Hoje passei a ter certeza do amofinamento do poder político e do emparedamento do Estado pelo Ministério Público.
Quando vi uma foto divulgada com o procurador-geral de Justiça do RN, presidindo uma reunião onde o governador e o presidente do TJRN estão secundariamente na composição da mesa, não tenho duvidas que o Estado está dominado pelo MP.
O Ministério Público não é apenas uma instituição, é uma organização que controla os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.
Pela liturgia e boa regra, era para o MP propor ao governador do RN, como maior autoridade do Estado, uma reunião e que nela fosse convidados os presidentes dos poderes Legislativo e Judiciário, bem como os nossos representantes no Congresso Nacional. Mas, a liturgia do poder não é mais respeitada, nós vimos hoje chefes de poderes subjugados, subalternos e os congressistas eleitos pelo voto soberano do povo sentados numa situação que faz lembrar a Escolinha do Professor Raimundo.
Uma reunião como essa era para acontecer no Gabinete do Governador.
Se faz necessário que os chefes de poderes preservem suas autoridades.
Ainda bem que o deputado presidente da Assembléia Ezequiel Ferreira de Souza não compareceu, enviou um digno representante servidor da Casa, o diretor Augusto Viveiros. O ato de Ezequiel não designar um deputado para representar o Poder Legislativo foi considerada uma decisão para colocar o MP no seu devido lugar.
Não é uma questão de falta de humildade, é apenas o principio de respeito à hierarquia dos poderes e instituições.