O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o primeiro a depor na sessão da CPI da Petrobras desta segunda-feira em Curitiba (PR), foi dispensado depois de se recusar a responder todas as perguntas feitas a respeito de seu suposto envolvimento nas irregularidades na Petrobras.
“Seguindo orientação de meus advogados, vou permanecer em silêncio”, disse, ao lado de seu advogado, Roberto Podval após várias perguntas dos parlamentares. A tentativa de ouvir Dirceu durou cerca de 15 minutos.
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta, chegou a oferecer a Dirceu a oportunidade de depor em reunião secreta. O ex-ministro respondeu com a mesma frase.
Apesar de repetir sempre a mesma resposta, os deputados insistiram em perguntar. “Como o senhor conseguiu ganhar quase R$ 30 milhões com sua empresa de consultoria, em um período em que o PIB brasileiro caiu quase 2%?”, perguntou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP).
“O senhor é o líder dessa organização criminosa?”, perguntou o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO). “O senhor participou de consultorias relativas à venda de ativos da Petrobras na África?”, questionou o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
“Por orientação de meus advogados, vou permanecer em silêncio”, respondeu Dirceu a todas as perguntas.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) fez uma defesa dos governos Lula e Dilma na gestão da Petrobras e protestou contra o fato de Dirceu, preso há mais de dez dias, não ter sido ouvido ainda pela Polícia Federal em relação às acusações que pesam sobre ele.
“A Petrobras foi revigorada pelo presidente Lula e pela presidente Dilma. Estamos combatendo a corrupção. Venho aqui dizer que a pessoa que está em investigação e tem o direito constitucional de ficar calada não foi até agora sequer ouvida ainda pela polícia”, disse.
O porcentual de conclusão do Projeto de Integração do São Francisco, informado pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), está correto. Mas o projeto, que fará a transposição de parte das águas do rio para o sertão nordestino, sofreu sucessivos atrasos e já devia ter sido concluído.
A previsão do governo federal, em 2007, era de que a maior parte do projeto estaria terminada em 2010. Em maio do ano passado, no entanto, a presidente Dilma Rousseff admitiu que a data havia sido subestimada. Na época, ela afirmou que a conclusão ocorreria em 2015. “A previsão de entrega total é em dezembro de 2015. Mas o projeto de integração do rio não necessita que 100% da engenharia esteja funcionando para começar a servir de utilidade para o semiárido nordestino”, disse, durante entrevista coletiva.
Em maio deste ano, no entanto, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, esticou ainda mais o prazo, durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. Agora, a estimativa é que o trabalho seja concluído até 2017. Na ocasião, o ministro afirmou que não havia nada de errado com a mudança no prazo de entrega. “Essa obra começou em 2008 e nós estamos em 2015, portanto aí são 7 anos. Nossa previsão é nos próximos dois anos entregar essa obra. Nós vamos estar compatíveis com a execução mundial de obras dessa natureza”, disse. Ao conversar com técnicos no canteiro de obras do Eixo Leste, em dezembro de 2013, a repórter Marcia Dementshuk, uma das vencedoras do projeto Reportagem Pública, descobriu que, ainda que as obras estejam concluídas, as águas demorariam três anos para encher os reservatórios na extensão do Eixo Leste.
O custo do projeto também pode aumentar mais uma vez. Orçado inicialmente em R$ 4,7 bilhões, o valor já subiu para R$ 8,2 bilhões. “É possível que tenhamos, sim, a necessidade de suplementação”, afirmou o ministro Occhi, em audiência no Senado. Isso ocorreria até o final do ano.
A nova lista de bilionários feita pela revista “Forbes Brasil” não traz muita novidade entre as personalidades no topo neste ano. O diferencial é que um dos homens mais ricos do país está preso.
Com uma fortuna estimada em R$ 13,1 bilhões e considerado o 9° mais rico, Marcelo Odebrecht ocupa uma das celas do Complexo Médico-Penal do Paraná, que fica em Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba.
Ele faz parte da terceira geração da família que dá nome à empreiteira, a maior do país. Foi preso em 19 de junho, junto com outros dez executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, na 14ª fase da operação Lava Jato, que investigação desvios de dinheiro da Petrobras.
