Continuando falando muito, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot criticou a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que, acolhendo a um pedido do atual vice-procurador-geral, Luciano Mariz Maia, remeteu o processo contra Alckmin para a Justiça Eleitoral, e não para os procuradores que trabalham na força-tarefa da Lava Jato em São Paulo.
Em sua página nas redes sociais, Janot escreveu que é “tecnicamente difícil de engolir” a decisão do STJ .
Alckmin é investigado por ter supostamente recebido R$10 milhões da construtora Odebrecht. De acordo com executivos da empresa que falaram em acordo de delação premiada, o dinheiro viria do “setor de propinas” da construtora e, virtualmente, é oriundo de obras superfaturadas no estado de São Paulo.
O montante teria sido entregue ao cunhado de ex-governador, Adhemar Cesar Ribeiro, que também é investigado no caso. Ele teria repassado o valor ao então governador, que usou o dinheiro para custear parte de sua campanha eleitoral em 2010 e 2014. Os R$10 milhões não foram declarados pelo tucano na prestação de contas à Justiça Eleitoral.