Arquivo diários:28/03/2015

Cunha é recebido com vaias e beijo gay na Assembleia de São Paulo

Manifestantes de grupos anti-homofobia se beijam e erguem cartaz durante protesto contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi recebido com vaias anti-homofóbicas por membros do movimento Juntos!, na manhã desta sexta-feira, 27, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao tentar iniciar seu discurso na Casa, Cunha foi interrompido com gritos de “Machista e homofóbico não passarão”, “Fora, Cunha”, “Facista” e “Constituinte já, o povo quer falar” pelos manifestantes instalados na galeria.

Um casal de homens deu um beijo na boca para reforçar a mensagem do protesto. O grupo foi retirado do recinto pela Polícia Militar a pedido do presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), depois de um pedido do deputado Luiz Alfredo Machado (PSDB). “É constrangedor para esta Casa receber o presidente da Câmara e não dar a ele o direito de fala”, afirmu. O movimento foi criado por jovens ativistas políticos defensores de causas sociais e contra o preconceito, na capital paulista, em 2011.

Cunha chamou os manifestantes de “intolerantes” e cobrou deles “educação”, ao que foi retrucado com mais vaias de “homofóbico” da parcela de manifestantes. “Não vim aqui discutir minhas posições pessoais”, rebateu. A agenda de Cunha na Assembleia está inserida na programação do projeto “Câmara Itinerante”, que visa dialogar com Estados sobre demandas locais.

Presidência do TJRN manifesta apoio à juíza que impediu presença de manifestantes em audiência

A presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manifesta apoio irrestrito à juíza da Vara da Violência Doméstica de Natal, Socorro Pinto, que nessa quinta-feira (26) impediu a entrada de um grupo de cerca de 50 manifestantes no Edifício Milenium, prédio anexo ao Fórum Miguel Seabra Fagundes. A magistrada tomou a decisão com o objetivo de garantir a segurança no local, em função de audiências que estavam sendo realizadas no momento com réus presos, sob custódia da Justiça. Socorro Pinto permitiu a entrada de quatro representantes do grupo de grevistas, que conversaram com servidores no local.

O presidente do TJRN, desembargador Claudio Santos, ressalta que a prioridade do Judiciário é manter a ordem, a segurança e os serviços à população, o que não é possível com a presença de manifestantes no interior do prédio onde está sendo realizado o trabalho da Justiça. “Portanto, a atitude da Dra. Socorro Pinto, em preocupar-se com a segurança das pessoas que trabalhavam e estavam participando de audiências no local, conta com nosso irrestrito apoio”, disse.

Novo ministro do STF deve ser anunciado nos próximos dias

Brasília – Em meio à crescente pressão que a presidente Dilma Rousseff sofre para indicar em breve um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), ganham força as notícias de que a escolha do substituto de Joaquim Barbosa deve ser anunciada nos próximos dias. Interlocutores da presidência dizem que Dilma ainda não definiu um nome, mas que a discussão se intensificou na última semana e que a petista está prestes a fazer a indicação.

Já se passaram quase dez meses desde que Barbosa anunciou que anteciparia sua aposentadoria e sete com a 11ª cadeira da Suprema Corte vazia. Para a escolha, Dilma deve enfrentar a resistência do PMDB, partido que ocupa as presidências da Câmara (Eduardo Cunha) e do Senado (Renan Calheiros). O PMDB aproveita o momento de tensão entre Congresso e Planalto para tentar pressionar a presidente a indicar um nome que agrade o partido.

O escolhido pelos peemedebistas seria o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícios Coêlho. O nome agrada a Calheiros especialmente e conta com o apoio do presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Coêlho teve reunião com Calheiros na manhã da última quinta-feira, 26, no gabinete do presidente do Senado. As assessorias da OAB e do Senado negam. No Planalto, o preferido seria o jurista do Paraná, Luiz Fachin. Aparecem na lista de cotados ainda Clèmerson Clève e o tributarista Heleno Torres.

A presidente costuma ouvir o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado e ex-deputado pelo PT Sigmaringa Seixas, além de consultar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para fazer a indicação. As consultas tiveram início entre o fim de fevereiro e o início de março, e previa indicar o novo ministro na primeira semana do mês. Contudo, a chegada da “lista” de investigados na Operação Lava Jato ao Supremo fez com que a petista adiasse a escolha. Interessa ao PMDB ter um nome de sua indicação no Supremo já que os presidentes das duas casas legislativas estão na lista dos investigados por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás.

Quase um mês depois de o relator do caso no STF, o ministro Teori Zavascki, revelar o nome dos 50 investigados no tribunal, Dilma sofre agora nova pressão no Congresso. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que vai apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para fixar em 90 dias o prazo para indicação do novo ministro do Supremo.

