O ex-presidente Lula negou ter intermediado negócios da empreiteira Odebrecht financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Cuba. Em nota divulgada pelo Instituto Lula, o ex-presidente afirmou que sempre teve conduta “rigorosamente correta” nos contatos que manteve com autoridades cubanas e empresariais brasileiras.
No texto, Lula acusa a revista Época de “má-fé” e “ignorância” por sustentar, em reportagem publicada neste fim de semana, que ele atuou como lobista da Odebrecht ao intermediar a liberação de um financiamento do BNDES para obras de infraestrutura do governo cubano a serem tocadas pela empreiteira brasileira. Segundo o petista, há uma tentativa de criminalizar os serviços que ele presta ao país.
De acordo com a revista, correspondências diplomáticas às quais a publicação teve acesso indicam que o ex-presidente discutia detalhes de negócios da Odebrecht em Cuba com autoridades brasileiras e cubanas. Segundo Época, Lula usou o nome da presidente Dilma em suas conversas sobre o assunto. Após a reportagem, a oposição anunciou que vai apresentar requerimento para convocar o ex-presidente na CPI do BNDES.
Lula afirma que houve “manipulação criminosa de documentos oficiais” para atribuir a ele condutas ilícitas que jamais adotou.
“A presença de um representante diplomático do Brasil numa reunião do ex-presidente com dirigentes de empresa brasileira demonstra que nada de ilícito foi ou poderia ter sido tratado naquele encontro. O mesmo se aplica ao relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o financiamento de exportações brasileiras para Cuba”, rebateu o ex-presidente.