O médico brasileiro que confirmou a morte encefálica de Gugu Liberato explicou o procedimento, que aconteceu em um hospital de Orlando, nos EUA, onde o apresentador se acidentou. Guilherme Lepsky contou em entrevista ao Jornal Nacional que o apresentador não chegou à unidade médica com quadro de morte cerebral, mas seu estado de saúde piorou de maneira muito rápida.
“Aí foi um tempo para se declarar a morte encefálica, um tempo maior. Porque a gente precisa ter um tempo de observação. Uma coisa é avaliação da gravidade neurológica no momento que o paciente entra. Outra coisa é diagnóstico da morte encefálica, que demanda tempo. Tinha alguma atividade respiratória no início, então não era de início morte encefálica. Tinha alguma atividade na prova de apneia, uma prova que se faz. Acontece que o quadro foi se deteriorando rapidamente. E aí as provas subsequentes comprovaram isso (a morte cerebral)”, diz.
Acidente
Gugu estava com a esposa, Rose, e os três filhos em sua casa. Ele costumava passar um período do ano em Orlando, alternando com o Brasil, e mantinha uma rotina low profile, desfrutando uma vida anônima.
O apresentador tinha chegado aos EUA na própria quarta, após uma viagem a Singapura. Ele subiu no forro da casa para tentar trocar o filtro do ar-condicionado. Uma parte de gesso do forro não aguentou o peso de Gugu e cedeu. O apresentador caiu de uma altura de quatro metros, na sala da casa, e bateu a cabeça.
O filho mais velho de Gugu, João Augusto, 18 anos, presenciou a queda e foi quem chamou os serviços de emergência. O socorro chegou rapidamente à casa de Gugu e o levou para um hospital – segundo o Jornal Nacional, um trajeto de 27 minutos.
Quando deu entrada, o apresentador tinha uma fratura na têmpora direita. Também foi detectado que ele estava em nível 3 na escala Glasgow, que mede a atividade cerebral. A escala vai de 3 até 15, ou seja, Gugu já deu entrada com baixa atividade no cérebro. Como a hemorragia era grande, os médicos preferiram não fazer uma cirurgia e o apresentador ficou em observação.