Com o sistema de ônibus de Natal parado, o governador pede reforço das Forças Armadas.
O governo do Rio Grande do Norte pediu apoio do Exército para combater os ataques que têm acontecido em cidades do Estado desde sexta-feira (29). Segundo o governo estadual, a onda de violência seria uma reação de criminosos contrariados com a instalação de bloqueadores de sinal de celular em presídios.
“Solicitei apoio das tropas do Exército para se somarem às nossas destemidas polícias no trabalho para garantir a segurança da população. Desde ontem tenho mantido contato com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, com o ministro da Defesa, Raul Jungman e com a direção nacional da Polícia Federal. Aqui, todas as forças de segurança permanecem em total atenção para retomarmos a normalidade. Estou no aguardo da liberação das tropas pela presidência da República”, afirmou o governador do Estado, Robinson Faria, em post em redes sociais.
A região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, voltou a apresentar na madrugada deste domingo (30) casos de veículos incendiados e ataques a prédios públicos. Neste domingo (31), há informações de quatro ocorrências, entre 0h50 e 5h50. Duas delas se deram na capital: um coquetel molotov arremessado contra a parede de um terminal de ônibus e um princípio de incêndio em uma escola penitenciária. Os outros dois casos, ambos de veículos queimados, foram em outras cidades.
Com a série de ataques, os ônibus da rede pública deixaram de circular em Natal no sábado (30) e continuavam parados até o início da tarde deste domingo (31). A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Estado informou que fazia reuniões durante a tarde com os empresários do setor de transporte para que os veículos retornassem às ruas.
Segundo a secretaria, desde sexta (29), houve a prisão e apreensão de 50 suspeitos, entre adultos e adolescentes. Além disso, foram recolhidos quase 30 coquetéis molotov em uma casa abandonada em Natal.
Mais de 40 ataques já foram registrados, entre incêndios a veículos e tiros disparados contra prédios públicos. De acordo com a secretaria, há casos confirmados em Natal e mais 19 municípios do Estado.