Arquivo diários:03/07/2016

Manteiga não faz tanto mal, revela estudo

Uma análise feita por pesquisadores da Universidade Tufts, nos EUA, não conseguiu encontrar ligações entre o consumo de manteiga e doenças cardiovasculares. E aleluia para isso – a histeria contra a manteiga pode finalmente acabar.

Há anos nos dizem para reduzir a quantidade de manteiga na nossa dieta. As orientações de saúde, muitas que vêm dos anos 1970, nos alertam dos perigos de comer comida rica em gorduras saturadas, dizendo – e frequentemente sem mérito – que elas contribuem para problemas cardíacos e outras questões de saúde. Cada vez mais, no entanto, cientistas estão aprendendo que gorduras saturadas não são os demônios que pintam por aí.

Um novo estudo publicado no PLOS ONE agora reforça essa mudança de opinião, mostrando que não há ligação entre a manteiga e doenças crônicas. Essa análise gigantesca – um meta-estudo que incluiu 636.151 pessoas de 15 países, e acompanhou 6,5 milhões de pessoas-anos – não mostrou associação entre o consumo de manteiga e doenças cardiovasculares.

Flip termina com ato de protesto contra Temer

Autores convidados participam da última mesa da Flip, que acabou com uma intervenção contra o presidente interino Michel TemerLUIZA FRANCO
ENVIADA ESPECIAL A PARATY (RJ)

A última mesa da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), onde os autores convidados leem trechos de seus livros favoritos, acabou com uma intervenção contra o presidente interino, Michel Temer.

Ao final, enquanto os autores desciam do palco e após os agradecimentos do curador, Paulo Werneck, foram projetadas no telão da tenda as frases “Temer jamais” e “Não pise na democracia”. A projeção parece ter partido da plateia.

O Jacó de Natal é semelhante ao Jacó da Bíblia

Segundo estudos bíblicos, Jacó cometeu uma das três primeiras traições registradas da Sagrada Escritura.

‘Jacó sentiu-se desconfortável ao entrar na tenda de seu pai cego, vestindo as roupas de Esaú e cheirando ao campo, para declarar: “Eu sou Esaú, teu primogênito” (Gn 27:19). Isaque ficou na dúvida, mas abençoou Jacó pensando ser Esaú (Gn 27:23-29)’

Antônio-Jacome-Malafaia
Jacó e Jacozinho com o primo Malafaia

O deputado crente, Antônio Jácome, sempre se apresenta como o grande depositário dos votos evangélicos. Para ele as igrejas evangélicas são currais eleitorais..

Segundo o crente Jácome, 25% do eleitorado de Natal é evangélico, e por causa disso ele passa a falsa impressão que todos eleitores evangélicos votam nele.

Foi com esse papo que ele encantou Micarla, ao ponto dela se tornar evangélica. Ele convenceu a ‘borboleta’ que contando com os 25% de votos evangélicos e mais 15% dos votos da força da prefeitura, Micarla estaria no segundo turno e ganharia de Carlos Eduardo. Comendo corda de Jácome, Micarla foi visitar as igrejas com uma Bíblia debaixo do braço, ao chegar e conversar com alguns pastores, viu que eles só queriam agrados, como trocarem de carros, cada pastor queria um carango novo.

Como Micarla não tinha uma loja de carros, marcenaria para fazer bancos de igrejas ou loja de som, ela desistiu da reeleição.

Diante da desistência da borboleta, Antônio Jácome procurou Hermano Morais com a mesma conversa. Ele prometeu os 25% dos votos evangélicos caso Hermano aceitasse seu irmão Osório Jácome como vice-prefeito.

O que aconteceu? Hermano com o apoio de Garibaldi, Henrique Alves e com um vice-prefeito evangélico indicado por Jácome, no primeiro turno, obteve apenas 87 mil votos, equivalente a apenas  16,5 % dos 526.417 eleitores de Natal em 2012. No segundo turno, Hermano com o apoio dos Alves, evangélicos e José Agripino obteve 153.522, ou seja, 29% do eleitorado de Natal. Será que os 25% dos votos evangélicos votaram em Hermano como estimou o pastor deputado Jácomé?

