Josias de Souza
Ao enviar para Sérgio Moro parecer contrário à devolução do passaporte de Cláudia Cruz, a força-tarefa da Lava Jato cutucou seu marido Eduardo Cunha com o pé para ver se ele morde. Fez isso num instante em que Cunha rosna para o Planalto e para a Câmara, irritado com o agendamento do seu encontro com a guilhotina para 12 de setembro.
Para justificar a retenção do passaporte da mulher de Cunha, os procuradores afirmam que há “risco concreto” de madame fugir para o estrangeiro e utilizar dinheiro sujo entesourado em contas secretas ainda não bloqueadas. Nada desestabiliza mais Eduardo Cunha do que a ideia de ver a mulher e a filha tratadas como bandidas.