Estadão Conteúdo

Sabrina Sato se declara para João Vicente: “O cara mais legal que amei”

 

Sabrina Sato fez uma declaração de amor divertida para o namorado João Vicente, na noite desta sexta-feira (27), para parabenizar o amado pelo aniversário: “A primeira vista você parece um cara metido a cantor de rock dos anos 70, um pouco estranho, algumas poses, um tanto blasé, parece que se sente… Por isso era chamado na adolescência de João Se Sente. E é . É o cara mais legal que já conheci, curti, dei risada, conversei e amei. Você é tão interessante que depois de 40 minutos de conversa em uma ponte aérea, dá vontade de levar pra casa. E foi isso o que eu fiz quando te reencontrei há quase dois anos. Você não é igual aos outros e nem tenta ser …Você é único”, disse ela. A apresentadora continuou e fez piada com a sua “falta” de dom com as palavras. “Agora vamos brincar de VOCÊ SABIA que é mais fácil do que falar de alguém que é tão gigante. Vc sabia… Que faz dez anos que a gente se conhece?… Que mesmo vc não gostando de comemorar aniversário eu vou contar pra todo mundo que hoje é seu dia? …Que pau que nasce torto nunca se indireita, menina que requebra a mãe pega na cabeça? …Que vc me protege? …Que gosto tanto de uma camiseta sua, que escondi pra usar mais? …Que dá vergonha escrever tão mal pra alguém tão sensacional? Isso foi só pra falar que te amo!”

Brasileiro, na média, ficou mais pobre no ano passado

ÉRICA FRAGA
PEDRO SOARES
DE SÃO PAULO
DO RIO

O desempenho da economia do país em 2014 tornou os brasileiros, em média, mais pobres do que em 2013.

A expansão de 0,1% da economia não alcançou o crescimento populacional, levando o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante a recuar 0,7%, para R$ 27.229.

Esse resultado já considera a evolução da inflação e representa a primeira retração desde 2009, quando houve queda de 1,3%.

Em 2013, o indicador havia crescido 1,8%.

A evolução da renda per capita de um país é um indicador importante de seu nível de desenvolvimento.

No caso do Brasil, a trajetória da PIB por habitante tem acompanhado os altos e baixos da economia nas últimas décadas e freado o avanço do país rumo a um patamar de renda mais elevada.

No ano passado, a renda média do brasileiro ficou em cerca de US$ 11,6 mil (a conta foi feita usando a cotação média anual do dólar), pouco menos de um quarto da americana (US$ 50,4 mil).

A Coreia –país que tem conseguido fazer sua renda convergir gradualmente para o nível de países desenvolvidos– atingiu PIB per capita de US$ 28,2 mil em 2014.

BARREIRAS

Segundo economistas especializados em desenvolvimento, o Brasil tem encontrado dificuldade em destravar nós que poderiam levar a um aumento da eficiência da economia e, com isso, garantir uma taxa de crescimento sustentável mais alta. Sem corrigir isso, dizem, será difícil convergir para um nível de renda de país desenvolvido.

Para João Luiz Mascolo, professor do Insper, problemas como inflação e desequilíbrio fiscal–que hoje prejudicam o desempenho da economia–precisam ser atacados, mas são mais fáceis de serem resolvidos do que questões estruturais que inibem investimentos. Ele cita como exemplo o excesso de burocracia.

“Claro que é importante combater a inflação e resolver o problema fiscal. Mas já conhecemos a receita para isso, foi feito no passado. Na frente regulatória, no entanto, temos encontrado dificuldade mais estrutural para avançar”, afirma.

O economista Tiago Cavalcanti tem diagnóstico parecido. Segundo ele, progredir em frentes como a melhoria da infraestrutura é importante, mas o país dificilmente se desenvolverá sem atacar questões regulatórias, como a lentidão do Judiciário.

“Esses são pontos em que o Brasil está muito atrasado”, afirma Cavalcanti, que é pesquisador da universidade de Cambridge, na Inglaterra, e da Fundação Getulio Vargas.

Segundo Cavalcanti, no entanto, o lado positivo desse quadro, de forma geral, ruim é que o país tem muito espaço para evoluir se atacar esses pontos.

DESIGUALDADE

Embora seja um indicador importante do nível médio de desenvolvimento econômico, o PIB per capita não é considerado uma boa medida para a desigualdade.

Isso ocorre porque a renda gerada no país não é distribuída de modo linear e igual.

Mega-Sena pode pagar R$ 19 milhões neste sábado

O concurso 1.690 da Mega-Sena, que acontecerá neste sábado (28), promete pagar R$ 19 milhões a quem acertar sozinho as seis dezenas da sorte. O sorteio será realizado às 20h em Pirajuí (SP).

