Arquivo mensais:outubro 2020

Covid volta com força nos EUA

Ontem,quinta-feira (29), a poucos dias das eleições presidenciais – marcadas para 3 de novembro – os Estados Unidos voltaram a bater o recorde diário de casos registrados do novo coronavírus desde o início da pandemia.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, 87.164 novos casos foram reportados no país nesta quinta – superando os 83.731 novos infectados confirmados em 24 horas na última sexta-feira (23).

Com a nova alta, o país está próximo dos 9 milhões de casos, com 8.944.632 infectados já registrados até o fim do dia. Os EUA seguem como país com mais recordes do mundo, seguidos pela Índia (que chegou no dia anterior aos 8 milhões).

Ainda pela contagem da Johns Hopkins, os EUA somaram 228.647 óbitos relacionadas à Covid-19 desde o início da pandemia, à frente do Brasil (o segundo país que teve mais óbitos: 158.969).

Nos Estados Unidos, 41 estados tiveram pelo menos 10% mais casos novos de Covid-19 na semana passada em comparação com a semana anterior, de acordo com dados da Johns Hopkins. Nenhum estado viu um declínio de casos de 10% ou mais.

Ex-comissário da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, o Dr. Scott Gottlieb disse acreditar que 100.000 novos casos por dia nos EUA são iminentes.

“Iremos cruzar com 100.000 infecções em algum momento nas próximas semanas, provavelmente. Podemos fazer isso esta semana, se todos os estados apresentarem relatórios a tempo”, disse Gottlieb.

Segundo contagem da agência Reuters, a alta de casos nos EUA foi ainda maior nesta quinta: com mais de 91 mil. De acordo com a Reuters, maior alta diária até aqui foi registrada na Índia, em 17 de setembro, com 97.894 novos casos em 24 horas.

CNN BRASIL

Em visita ao Maranhão, Bolsonaro faz piada preconceituosa: ‘virei boiola, igual maranhense’

Família Abravanel e SBT com Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou atenção ao fazer uma piada preconceituosa em sua primeira visita oficial ao estado do Maranhão. Enquanto se encaminhava para o segundo compromisso do dia, saindo da capital São Luís rumo à cidade de Imperatriz (MA), Bolsonaro fez uma brincadeira de teor homofóbico após beber um copo de Guaraná Jesus, bebida típica do estado.
Em meio a uma grande aglomeração de pessoas e sem usar máscara, o presidente se divertiu com a cor rosa da bebida. Logo após tomar os primeiros goles, ele começou a fazer piadas com as pessoas próximas enquanto sua equipe fazia uma transmissão ao vivo em suas redes sociais.
“Agora eu virei boiola. Igual maranhense, é isso?”, disse o presidente entre risos. “Guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, quem toma esse guaraná aqui vira maranhense”, emendou depois Bolsonaro, mostrando a bebida.

Entre muitas selfies com apoiadores, praticamente todos também sem máscaras, o presidente ainda voltou a insistir na piada pouco depois. “Guaraná cor-de-rosa. Fod…, fod…”, disse.

Em São Luís, Bolsonaro chegou na manhã de hoje provocando aglomerações e ignorou as medidas de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus. O presidente participou na capital da inauguração de um trecho da rodovia BR-135.

No início da tarde, ele se encaminhou para Imperatriz, onde tem agenda programada para realizar mais entregas de obras no estado maranhense.

Parada surpresa

Na visita ao Maranhão, Bolsonaro foi acompanhado de vários ministros, entre eles Fábio Faria, titular da pasta de Comunicações, Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

Desde a chegada a São Luís, Fábio Faria fez registros da interação de Bolsonaro com apoiadores. No caminho para Imperatriz, o ministro divulgou que o presidente fez uma parada surpresa em Bacabeira (MA). Novamente, as pessoas se aglomeraram em volta de Bolsonaro, quase todas sem máscaras.

