São Paulo – Cerca de 1,23 milhão de mulheres foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil por serem vítimas de violênciaentre 2010 e 2017. Entre todos os casos, seus parceiros representam 36% entre os autores dos ataques.
As ocorrências se intensificam entre as mulheres negras: são os principais alvos de todos os tipos de violências e somam 57% dos casos de violência sexual e 51% dos casos de agressões. No período de 7 anos, a violência contra mulheres negras cresceu 409%, enquanto contra mulheres brancas aumentou 297%.
Os dados são de uma plataforma online lançada nesta segunda-feira (25) pelo Instituto Igarapé, com colaboração da Uber, que reúne dados inéditos de Brasil, Colômbia e México, os três países líderes em assassinato de mulheres na América Latina.
Nomeada EVA (Evidências sobre Violências e Alternativas para Mulheres e Meninas), a ferramenta divide as informações por idade, raça, classe social e mostra realidade de cada um dos mais de 9 mil municípios pesquisados. As informações são relativas à violência física, patrimonial, psicológica, moral e sexual.