“Querem que todo mundo vire ambulante”, diz vendedor em manifestação em SP

O vendedor ambulante Luiz Gustavo Silva, de 37 anos, com um isopor de bebidas

Do UOL, em São Paulo

Ambulantes aproveitam a concentração de manifestantes no Largo da Batata para faturar com as vendas na tarde desta sexta-feira (28) de greve geral no país. Muitos deles acabaram aderindo ao protesto contra as reformas do governo. Manifestantes argumentam que os projetos em questão retiram direitos dos trabalhadores ao alterar pontos da CLT (Consolidação das Lei do Trabalho) e endurecer as regras para conseguir a aposentadoria.

“Querem que todo mundo vire ambulante que nem a gente, sem direito nenhum garantido”, afirma o vendedor Luiz Gustavo Silva, de 37 anos, que foi ao Largo da Batata com um isopor de bebidas e acabou vestindo uma camisa laranja com frase “Nenhum Direito a Menos”, distribuída pelo Sindipro-SP (que representa os professores do ensino particular na capital paulista). Para ele, a reforma trabalhista representa um retrocesso e da Previdência coisa de “safado, que não tem vergonha na cara”.