Em dez anos, o número de óbitos por armas de fogo em Natal cresceu 180,3%. O crescimento desenfreado da violência atingiu, principalmente, a juventude natalense. Das 147 “mortes matadas por armas de fogo” em 2002, o quantitativo subiu para 412, uma década depois. A escalada colocou a maior cidade potiguar na quinta posição entre as capitais brasileiras com os maiores incrementos nas taxas de óbitos registrados no período. No Rio Grande do Norte, no mesmo intervalo de tempo, o quantitativo de homicídios mais que triplicou, saindo dos 303, em 2002, para 930, em 2012. Tal dado representa uma elevação de 206,9%, superior à média nordestina e nacional. Os números foram apresentados ontem no Mapa da Violência 2015
O documento é elaborado pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, em parceria com o Governo Federal, desde 1998. Conforme apontado nesta mais recente edição, “a tradição da impunidade, a lentidão dos processos judiciais e o despreparo do aparato de investigação policial são fatores que se somam para sinalizar à sociedade que a violência é tolerável em determinadas condições, de acordo com a quem pratica, contra quem, de que forma e em que lugar”. O relatório apontou, ainda, que o Rio Grande do Norte “apresenta índices extremamente elevados de vitimização juvenil”, com 336 mortes de jovens para cada grupo de 100 mil habitantes.
Em Natal, o dado é ainda mais alarmante, com incremento de 385,2% nos dez anos avaliados. O aumento percentual levou a capital potiguar ao posto de terceira maior taxa do Nordeste e a sétima do país. Neste quesito, o estado potiguar fica atrás, somente, do Ceará e Maranhão
Fonte: Tribuna do Norte