Caso apenas um ganhador leve o prêmio da Mega-Sena e aplique todo o valor em poupança, receberá cerca de R$ 120 mil em rendimentos mensais. Se preferir investir em bens, poderá comprar 23 imóveis de R$ 800 mil cada ou uma frota de 126 carros de luxo.

Copiloto da Germanwings era paciente psiquiátrico e planejava grande gesto, diz jornal

BERLIN (Reuters) – O copiloto suspeito de deliberadamente derrubar um avião de passageiros nos Alpes franceses havia dito à sua namorada que estava sob tratamento psiquiátrico e que estava planejando um gesto espetacular de que todos se lembrariam, disse o jornal alemão Bild neste sábado.

O jornal publicou uma entrevista com uma mulher que disse ter tido um relacionamento em 2014 com Andreas Lubitz, o homem que promotores franceses acreditam ter se trancado sozinho na cabine do Airbus da Germanwings na terça-feira e conduzido-o em direção a uma montanha, matando todas as 150 pessoas a bordo.

“Quando eu ouvi sobre o acidente, me lembrei de uma frase, de novo e de novo, que ele disse”, disse a mulher, uma comissária de bordo de 26 anos identificada apenas como Maria W., ao jornal Bild. “‘Um dia eu vou fazer algo que vai mudar o sistema, e então todo mundo vai saber meu nome e lembrar-se dele’.”

“Eu não sabia o que ele queria dizer com isso na época, mas agora é óbvio”, disse ela.

“Ele nunca falou muito sobre sua doença, só que estava sob tratamento psiquiátrico.”

Autoridades alemãs disseram na sexta-feira ter encontrado atestados médicos rasgados mostrando que o copiloto sofria de uma doença que deveria ter impedido seu embarque no dia da tragédia. A Germanwings, companhia aérea da Lufthansa, disse que ele não havia submetido nenhum atestado à época.

Maria W. disse ao jornal: “Nós sempre conversamos muito sobre o trabalho e, em seguida, ele se tornou uma pessoa diferente. Ele tornou-se preocupado com as condições sob as quais trabalhávamos: muito pouco dinheiro, medo de perder o contrato, muita pressão”.

Um porta-voz da Lufthansa não quis comentar.

(Por Michael Nienaber)

Bancos, montadoras e gigante da alimentação são alvo de operação contra propina

Os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods são investigados por suspeita de negociar ou pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Na relação das empresas listadas na Operação Zelotes também constam Petrobras, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.

“Aqui no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não”, resumiu um ex-conselheiro do Carf, com cargo até 2013, numa conversa interceptada com autorização da Justiça, segundo relato dos investigadores. Procuradas pela reportagem, a maioria das empresas informou não ter conhecimento do assunto.

A fórmula para fazer o débito desaparecer era o pagamento de suborno a integrantes do órgão, espécie de “tribunal” da Receita, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais ou tomassem providências como pedir vistas de processos.

O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores.

O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão.

O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.

Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões).

A Petrobras também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.

Outro lado

Os casos apurados na Zelotes foram relatados no Carf entre 2005 e 2015. A força-tarefa ainda está na fase de investigação dos fatos. A lista das empresas pode diminuir ou aumentar. Isso não significa uma condenação antecipada.

A Camargo Corrêa é suspeita de aderir ao esquema para cancelar ou reduzir débitos fiscais de R$ 668 milhões. Também estão sendo investigados débitos do Banco Pactual e da BR Foods.

A empresas citadas foram procuradas pela reportagem. O Grupo RBS informou que “desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal”. O Bradesco e a seguradora especializada em saúde do grupo Bradesco Seguros informaram, por meio de nota, que não comentam assuntos sob investigação das autoridades judiciais.

O banco BTG Pactual, sucessor do antigo banco Pactual, também afirmou, via assessoria, que não comentaria. Entre as instituições financeiras, Santander e Banco Safra foram procurados, mas não se manifestaram. O BankBoston não foi encontrado. A Gerdau afirmou que não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito da Operação Zelotes. “A empresa reitera que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos”, informou, por meio de nota.

A Embraer afirmou que não tem nenhuma informação a respeito do assunto. A Camargo Corrêa também informou desconhecer “informações suscitadas pela reportagem”. A Petrobras não quis se pronunciar, da mesma forma que a concessionária Light, do Rio de Janeiro. A Copersucar disse que desconhece o teor das informações e reitera que cumpre rigorosamente com todas as normas e legislação vigente.

BR Foods, Mitsubishi MMC, Ford Indústria, Cervejaria Petrópolis, Évora, Marcopolo, Nardini Agroindustrial foram procurados mas não responderam até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu localizar Ometto, Viação Vale do Ribeira, Via Concessões, Dascan, Holdenn, Kanebo Silk e Cimento Penha e CF Prestadora de Serviços. A reportagem não conseguiu identificar com segurança quem são Carlos Alberto Mansur e Newton Cardoso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.