Justiça manda governo dizer se feijão do Pastor Valdemiro Santiago cura Covid-19


A Justiça pediu que o governo federal informe no site do Ministério da Saúde , em um perído de até 15 dias, se as sementes de feijão do pastor Valdemiro Santiago cura a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). O uso das sementes é defendido em vídeo pelo líder religioso da Igreja Mundial do Poder de Deus.

Em sua decisão, o juiz federal Tiago Bitencourt de David, da 5ª Vara Cível Federal de São Paulo, determinou ainda que a União apresente, no prazo de 30 dias, a identidade de quem determinou a supressão da informação sobre os feijões que antes estava publicada no site do Ministério da Saúde.

A ordem ocorre após investigação iniciada pelo Ministério Público Federal (MPF), que viu indícios de estelionato por parte do pastor. Ele incentivava os fiéis a plantar as sementes por ele comercializadas. Na ação, o MPF afirma que os feijões não curam e que o público é alvo de propaganda “enganosa”.

O  pastor vendia as sementes por valores entre R$ 100 a R$ 1 mil, sob o argumento de que teriam eficácia terapêutica para a cura da Covid-19, mesmo em casos graves. Ele dizia isso sem ter nenhum respaldo científico.

Para o MPF, houve prática abusiva da liberdade religiosa, já que Valdomiro e a Igreja Mundial do Poder de Deus tinham o objetivo de angariar recursos financeiros com a venda das sementes.

No despacho, o juiz federal afirmou que “é preciso considerar que a liberdade de crença não pode ser indevidamente restringida pelo Estado e nem este pode ser cooptado por entidade religiosa, pois a Constituição Federal estabelece que o Estado é laico, não combatendo a profissão de fé e nem incorporando-a no próprio governo, de modo que os fiéis não têm mais ou menos direitos que os ateus”.

Para o juiz, se uma pessoa deseja gastar seu dinheiro de um modo e não de outro, isso é assunto dela, “não podendo o Estado dizer que ela é ignorante e não sabe fazer boas escolhas”. O magistrado diz, no entanto, que apresentar os dados significa dar condições para que a população “escolha de modo informado e consciente”.

Brasil terá vacina contra Covid-19 no 1º semestre de 2021, diz diretor da Anvisa

Foto: Pixabay

O Brasil terá uma vacina aprovada e pronta para uso da população contra Covid-19 entre janeiro e junho do próximo ano, afirmou o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, ao destacar que o órgão regulador — embora não tenha uma decisão formada sobre o percentual da eficácia do futuro imunizante — já admitiu vacinas anteriores com menos de 50%.

“Acredito, pelo que temos observado, que o tempo para isso acontecer será em algum momento entre o primeiro mês e o sexto mês de 2021, ou seja, no primeiro semestre de 2021. Por enquanto é isso que acredito em face do que temos visto”, disse Barra Torres em entrevista à Reuters.

“Obviamente isso pode mudar, eu espero que não, espero que fiquemos dentro desse período de tempo, mas é um estimativa que eu faço”, acrescentou. “Algumas pessoas são menos otimistas, outras são até mais otimistas, acham que antes, eu acho que antes não é possível, eu ficaria com alguma coisa entre janeiro e junho de 2021.”

O diretor-presidente da Anvisa disse que há uma discussão mundial sobre o percentual da eficácia da vacina e que, por ora, não há um consenso. Disse que a agência não definiu essa questão, mas ressaltou que se está em uma situação “totalmente diferenciada” de pandemia, com uma capacidade muito elevada de causar não só mortes mas sequelas pós-cura.

Barra Torres afirmou que o órgão já aceitou vacinas para a influenza com percentual abaixo de 50%.

Na entrevista, o diretor-presidente da Anvisa não quis entrar na contenda envolvendo autoridades de Brasília e de São Paulo a respeito do eventual uso da vacina chinesa da Sinovac, que será produzida pelo Instituto Butantan, para uso da população brasileira.

