Diante da crise, o governador não pode deixar de governar para politicar e fazer proselitismo

O nosso Estado está vivendo um momento muito delicado e difícil.

Nunca, em nenhum momento, um governador administrou o RN enfrentando tantas dificuldades como o atual governador Robinson Faria.

O Governo do Estado para pagar a folha de pessoal, desde o primeiro mês do governo, teve que lançar mão dos recursos do Fundo Previdenciário em decorrência da crise caixa que o RN está passando. O governo tem feito mágica para pagar os servidores. Neste mês, a folha será paga integralmente no dia 12 do corrente mês.

Desde que Robinson assumiu, governa o Estado enfrentando uma estiagem com nossos reservatórios em situações criticas, e o setor do agro-negócio em crise quase parando.

A situação política e econômica nacional é caótica, temos um presidente interino, um Congresso Nacional desmoralizado e ninguém sabe como esta crise política, econômica e institucional vai terminar depois da votação do impeachment da presidente Dilma.

Para completar, o nosso RN passou a enfrentar uma revolta de facções criminosas gerando violência nunca vista, destruindo o patrimônio público e privado, atacando escolas, prédios policiais, ônibus, postos de combustíveis, aterrorizando nossa população quando cerca de 40 municípios foram atacados.

Tudo isso na véspera de uma eleição..

Diante disso, cabe ao governador decidir se vai destinar todo seu tempo no enfrentamento destes graves problemas, ou vai virar cabo eleitoral de candidatos a prefeito no interior do Estado.

O governador já tomou uma acertada atitude de não participar no primeiro turno da eleição de Natal, mas, caso Robinson deixe de dedicar-se ao governo para participar de comícios, carreatas bestas, de obá 0bá eleitoral, o povo não vai aprovar sua conduta. O momento é outro e difícil..  Um candidato amigo e correligionário que exija a presença do governador em seu palanque fazendo comício, não estará agindo com espirito público nem pensando no coletivo. Esse candidato está demostrando que não tem o menor apreço pelo povo, ele só está pensando em se eleger.. Temos certeza que o povo vai reprovar tal exigência e condenar o comportamento do candidato e do governador. O efeito contrário poderá ser devastador em desfavor do candidato.

Esta eleição é completamente diferente de todas, o RN está atolado numa crise, o governador tem que ficar voltado integralmente para a administração, fazer campanha politica e politicagem nesta hora pode ser considerada uma grande irresponsabilidade.

Deixem os deputados, senadores e candidatos correrem atrás de votos, o governador tem que correr atrás de dinheiro para pagar o funcionalismo e fornecedores em dia garantindo o bom funcionamento dos serviços públicos como os hospitais, escolas e policias.

Outra coisa: acabou-se o tempo que um governador metia a mão no dinheiro do Estado para financiar campanha eleitoral. Agora a conversa é outra!

O correligionário ou aliado político do governador que exija que ele deixe de governar para fazer campanha em seu favor é um ‘amigo da onça’ do povo potiguar.

Carreata
O povo não aguenta mais esse moído e não aceitará o governador deixar de cuidar da administração para participar dessas palhaçadas eleitorais.