Lemann lidera pelo terceiro ano seguido
Reprodução
O dono da maior fortuna pelo terceiro ano seguido é o empresário Jorge Paulo Lemann, 75, sócio da AB Inbev, dona da Ambev no Brasil. Seu patrimônio é avaliado em R$ 83,7 bilhões, segundo a revista.
Seus sócios –Marcel Herrmann Telles (3°) e Beto Sicupira (4°)– também aparecem entre as primeiras colocações, assim como no ano passado. Telles, 65, com R$ 42,26 bilhões e Sicupira, 65, com R$ 36,93 bilhões.
Os três viram seu patrimônio praticamente dobrar em relação ao ano passado, segundo a revista.
Marcelo Carnaval / Agência O Globo
Lemann já esteve empatado no topo com Eike Batista em 2012. Após ter sido eleito o mais rico do Brasil por cinco vezes, Eike está fora da lista pelo terceiro ano seguido.
Mastrangelo Reino/Folhapress
O segundo mais rico continua sendo o banqueiro Joseph Safra, 76, nascido no Líbano e naturalizado brasileiro. Ele é o último irmão vivo do trio que fundou o banco Safra e sua fortuna é avaliada em R$ 52,9 bilhões pela “Forbes Brasil”.
Veja quem são os 20 mais ricos do Brasil em 2015
1º Jorge Paulo Lemann
Fortuna: R$ 83,70 bilhões. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Idade: 75 anos. Origem do patrimônio: cervejaria/investimentos
2º Joseph Safra
Fortuna: R$ 52,90 bilhões. Idade: 76 anos. Local de nascimento: Líbano (naturalizado). Origem do patrimônio: banco
3º Marcel Hermann Telles
Fortuna: R$ 42,26 bilhões. Idade: 65 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: cervejaria/investimentos
4º Carlos Alberto da Veiga Sicupira
Fortuna: R$ 36,93 bilhões. Idade: 65 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: cervejaria/investimentos
5º João Roberto Marinho
Fortuna: R$ 23,80 bilhões (empatado). Idade: 61 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: mídia
6º José Roberto Marinho
Fortuna: R$ 23,80 bilhões (empatado). Idade: 59 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: mídia
7º Roberto Irineu Marinho
Fortuna: R$ 23,80 bilhões (empatado). Idade: 67 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: mídia
8º Eduardo Saverin
Fortuna: R$ 17,53 bilhões. Idade: 33 anos. Local de nascimento: São Paulo. Origem do patrimônio: internet
9º Marcelo Odebrecht e família
Fortuna: R$ 13,10 bilhões. Idade: 46 anos. Local de nascimento: Bahia. Origem do patrimônio: construção/petroquímica
10º Abilio dos Santos Diniz
Fortuna: R$ 12,83 bilhões. Idade: 78 anos. Local de nascimento: São Paulo. Origem do patrimônio: varejo
11º Walter Faria
Fortuna: R$ 10,40 bilhões. Idade: 59 anos. Local de nascimento: São Paulo. Origem do patrimônio: cervejaria
12º Francisco Ivens de Sá Dias Branco
Fortuna: R$ 10,36 bilhões. Idade: 81 anos. Local de nascimento: Ceará. Origem do patrimônio: indústria alimentícia
13º André Santos Esteves
Fortuna: R$ 9,07 bilhões. Idade: 46 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: banco/investimentos
14º Aloysio de Andrade Faria
Fortuna: R$ 8,45 bilhões. Idade: 94 anos. Local de nascimento: Minas Gerais. Origem do patrimônio: banco
15º José Luís Cutrale e família
Fortuna: R$ 7,82 bilhões. Idade: 69 anos. Local de nascimento: São Paulo. Origem do patrimônio: frutas
16º Alexandre Grendene Bartelle e família
Fortuna: R$ 7,51 bilhões. Idade: 65 anos. Local de nascimento: Rio Grande do Sul. Origem do patrimônio: calçados/móveis
17º Fernando Roberto Moreira Salles
Fortuna: R$ 7,45 bilhões (empatado). Idade: 69 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: banco/mineração
18º João Moreira Salles
Fortuna: R$ 7,45 bilhões (empatado). Idade: 53 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: banco/mineração
19º Pedro Moreira Salles
Fortuna: R$ 7,45 bilhões (empatado). Idade: 55 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: banco/mineração
20º Walter Moreira Salles Júnior
Fortuna: R$ 7,45 bilhões (empatado). Idade: 59 anos. Local de nascimento: Rio de Janeiro. Origem do patrimônio: banco/mineração
Segundo a coluna Painel, da Folha, o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) levou três multas por trafegar acima do limite de velocidade na ponte Newton Navarro, ponto turístico de Natal, apenas neste ano.
