A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, que apoiara a candidatura de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, pediu nesta sexta-feira (1º) afastamento do inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
Carmen Eliza foi uma das três promotoras do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que participaram da coletiva de imprensa na qual o MPRJ afirmou que um áudio contradiz o depoimento do porteiro do condomínio de Bolsonaro no Rio, o Vivendas da Barra.
Segundo o funcionário, Élcio de Queiroz, suspeito de ser o motorista do carro usado no assassinato de Marielle e Anderson, esteve no condomínio no dia do crime e anunciou na portaria que ia para a casa 58, que pertence ao presidente.
Além disso, o porteiro contou aos investigadores que “Seu Jair” autorizara a entrada de Queiroz, embora Bolsonaro estivesse em Brasília naquele dia. No entanto, de acordo com as promotoras do MPRJ, existe um áudio que prova que o acesso de Queiroz foi liberado por Ronnie Lessa, acusado de ser o autor material dos homicídios e que mora no mesmo condomínio, na casa 65.
Ansa