Com Crivella cortando verba, escolas de samba do RJ ameaçam não desfilar em 2018

Resultado de imagem para Crivella
Crivella quer reduzir ajuda para escolas de samba

Estadão Conteúdo

Diante do anúncio de que, em 2018, a Prefeitura do Rio cortará pela metade a subvenção de R$ 24 milhões oferecida às escolas de samba do carnaval carioca, dirigentes das agremiações decidiram em reunião encerrada na noite de quarta-feira que, dessa forma, não será possível realizar o tradicional desfile anual.

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) promoveu a reunião para debater o tema e anunciou que, “a prevalecer a decisão” do prefeito Marcelo Crivella (PRB), “as apresentações das escolas de samba no carnaval de 2018 ficarão inviabilizadas”. Em nota divulgada após a reunião, os dirigentes da Liesa cobram uma reunião dos presidentes das 13 escolas do Grupo Especial com o prefeito.

Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), que tradicionalmente condena os festejos do carnaval entre seus fiéis. Apesar disso, os dirigentes das principais agremiações da Liesa apoiaram a candidatura de Crivella no segundo turno das eleições do ano passado, quando o atual prefeito venceu o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

Na nota, a Liesa argumenta que o desfile das escolas de samba, como principal evento do carnaval carioca, gera empregos e renda, traz benefícios econômicos para a cidade e valoriza a imagem do Rio. Com isso, contribui para a elevação da arrecadação de impostos da prefeitura.

“Tal medida anunciada trará graves consequências para a produção do espetáculo, tornando inviável a realização do mesmo, nos moldes em que é anualmente apresentado”, diz a nota.