Dona da Coca-Cola latina, Femsa fecha 1º tri com lucro em queda

Por Cibelle Bouças | Valor

SÃO PAULO  –  A Fomento Económico Mexicano (Femsa), dona da Coca-Cola Femsa, maior engarrafadora da Coca-Cola na América Latina, reportou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido de 1,48 bilhão de pesos mexicanos (US$ 781,4 milhões). O resultado ficou 77,6% abaixo do lucro de 6,59 bilhões de pesos mexicanos, apurado no mesmo intervalo de 2017.

Segundo a companhia, o lucro líquido caiu principalmente devido a uma perda cambial, com efeito apenas contábil, relacionado à sua posição de caixa em dólares americanos. Essa posição de caixa foi impactada pela valorização do peso mexicano sobre o dólar e foi parcialmente compensada por menores despesas com juros e com o aumento na receita operacional.

A receita líquida da Femsa cresceu 4% no primeiro trimestre, para 115,34 bilhões de pesos mexicanos (US$ 6,1 bilhões). De acordo com a companhia, o crescimento refletiu principalmente o avanço da divisão de varejo da Femsa, que apresentou avanço de 13,9% no trimestre, com abertura de 237 novas lojas Oxxo.

No trimestre, a receita da divisão Coca-Cola Femsa teve queda de 3,2%, para 49,71 bilhões de pesos mexicanos. Excluindo o impacto da variação cambial, a receita aumentou 7,2% no período. As vendas da Coca-Cola Femsa cresceram 3% em volume, para 907,8 milhões de caixas. A companhia apresentou aumento de vendas no Brasil, na América Central e na Colômbia.

Os custos com vendas aumentaram 3,4% no trimestre, para 73,97 bilhões de pesos mexicanos. As despesas administrativas aumentaram 1,6%, para 4,29 bilhões de pesos mexicanos. As despesas com vendas avançaram 4% no período, para 28,46 bilhões de pesos mexicanos.

O lucro operacional aumentou 3,9% no trimestre, para 8,41 bilhões de pesos mexicanos (US$ 444,7 milhões).

“Os resultados do primeiro trimestre da Femsa vieram um pouco melhor do que esperávamos em várias de nossas operações, mas o segundo trimestre será mais difícil, com base na mudança de calendário. E continuamos esperando águas agitadas a frente”, afirmou Eduardo Padilla, presidente da Femsa, em relatório.