Vamos agora ao resultado dos Jácome’s para eleição deles em 2014 quando o pai disputou o mandato de deputado federal e o filho de depurado estadual: para deputado federal, Antônio Jácome obteve 23 mil votos, 5% do eleitorado. e seu filho para deputado estadual apurou 11 mil votos, 2.5 % dos  505.701 eleitores registrados em Natal eleição de 2014. Vale lembrar que o eleitorado de Natal diminuiu de 526 mil em 2012, para 505 mil em 2014 com a revisão biométrica.

Neste caso, o Jacó está com uma conversa bonita, mas, lembra o Jacó que as escrituras diz o seguinte:

“Um dia, Jacó aproveitou uma dificuldade que seu irmão enfrentava e negociou uma troca muito favorável para ele: deu uma refeição para Esaú em troca do seu direito de primogenitura, um privilégio enorme nas antigas famílias orientais (Gênesis 25:27-34). Deus já havia prometido que Jacó seria exaltado sobre seu irmão. Não precisava negociar e manipular para ganhar vantagem. Nessa história podemos ver um homem esperto, mas é difícil ver um homem de fé.

Além do direito de primogenitura, a bênção do pai faria uma distinção entre os filhos. Isaque, velho e cego, pretendia dar uma bênção maior para Esaú. Com a ajuda da sua mãe, Rebeca, Jacó conseguiu enganar o pai e receber a bênção destinada ao seu irmão (Gênesis 27:1-45). Este ato foi motivo de um conflito entre os irmãos que durou 20 anos. E devemos observar um fato interessante. Não foi uma briga entre meninos, e sim entre homens com mais de 70 anos de vida! Novamente, podemos ver um homem esperto, mas não um homem que confiava mesmo em Deus.

Para escapar da ira do seu irmão, Jacó fugiu para a terra onde residiam vários parentes por parte da sua mãe. Na Mesopotâmia, ele enfrentou um homem igualmente esperto. Jacó casou e teve conflitos quase constantes com seu sogro, um sempre tentando se aproveitar do outro. Apesar de sua falta de confiança em Deus, Jacó prosperou durante 20 anos, construindo uma grande família e um patrimônio formidável. No final dessa jornada na Mesopotâmia, Jacó atribuiu ao Senhor a sua prosperidade, pois Deus realmente estava o protegendo (Gênesis 31:1-42).”

 

Pode dar Dadá

Caso o prefeito de Caicó, Roberto Germano do PMDB seja confirmado inelegível na Lei da Ficha Suja que certamente será, o esquema bacurau de Caicó poderá lançar o nome do ex-prefeito Dadá Costa.

Dadá é filiado ao PPS e está com sua ficha limpa.

 

Ministro do STF defende projeto de lei sobre ‘abuso de autoridade’ para frear promotores abusados

Folha de São Paulo

MARIANA HAUBERT
DE BRASÍLIAO presidente do Tribunal Superior Eleitoral Gilmar Mendes defendeu nesta sexta-feira (1º) a aprovação do projeto de lei que trata do abuso de autoridade, desengavetado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com o ministro, a proposta “nada tem a ver com a “Lava Jato” e faz parte de um conjunto de propostas feitas pelo Judiciário.

“O Brasil tem um catálogo de abuso de autoridade que vai de A a Z. Isso vai do guarda da esquina até, às vezes, o presidente da República”, disse.

O ministro lembrou que a legislação que trata deste tema é de 1965 e é “quase ingênua” para os tempos de hoje. “Por isso queremos tipificar as situações que são comuns e que nada tem a ver com esse tema específico”, completou.

O ministro defendeu a proposta ao dizer que as autoridades do país devem estar submetidas a regras e se violar tais regras, devem ser punidas.

Investigado na Lava Jato, Renan disse nesta quinta (30) que pretende votar o projeto até 13 de julho, antes do recesso parlamentar. Antes disso, o projeto passará por uma comissão especial cujo presidente será o senador Romero Jucá (PMDB-RR), outro investigado na Lava Jato.