Barra Torres garantiu uma análise técnica de todos os pedidos de imunizante que porventura forem apresentados ao órgão regulador — no momento existem quatro em fase de testagem.

“A blindagem da Anvisa [sobre discussões políticas] é a alta capacitação dos seus servidores e a profunda dedicação desses mesmos servidores em encontrar as soluções adequadas para o problema. Essa é a maior blindagem. E é claro, nós, os seus diretores, nós somos cinco, nós não nos envolvemos com nenhuma questão política”, afirmou.

“Essas questões não nos interessam e lamentamos que num momento como esse elas ganhem vulto perante a imprensa e perante a sociedade porque na verdade o inimigo não é esse, o inimigo é o vírus e ele precisa que nós estejamos unidos para combatê-lo. Então aqui na agência nos mantemos focados no trabalho e lembrando que o nosso norte é, sempre foi e sempre será a ciência”, acrescentou.

“Política para os políticos, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, completou.

CNN Brasil

Banco Central anuncia o ‘Pix cobrança’ como nova alternativa ao boleto bancário

Foto: Guilherme Rodrigues

O Banco Central anunciou nesta quinta-feira, 29, a aprovação de novas funcionalidades ligadas ao Pix, o serviço brasileiro de pagamentos instantâneos. Entre elas, está o Pix Cobrança, que permitirá que lojistas, fornecedores, prestadores de serviços e outros empreendedores possam emitir um QR Code para operações de pagamento imediato ou em data futura com informações sobre juros, multas e descontos.

De acordo com o BC, será possível emitir um QR Code em pontos de venda ou comércios eletrônicos, por exemplo, ou cobranças com vencimento em data futura. “Neste caso, é possível configurar outras informações além do valor, como juros, multa, descontos. É uma funcionalidade parecida com o que ocorre hoje com o boleto”, explicou o órgão, em nota.

A autarquia informou ainda que a diferença da nova funcionalidade para a emissão de QR Code que já estava prevista no sistema é justamente que, no Pix Cobrança, o recebedor pode cadastrar dados como multa por atraso no pagamento, descontos e juros.

O Pix Cobrança para pagamentos imediatos poderá ser feito já a partir do lançamento do novo sistema, marcado para 16 de novembro. Já o Pix Cobrança para pagamentos com vencimento (data futura) “será ofertado em breve”, informou o BC.

A atualização feita pelo BC nas regras do Pix também estabelece a forma de cobrança de custos de pessoas físicas que utilizem o sistema comercialmente. Em primeiro lugar, o envio de pagamentos por parte de qualquer pessoa física, empresário individual ou microempreendedor individual (MEI) é gratuito e ilimitado. “Aos que adotarem o PIX para fins comerciais, poderão ser tarifados no recebimento da transação”, explicou o BC.

Conforme a autarquia, a atividade comercial é caracterizada quando ocorre recebimento de transferência por QR Code Dinâmico e recebimento de mais de 30 transações com Pix no mês, por conta. “Neste caso, a tarifa pode ser praticada a partir da 31ª transação”, informou o BC.

“Caso a conta do usuário recebedor pessoa física, empresário individual ou MEI seja utilizada exclusivamente para fins comerciais, a instituição poderá definir critério específico para configurar a situação de recebimento com finalidade compra, desde que assim definido no contrato.”

O Pix entra em operação no próximo dia 3 para uma base restrita de clientes e em horários reduzidos. Segundo o Banco Central, o serviço estará disponível para que um grupo de usuários faça testes e os desenvolvedores detectem possíveis ajustes.

Entre 3 e 8 de novembro, um grupo de 1% a 5% da base de clientes cadastrada no PIX poderá fazer as primeiras operações entre 9h e 22h. Do dia 9 até o 15, o BC avaliará a ampliação do número de clientes se os resultados forem bons. Nas duas quintas e sextas-feiras desse período, as operações com o PIX funcionaram sem limitação de horário.

