A força-tarefa do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para atuar na Justiça Eleitoral denunciou nesta terça-feira (13), por prática de caixa dois, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o presidente nacional do partido Solidariedade, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o “Paulinho da Força”, e Cristiano Vilela de Pinho. O deputado é acusado de receber R$ 1,7 milhões em propina da J&F para financiar suas campanhas eleitorais.
A denuncia relata que os crimes foram cometidos em 2010, quando Paulinho disputava reeleição na Câmara dos Deputados, bem como entre 2012 e 2013, em decorrência de sua candidatura ao cargo de prefeito de São Paulo.
Em 2010, segundo o MP, o deputado recebeu R$ 200 mil ilegalmente. E nos anos 2012 e 2013, foram R$ 1,5 milhão recebidos.
A denúncia tem como base delações premiadas de vários dirigentes da J&F, incluindo Joesley Batista, Wesley Batista e Ricardo Saud, homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E é fruto inquérito da Polícia Federal da Operação Dark Side, deflagrada em julho para cumprir mandados de busca e apreensão em diversos endereços, entre eles a sede da Força Sindical e o gabinete do deputado, em Brasília (DF).
Ressarcimento
Os promotores de Justiça da força-tarefa, Fábio Bechara, Everton Zanella, Luiz Ambra, João Santa Terra e Rodrigo Caldeira, pedem que a Justiça condene os denunciados pelos crimes apontados, e mande que devolvam R$ 1,7 milhão para reparar danos morais difusos causados pelas infrações.
A denúncia narra em detalhes que Paulinho da Força foi beneficiado por um esquema envolvendo doleiros e o uso de notas frias para serviços que não foram efetivamente prestados, como forma de repassar dinheiro da companhia J&F ao parlamentar. (Com informações do Valor Econômico)
DIÁRIO DO PODER