O texto define, por exemplo , os crimes cometidos por integrantes da administração pública, inclusive do Ministério Público e prevê punições que vão desde o pagamento de indenizações às vítimas dos abusos até a perda do cargo público.

 

Por Leonardo Sakamoto: SP não vai se separar do Brasil. Mais provável é o Brasil se cansar de SP

Eu que já acho o ó do borogodó sair enrolado com a bandeira do Brasil em final de Copa do Mundo quase tive uma síncope quando vi, certa vez, uma criança correndo com uma esvoaçante bandeira do Estado de São Paulo, tendo os satisfeitos pais ao lado – feito aqueles comerciais de margarina em que tudo sorri. Inclusive o triglicérides.

Deu vontade louca de chamar o Conselho Tutelar. Cadê as instituições deste país quando mais precisamos delas? O Didi? O Criança Esperança?

Parte da minha vida passou diante dos meus olhos feito um filme B…

Lembrei-me da época em que um bando de gênios começou uma campanha para separar o Rio Grande do Sul do restante do país. Depois, vieram outros e ampliaram a ideia para toda a região Sul. A “República do Pampa” nasceria grande, mais rica e mais branca, que o restante desse Brasil pardo que ficaria para trás.

Enfim, alguém meteu São Paulo lá no meio – para a alegria da paulistaiada que esquece que a razão de seu sucesso passa também pela exploração dos recursos naturais e da força de trabalho de outras regiões do país.

E taí a Polícia Federal que não deixa este japonês mentir. Nesta quinta (30), foi realizada a Operação Rios Voadores, que apontou o pecuarista paulista Antônio José Junqueira Vilela Filho como o comandante da maior organização criminosa responsável pelo desmatamento e grilagem de terras na Amazônia entre 2012 e 2015.

Voltando ao filme B da minha vida. Lembro que o pai de um amigo tinha uma adesivo com São Paulo e a região Sul formando outro país. Maldita sensação de vergonha alheia.

E falando em vergonha alheia, quantas vezes vocês não ouviram alguém tentar explicar as razões pelas quais o “povo paulista” é o mais trabalhador do Brasil? Mimimi que, invariavelmente, termina criticando “nordestinos” – gentílico genérico com a qual alguns paulistas tratam quem vive acima do Trópico de Capricórnio.

Para quem não sabe, incutimos o espírito bandeirante em nossa criançada desde cedo para que ela, quando adulta, saiba colocar os outros exatamente em seu lugar. Hoje, fico matutando se determinismo geográfico era disciplina oferecida na escola ou se era ensinado como conteúdo transversal.

O fato é que pais de alguns amigos defendiam sandices sob justificativas que fariam corar o doutor Joseph Goebbels na Alemanha hitlerista. Em grande parte por ignorância, mas alguns por convicção formada na reflexão. Desses, eu tinha medo.

E como não se lembrar dos cartazes indignados que apareceram, aqui e ali, em manifestações de rua, no último ano, dizendo “São Paulo exige respeito”.

E os operários maranhenses que morrem soterrados em obras de São Paulo? E as meninas paraenses que são forçadas à exploração sexual em São Paulo? E os costureiros bolivianos que são escravizados em São Paulo? E os camponeses que são removidos de suas terras para produzir a carne do churrasco de São Paulo? E os indígenas que são desterrados em nome da energia elétrica que move o nosso ar condicionado em São Paulo? Eles não merecem respeito?

O fato é que há uma parte de São Paulo que exige respeito, mas não se importa muito com o desrespeito que pratica no Brasil e, por que não, no mundo afora. Através de nossos hábitos de consumo, através de nossa hipocrisia, através de nossas justificativas de progresso e crescimento econômico usadas para passar por cima dos “entraves” humanos e ambientais.

