Arquivo diários:15/03/2015
Idealizadores de ato contra Dilma trocam acusações, segundo Folha de São Paulo
Daniela Lima
DE SÃO PAULO
Dois dos maiores grupos de mobilização pelo ato deste domingo (15) contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) chegam às vésperas da manifestação afastados e trocando críticas indiretas nas redes sociais.
A divergência entre o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua se tornou pública nos últimos dias, com acusações veladas de “frouxidão” e “desserviço” às mobilizações da oposição em vídeos publicados na internet.
O MBL é formado majoritariamente por jovens entre 20 e 30 anos, defensores de uma cartilha liberal na economia e do impeachment da presidente Dilma.
O Vem Pra Rua é mais moderado. Seus principais integrantes são empresários, a maioria do seu público tem entre 35 e 40 anos, e o grupo ainda não faz defesa aberta do impeachment.
A desunião em torno da defesa do impedimento da presidente e o apoio do PSDB aos atos anti-Dilma se tornou ponto central do desentendimento dos grupos. Dirigente do MBL, Renan Henrique Ferreira Santos, 31, publicou um vídeo no Facebook com ataques velados ao Vem Pra Rua.
“O PSDB manteve-se, enquanto oposição, como um partido covarde”, afirmou Renan, para dizer em seguida que a sigla se tem medo de defender o impeachment.
“Dia 15 a oposição real, que são as pessoas, vão estar saindo para rua (…) e o PSDB vem de novo com aquela covardia dele (…) e alguns grupos ligados ao PSDB também vem trazer esse medo, esse tipo de postura frouxa”, continuou.
A resposta veio dias depois, num vídeo postado por Rogerio Chequer, empresário que é uma espécie de porta-voz do Vem Pra Rua.
Sem citar o MBL, ele afirmou que “tem visto alguns posts [mensagens na internet] e vídeos sobre comentários de que o Vem Pra Rua é aparelhado pelo PSDB”.
Chequer afirma que seu grupo é “suprapartidário”. “E tem que ser assim para termos sempre isenção para criticar e protestar contra qualquer partido”, argumenta.
Ele cita que a história pública de desunião entre líderes do PSDB, no entanto, deveria servir de lição para os grupos que agora atuam contra Dilma. “Vemos esses movimentos fazer algo muito parecido: trazer fogo amigo (…), gastar tempo e energia num momento em que o Brasil está precisando de uma oposição unida”, avalia.
O afastamento dos dois grupos preocupa os principais entusiastas dos protestos, que veem na divergência entre o MBL e o Vem Pra Rua uma chance para desmobilizar as passeatas contra o governo petista.
O temor é que, sem sincronia, atos convocados em datas e com ideais diferentes não tenham o mesmo poder de atração de público que o deste domingo.
Deputado do PMDB participa de manifestação e defende impeachment de Dilma
O ex-governador Jarbas Vasconcelos, do PMDB, hoje deputado federal, apareceu, ainda há pouco, no ato de protesto contra a corrupção no governo Dilma, que ocorre em Boa Viagem. A manifestação começou por volta das 9 horas.
No ato, o ex-senador defendeu o impeachment de Dilma.
“Há todos os elementos. A confiança do povo se esgotou. A paciência do povo se esgotou. Se não for feito, o Brasil vai parar. Ela tem que sair, mas é pela força das ruas. Isto só será feito de fora para dentro do Congresso”, defendeu.
Protesto na Suíça em Zürich
Protesto em Maceió
Milhares de pessoas se reuniram na orla de Maceió, nesta manhã ensolarada de domingo (15), para protestar contra a corrupção e pedir a saída da presidente Dilma Rouseff (PT) do Governo.
Usando roupas predominantemente amarelas, a multidão se concentrou no corredor Vera Arruda, na praia de Jatiúca, de onde partiu em direção ao Alagoinhas, na Ponta Verde.
Oposição decide aderir em bloco a protesto anti-Dilma, diz a Folha de São Paulo
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Integrantes dos dois maiores partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT) vão aderir em bloco às manifestações organizadas contra a petista nas principais capitais do país neste domingo (15). Em São Paulo, por exemplo, a bancada de vereadores do PSDB, deputados estaduais, federais e ao menos três secretários do governador Geraldo Alckmin confirmaram suas presenças no protesto.
A oposição aposta nos movimentos de rua como uma flecha de duas pontas voltada para o coração do PT: eles podem ampliar o desgaste da imagem da presidente e funcionar como motor para o avanço das investigações no Congresso sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.
De verde e amarelo, manifestantes iniciam protestos em Salvador
Na manhã deste domingo (15), vários manifestantes estão marchando sentido Farol da Barra, em Salvador, para dar início às manifestações que pedem o Impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Nem mesmo a chuva forte impediu a primeira manifestação realizada na região da Barra, que teve início às 9h30. De verde e amarelo, com apitos e cartazes, os manifestantes do Movimento Brasil Livre reúnem várias pessoas em frente ao Farol.
Manifestantes de BH já se reúnem em ato na praça da Liberdade
A manifestação contra a presidente Dilma Rousseff e o PT (Partido dos Trabalhadores) já reúne cerca de 8.000 pessoas na manhã deste domingo (15) na praça da Liberdade, na região centro-sul de Belo Horizonte. O grupo se concentra em volta do coreto da praça.
Os grupos garantem que são apartidários e que não aceitam propostas de golpe militar, mas receberam o aval de partidos de oposição, como o PSDB, DEM e Solidariedade para irem às ruas.