Ao longo das semanas de teste, todos os cadastrados poderão receber dinheiro pelo Pix, mas não transferir. Apenas os selecionados terão todas as funcionalidades em mãos. No dia 16, às 9h, as operações serão liberadas a todos, prevê o BC.

Quem for selecionado para o grupo de testes do Pix deve ser avisado pelo banco ou instituição financeira em que foi cadastrada a chave. Segundo o BC, o aviso deve ser feito até o dia 3, quando o sistema entra em operação restrita.

O BC também aprovou regras para penalidades aos participantes do Pix. As instituições financeiras ou de pagamentos que participam do sistema “estão sujeitas a multas e outras penalidades decorrentes de infrações cometidas no arranjo”.

As multas variam de R$ 50 mil a R$ 1 milhão, podendo aumentar ou diminuir conforme a capacidade econômica do infrator e o percentual de sua participação no total das transações do novo sistema. “Em situações mais graves, o BC pode impor as penalidades de suspensão ou exclusão do participante.”

Outra mudança é que “as instituições financeiras e de pagamento que desejarem fornecer o serviço de integração aos usuários recebedores deverão adotar a interface de programação de aplicações (API) padronizada pelo BC”, informou a nota. “Isso significa mais facilidade para os empreendedores escolherem onde manter sua conta e mais eficiência para que as software houses promovam a integração do Pix aos seus sistemas. A API PIX contempla funcionalidades de criação e gestão de cobranças, verificação de liquidação, conciliação e suporte a processos de devolução.”

Na prática, este serviço representa a integração com softwares de gestão financeira e de venda dos empreendedores, para computar as vendas e gerir o fluxo de caixa, entre outras funcionalidades.

Desde 5 de novembro, pessoas físicas e empresas podem cadastrar as chaves em instituições financeiras ou de pagamentos para operar o Pix. A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitado no banco). Por meio dela, será possível receber pagamentos e transferências. A chave é um “facilitador” para identificar o recebedor, mas não é indispensável para receber um Pix.

Até ontem o cadastro de chaves havia atingido 55,8 milhões de usuários. Além disso, 762 instituições já foram aprovadas pelo BC e poderão oferecer o PIX a partir de 16 de novembro. O PIX permitirá transferências e pagamentos, de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

Estadão Conteúdo

Tá explicado: Paulo Guedes afirma que Rogério Marinho (Saco Preto) é lobista dos banqueiros

Gustavo da Ponte e o ministro Rogério Marinho (saco preto), sempre a serviços das grandes obras públicas

Ministro não citou nome de nenhum colega, mas vem trocando farpas há meses com o chefe do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho

Irritado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (29/10) que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é uma casa de lobby que financia “ministro gastador para ver se fura teto” para enfraquecê-lo. A declaração foi dada durante a audiência pública na comissão especial do Congresso sobre a Covid-19.

o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (29/10) que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é uma casa de lobby que financia “ministro gastador para ver se fura teto” para enfraquecê-lo. A declaração foi dada durante a audiência pública na comissão especial do Congresso sobre a Covid-19.

“A Febraban é uma casa de lobby muito honrada, muito justo o lobby, mas está escrito na testa ‘lobby bancário’, que é para todo mundo entender do que se trata. Inclusive, financiando estudos que não têm nada a ver com a atividade de defesa das transações bancárias. Financiando ministro gastador para ver se fura o teto, para ver se derruba o outro lado”, declarou Guedes.

Embora não tenha citado nome de nenhum ministro, Guedes vem trocando farpas há meses com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a quem já acusou publicamente de ser “fura-teto”.

MA reportagem do Metrópoles entrou em contato a Febraban, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
O ministro, que vem sofrendo críticas pela ideia de criar novo tributo, voltou a defender a criação de um imposto digital semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (
CPMF).

“As pessoas nem entenderam que tem um futuro digital chegando. O Brasil é a terceira ou quarta economia digital do mundo. Nós vamos ter que ter um imposto digital mesmo”, afirmou, acrescentando que não haverá aumento de carga tributária.