Agora me diga: qual a chance de uma pessoa condicionada, desde cedo, no “paulistanismo”, o nacionalismo paulista, que funciona como uma espécie de seita radical aos seus adeptos, achando que aqui é o céu e o restante do país, o inferno, conseguir enxergar para além de uma divisão territorial e promover justiça social de fato a fim de melhorar o Brasil?

Qual a chance de pessoas que ouviram a promessa de que seriam os maquinistas da “locomotiva da nação” ao serem informados que São Paulo é apenas mais um estado (que depende do restante do país e está em dívida com ele – e não me venham com esse outro mimimi do repasse de impostos que não chega nem aos pés do que tomamos) não sentirem que estão tendo seus privilégios atacados?

Dentre os jovens paulistas que desaguaram nas ruas em 2013 ou em 2015, uma parte foi preparada, ao longo do tempo, pela família, escola, igreja e mídia para encararem o mundo sem muita reflexão. Não significa, contudo, que sejam conservadores, mas acreditaram em respostas simples e empacotadas feitas para que grandes mudanças garantam que tudo possa continuar seguindo seu curso.

O desafio é que, diante de comportamentos questionáveis e pouco democráticos, como pequenas campanhas pela separação do restante do país, externamos o nosso desprezo. Sejamos racionais, São Paulo não vai se separar. Mas esse tipo de mobilização não deve ser vista como uma doença, mas como um sintoma. Sintoma de um tempo de dúvida e transformação.

Muitos desses jovens estão descontentes, mas não sabem o que querem. Sabem o que não querem. Neste momento, por mais agressivos que sejam, boa parte deles está com medo. Pois cobrados de uma resposta sobre sua insatisfação, no fundo, no fundo, conseguem perceber apenas um grande vazio.

O fato é que há um déficit de democracia participativa que vai ter que ser resolvido. Só votar e esperar quatro anos não adianta mais. A saída ainda passa por uma reforma política que inclua ferramentas de participação popular. Lembrando que aumentar a democracia participativa não é governar por plebiscito – num país como o nosso, isso significaria que os direitos das minorias seriam esmagados feito biscoito.

A hora, portanto, é convidar todos esses jovens para o diálogo e não o confronto. Construir com eles a narrativa de um mundo realmente mais democrático e includente e dialogar para tentar entender como esse Estado pode ajudar a construir um país mais justo ao invés de continuar explorando-o.

A bandeira do município de São Paulo traz a expressão em latim “Non Ducor Duco”. Não sou conduzido, conduzo. Uma besteira sem tamanho.

Um bom ponto de partida para refletir sobre outras bandeiras que podem fazer mais sentido do que aquelas que nos acostumamos a carregar.

Advogado renomado e ameaçado, ameaça mostrar as tripas do STJ e STF

Renomado advogado, considerado um dos melhores do país, soube que estava na mira das investigações.

Não pensou duas vezes: procurou investigadores para oferecer tudo que sabe sobre o Judiciário — e relatou detalhes das relações nada republicanas com integrantes do Superior Tribunal de Justiça e também do Supremo Tribunal Federal.

Detalhe: entregou nome de ministros.

Quem teve acesso às negociações diz que não vai sobrar pedra sobre pedra quando a delação for fechada.

Insuperável
Nem a delação da Odebrecht, considerada a mais importante de todas até aqui, deverá superar a desse nobre causídico.

 

Informações do Blog do Moreno – O Globo

Jesus, Maria, José: Henrique Alves estrelando na Revista Veja novamente

Doleiro diz a Veja ter vídeos que provam negociação de propinas para PMDB envolvendo Henrique Alves

Preso, Lúcio Funaro diz que operava um esquema que recolheu 100 milhões de reais para o partido

