flávio Bolsonaro. A investigação tem como base documento de inteligência do Coaf produzido em julho deste ano, que mostrou pagamentos de R$ 9 milhões da JBS para Wassef. O relatório reúne informações bancárias envolvendo o advogado, seu escritório e uma empresa à qual é vinculado. Algumas das operações foram consideradas suspeitas pelo Coaf.
O relatório, revelado pela revista Crusoé, foi produzido um mês depois de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, ser preso em um imóvel de Wassef, em Atibaia (SP). Após o episódio, o advogado anunciou ter deixado a defesa do filho do presidente.
O inquérito foi aberto após o Ministério Público enviar à Polícia Federal a documentação do Coaf, com o objetivo de que os indícios existentes fossem apurados.
No mês passado, Wassef virou réu sob acusação de peculato e lavagem de dinheiro, suspeito de participar de um esquema que teria desviado R$ 4,6 milhões das seções fluminenses do Sesc (Serviço Social do Comércio), do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e da Fecomércio (Federação do Comércio).
PAINEL FOLHA