Greve na UERN é acintosa e descabida

 

Confesso que minha derrota para vereador de Natal em 2008 me encaminhou para uma situação de total independência, pois agora falo sem preocupação de ferir interesses de quem quer que seja.

Sou livre para falar por dois motivos: não sou candidato, nem tenho medo de fazer desafetos.

Hoje vejo na mídia um movimento grevista na UERN – Universidade Estadual do RN. Confesso que não consigo entender como o pessoal desta universidade, que custa muito caro ao contribuinte potiguar, não tem sensibilidade para entender o momento de crise que vive o RN e ainda tem cara de pau para fazer greve exigindo aumento de salários e vantagens.

No momento quer o governador do Estado, dando exemplo de austeridade, abrindo mão de mordomias como residencia oficial, carro oficial, alimentação e outras vantagens inerentes ao exercício do cargo; no instante que o governo, para evitar uma crise sem precedentes e pagar em dia a folha dos servidores ativos e inativos, é obrigado a lançar mão de recursos do Fundo Previdenciário, os professores e servidores desta universidade que custa R$ 300 milhões por ano aos contribuintes, faz greve por aumento de salários.

Isto é um acinte descabido, aliais, nós contribuintes temos que exigir das autoridades repensar esta universidade estadual, não podemos aceitar que o poder público destine R$ 300 milhões para bancar o ensino superior que é atribuição do governo federal.

Não é cabível que um aluno desta universidade custe ano, R$ 18 mil, quando numa universidade privada o Estado paga R$ 8.5 mil no curso de direito – tem algo errado!

Todo ano de eleição, os professores da UERN procuram candidatos para assumirem compromissos com objetivo de aumentem seus vencimentos e vantagens, para acintosamente cobrar ao governador eleito.

O RN que é um estado pobre não suportar este encargo, quando nossa rede hospitalar está sucateada, com um deficit de 7.000 homens nas policias militar e civil, delegacias destruídas, escolas desmanteladas e indicadores vergonhosos de qualidade de ensino,  destinar da sua receita R$ 300 milhões para bancar atribuições do governo federal e os professores que tem uma média salarial com suas vantagens de R$ 20 mil ter cara de pau em fazer greve.

Se o governador ceder, abrirá um precedente descabido e perigoso, além de cometer um crime de improbidade administrativa em desobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, desgraçará o seu governo e todas demais categorias terão discurso para fazer greve.

Verificando que vivemos um momento em que existe uma redução das transferências constitucionais e pagamento dos royalties  do petróleo, é momento de união para salvar o RN da crise, cada um tem que dar sua parcela de contribuição, isso não sendo feito, não teremos policias nas ruas, hospitais funcionando bem e escolas sem educar.

Quem quiser ficar com raiva de mim, pode ficar!

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