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O doleiro Lúcio Bolonha Funaro sabia que, uma hora qualquer, seria alcançado pela Lava-Jato. Aconteceu na manhã de sexta-feira passada, quando foi preso preventivamente. Tanto sabia que, nas últimas semanas, passou a conversar com advogados sobre a possibilidade de fazer delação premiada. Figurinha fácil em escândalos, Funaro tem muito a dizer e a mostrar. A pessoas próximas, ele já afirmou ter recebido 100 milhões de reais de empresas com contratos públicos, propina desembolsada para remunerar serviços do deputado Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, de quem é um antigo parceiro de negócios. Funaro também contou que boa parte dos 100 milhões foi transferida, a mando de Cunha, a caciques do PMDB e deputados do chamado “centrão”, o que explicaria a eleição de Cunha para o comando da Casa. Como delator, Funaro terá de provar o que diz para conseguir a redução de pena. Aos advogados, disse que isso não será difícil. Ele garante ter gravado empresários e parlamentares que visitaram seu escritório em São Paulo para discutir os valores dos contratos e das respectivas propinas. Gravação em vídeo, para não deixar margem a dúvidas.

A prisão de Funaro é um desdobramento da delação de Fábio Cleto, ex-­vice-presidente da Caixa Econômica Federal e, assim como o doleiro, notório operador de Eduardo Cunha. Cleto declarou à força-tarefa da Lava-Jato que Cunha cobrava propina das empresas interessadas em obter recursos do FI-FGTS, um fundo de investimentos em infraestrutura administrado pela Caixa. Em cada contrato, segundo disse Cleto, Cunha embolsava entre 0,3% e 1% do valor total. Cabia a Funaro participar da coleta da comissão. O método teria sido aplicado quando o FI-FGTS aprovou o repasse de 940 milhões de reais à Eldorado Celulose, empresa da J&F, holding que abriga também a JBS, a maior empresa de carnes processadas do mundo. Os investigadores descobriram que Funaro, nessa operação, arrecadou ao menos 9 milhões de reais, o que confere com o 1% de que fala Cleto. A Polícia Federal fez busca e apreensão na sede da JBS e na casa de seu dono, Joesley Batista, em São Paulo. Na delação, Cleto disse que Cunha também embolsou propina em operações do FI-FGTS com a OAS e a Odebrecht.

A corrupção no fundo funcionava no modelo tradicional. Cunha escalava Cleto, seu preposto na Caixa, para criar dificuldades, e, depois, vendia facilidades. Se a empresa não pagava a propina, Cleto pedia vista do processo. Certa vez, Cunha contou com a ajuda de Henrique Eduardo Alves, ex-ministro de Dilma e Temer, então na presidência da Câmara, para pressionar a cúpula da Caixa a aprovar a liberação de recursos do FI-FGTS à OAS Óleo e Gás e ao Estaleiro Atlântico Sul, de propriedade da Camargo Corrêa e da Queiroz Galvão. No gabinete de Henrique Alves, Cunha disse a executivos da Caixa que, se o dinheiro não saísse, Cleto impediria o avanço de qualquer projeto de interesse do governo. Conforme revelado por VEJA.com, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já denunciou Henrique Alves, Eduardo Cunha, Fábio Cleto e Lúcio Funaro por participação no esquema de corrupção da Caixa. O cerco ao PMDB é amplo e irrestrito. Outro delator acusou o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a cúpula do partido de receber propina de um ex-dire­tor do grupo Hypermarcas.

Renan é investigado em oito inquéritos da Lava-Jato, mas a situação de Cunha é bem mais delicada. Com dois de seus tarefeiros capturados, Cunha recorre à estratégia de sempre: a ameaça. No domingo 26, o deputado visitou o presidente interino Michel Temer no Palácio do Jaburu. Pediu ajuda para se salvar da cassação de mandato e, caso renunciasse à presidência da Câmara, para eleger um aliado para o posto. É notório que Cunha levantou muitas doações de empresas ao PMDB e, por isso mesmo, pode causar um estrago enorme aos peemedebistas que hoje ocupam cargos de destaque em Brasília. “O Cunha pode implodir o governo Temer”, disse Funaro numa conversa recente. Pode ser bazófia. Ou não. Procurado por VEJA, Cunha disse que não recebeu recursos ilícitos: “Quero ver provar”. Temer, por sua vez, pôs sua equipe em campo para tentar atender, nos bastidores, às exigências de Cunha.