Do UOL, em São Paulo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou de “ato de terrorismo e de ódio” o ataque a uma boate gay na cidade de Orlando que resultou na morte de pelo menos 50 pessoas e deixou outras 53 feridas.
“Sabemos o suficiente para dizer que isso foi um ato de terrorismo e de ódio”, afirmou Obama, ao ler um breve comunicado na Casa Branca, acrescentando que o crime “não pode mudar o que somos”.
Em uma conversa por telefone com a polícia antes do ataque, o atirador mencionou o nome do grupo terrorista. No entanto, ainda não é claro se o ataque tem alguma relação com a organização internacional, segundo o FBI.
Ataque a tiros mais mortal dos EUA
O ataque mais mortal na história dos Estados Unidos foi classificado como “incidente terrorista”, embora as investigações ainda devam determinar se foi doméstico ou se teve envolvimento internacional.
O suspeito foi identificado como Omar Saddiqui Mateen, 29, nascido em Nova York. Segundo a rede CNN, a família do atirador seria do Afeganistão e ele tinha treinamento e licença para usar armas. O atirador usou um fuzil AR-15 e um revólver no atentado.
Discussão sobre porte de armas
Em seu último ano com presidente, esta foi a 16ª vez que Obama se viu forçado a se pronunciar, desde que chegou à Casa Branca, sobre massacres a tiros. Ele aproveitou o discurso deste domingo para reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas nos EUA, instando os americanos a pensar se este é o país onde querem estar.
“O massacre nos lembra como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas em escolas, cinemas e clubes noturnos”, disse Obama. “E nós temos que decidir se este é o tipo de país em que queremos estar. E não fazer nada é também uma decisão.”