FABIO BRISOLLA
FELIPE GUTIERREZ
LUCAS VETTORAZZO
LUIZA FRANCO
DO RIO
O protesto deste domingo (15) em Copacabana, na zona sul do Rio, congregou grupos com críticas distintas ao governo da presidente Dilma Rousseff.
Houve manifestações pelo impeachment e outras favoráveis a mudanças, mas que consideravam a saída da presidente uma atitude drástica demais. Apareceram ainda defensores de uma intervenção militar.
Segundo organizadores da mobilização, 50 mil pessoas participaram do protesto na orla de Copacabana. Já a PM estimou a adesão em 15 mil por volta de 10h30, e não atualizou o número.
Eleitores do tucano Aécio Neves compareceram em peso ao protesto. Era possível encontrar também aqueles que votaram em Dilma, mas que agora expressavam arrependimento diante dos problemas na economia e dos escândalos de corrupção revelados nos últimos meses.
Mesmo com argumentos políticos variados, predominou um ponto em comum entre todos os presentes: a aversão ao PT, alvo preferencial nos cartazes e músicas cantadas em coro ao longo do protesto.
“Fora PT! Fora PT!” pode ser considerado o coro que deu o tom do protesto deste domingo no Rio.
“A nossa bandeira jamais será vermelha”, cantavam outros.
Outro exemplo da rejeição ao partido foi constatado no refrão da canção “Para Não Dizer Que Não Falei de Flores”, de Geraldo Vandré, que ganhou uma adaptação com ofensas ao ex-presidente Lula: “Dilma vai embora/ Que o Brasil não quer você/ E leva junto o Lula/ Vagabundo do PT”.
Chamou atenção a presença do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que caminhou atrás de um carro de som com faixas a favor do impeachment e teve tratamento de celebridade. A todo momento, posava para fotos e fazia selfies ao lado de manifestantes.
“Vamos despetizar o Brasil para sonhar com um país melhor”, disse Bolsonaro.
Quando convidado a subir no carro de som para discursar, ele se aproximou do veículo e cogitou atender o pedido. No mesmo instante, no entanto, houve reação contrária com vaias.