O peemedebista também tem outra infração em aberto, por dirigir na contramão.
O soldado Vasco foi informado que o ministro sempre vai muito apresado a praia de Jacumã passando pela ponte Newton Navarro neste Pálio que é um carro mais discreto.
O projeto de reforma política que o plenário do Senado deve votar nesta semana reforça o poder dos grandes partidos e dificulta a eleição de parlamentares pelas chamadas legendas “nanicas”. Se aprovada, a proposta deve reduzir a fragmentação do Congresso já nas próximas eleições.
Há três itens no projeto que beneficiam especialmente os partidos com grandes bancadas, como PT, PMDB e PSDB. O principal é o artigo que torna inócuas as coligações nas eleições para deputado. O texto também restringe o acesso de nanicos a debates e reduz seu “valor” nas coligações majoritárias – para prefeito, governador e presidente – ao reduzir suas cotas no tempo de TV do horário eleitoral.
De acordo com a IstoÉ, a proposta oferece a partidos ameaçados de encolhimento a possibilidade de se unir em uma federação, organismo formado por duas legendas ou mais, mas que funcionaria como uma única. As coligações nas eleições para a Câmara são importantes para os “nanicos” porque nem sempre eles obtêm, sozinhos, o quociente eleitoral – número mínimo de votos para eleger um deputado. Alianças com legendas maiores eliminam esse obstáculo, já que quem precisa atingir esse número mínimo de votos é a coligação, ou seja, a soma do resultado eleitoral de todos os seus integrantes.
Vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrante do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes disse neste domingo (30) àFolha que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria se ater mais à instituição e não “atuar como advogado” da presidente Dilma Rousseff.
A declaração é uma resposta ao parecer de Janot pelo arquivamento de um pedido do ministro para investigar uma das empresas fornecedoras da campanha de Dilma.
No parecer, o procurador criticou a “inconveniência” da Justiça e do Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”.
O ministro disse estar convicto de que é preciso investigar a empresa. A VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda recebeu R$ 22,9 milhões da campanha petista por publicidade e materiais impressos.. “Continuo convencido da necessidade da investigação diante da relevância dos fatos, independente da questão eleitoral”, disse Mendes.
E finalizou: “O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria Geral da República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”, afirmou o ministro.
Janot afirma que sua decisão de não apurar a empresa foi técnica. No parecer, o procurador-geral da República afirmou que solicitou informações à gráfica, que enviou notas fiscais de serviços e modelos de santinhos e impressos.
O procurador argumentou que os fatos “não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”. Sobre as críticas de Mendes, a procuradoria não comentou.
Vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrante do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes disse neste domingo (30) àFolha que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria se ater mais à instituição e não “atuar como advogado” da presidente Dilma Rousseff.
A declaração é uma resposta ao parecer de Janot pelo arquivamento de um pedido do ministro para investigar uma das empresas fornecedoras da campanha de Dilma.
No parecer, o procurador criticou a “inconveniência” da Justiça e do Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”.
O ministro disse estar convicto de que é preciso investigar a empresa. A VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda recebeu R$ 22,9 milhões da campanha petista por publicidade e materiais impressos.. “Continuo convencido da necessidade da investigação diante da relevância dos fatos, independente da questão eleitoral”, disse Mendes.
E finalizou: “O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria Geral da República e procurar não atuar como advogado da presidente Dilma”, afirmou o ministro.
Janot afirma que sua decisão de não apurar a empresa foi técnica. No parecer, o procurador-geral da República afirmou que solicitou informações à gráfica, que enviou notas fiscais de serviços e modelos de santinhos e impressos.
O procurador argumentou que os fatos “não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais”. Sobre as críticas de Mendes, a procuradoria não comentou.