Arquivo diários:04/01/2015

Saiba como e onde você pode usar veículos nas praias do RN

Veja quais são as praias onde o trânsito de veículos é proibido, e quais os trechos permitidos (apenas para veículos credenciados e/ou devidamente autorizados pelo Detran) nos quais o condutor não pode ultrapassar o limite de 50 quilômetros por hora.

Litoral Norte – Praias com acesso de veículos PROIBIDO

Redinha Velha;
Redinha Nova;
Santa Rita;
Jenipabu (trecho entre o box da APCBA até a balsa do rio Ceará-Mirim);
Graçandu;
Pitangui;
Jacumã;
Porto-Mirim;
Muriú;
Barra de Maxaranguape.

Litoral Norte – Praias com acesso de veículos PERMITIDO (até 50 km)

Santa Rita/Jenipabu (trecho entre o Bar 21 até o Bar do Pedro, utilizando-se da trilha de mão dupla);
Acesso ao embarque e desembarque das balsas da Barra do Rio Ceará-Mirim (iniciando a partir do encontro do Rio Ceará-Mirim com o mar, logo após a travessia da balsa estendendo-se por aproximadamente 500 metros  da orla, após a última barraca, onde o veículo deverá pegar a estrada asfaltada);
Acesso ás barracas de Graçandu (após o povoado de Pitangui, na altura do antigo ‘Roller’, terminando na primeira subida após o restaurante Jacumã (Jacó) na praia de Jacumã):
Acesso às barracas da praia de Muriú (trecho após as casas de veraneio de Muriú até a balsa de Barra de Maxaranguape, onde o veículo deverá trafegar pelas ruas centrais da cidade, tendo acesso à praia apenas a partir do Cabo São Roque)

Litoral Sul – Praias com acesso de veículos PROIBIDO

Via Costeira;
Ponta Negra;
Cotovelo;
Pirangi do Norte;
Pirangi do Sul;
Pirambúzios;
Búzios;
Tabatinga;
Camurupim;
Barreta;
Tibau do Sul;
Pipa;
Praia do Amor;
Afogados;
Cancela;
Praia das Minas;
Pedra D’água;
Sibaúma;
Barra de Cunhaú (trecho da barraca do Baiano até as proximidades do rio Curimataú).

Litoral Sul – Praias com acesso de veículos PERMITIDO (até 50 km)

Trecho de praia após a praia de Barreta (Malembá) até a travessia de balsa da Lagoa de Guaraíra;
Trecho de praia iniciado a partir do Pontal de Barra de Cunhaú;
Morro da Cotia;
Praia de Olho D’água;
Morro Amarelo;
Andorinha;
Praia do Porto;
Praia do Presídio (seguindo pelas ruas da cidade de Baía Formosa;
Trecho de praia iniciado após o Hotel Chalemar;
Praia de Bacopari;
Praia do Farol;
Barreirinha;
Praia de João dos Santos;
Cachoeira;
Praia do Urubu;
Cotia;
Sagi;
Guajú (até a travessia de balsa do Rio Guajú)

Hudson Pereira Brito e a Tribuna do Norte

O jornal do Alves, a Tribuna do Norte é engraçada.. Lendo o exemplar de hoje (04), vejo uma matéria com o título: ”

MP denunciou secretário de Articulação”.

O jornal já vem mostrando qual será o nível de oposição que fará ao governador, Robinson Faria.. Na verdade, o que existe é um pedido do Ministério Público para apurar um convênio celebrado em 2003 entre o Femurn-Federação dos Municípios do RN e o Governo do Estado, envolvendo 14 pessoas e aprovado pelo TCE-Tribunal de Contas do RN..

Hudson Pereira Brito não é condenado em nada.. Nem na justiça potiguar, e muito menos no Tribunal de Contas..

Danado é que a tribuna do Norte, que está fuçando tudo sobre a vida dos secretários de Robinson, nunca ter fuçado a vida do seu proprietário, deputado estadual, Agnelo Alves que responde a mais de sessenta processos acusado dentre outras coisas de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, fraude de licitações e dano ao erário público..

Nunca a Tribuna do Norte publicou uma linha sobre a ficha de Agnelo..

Dois anos de maquiagem do prefeito AVON

Faz dois anos que o prefeito, Carlos Eduardo Alves está governando Natal.. Ou seja, a metade do mandato..

Durante este tempo, o prefeito não conseguiu reabrir o mercado das Rocas, que ele começou a reformar em seu mandato anterior no ano de 2007..

Hoje ele admitiu, em entrevista ao blog da prima, Thaiza Galvão, que as obras que ele começou em 2006 de drenagem de Capim Macio e Nossa Senhora da Apresentação na Zona Norte não estão concluídas..

A maternidade Leide Morais que ele construiu e inaugurou em 2008, não aguentou as fortes chuvas caídas em Natal, fechada por ele para ‘reformas’, em 2012, continua fechada..

O Viaduto do Baldo foi interditado e continua intransitável há mais de um ano..

As obras da praia de Ponta Negra além de investigada por suspeita de superfaturamento continua inacabada..Do mesmo jeito estão as obras da praia do Meio, que além de mal feita, parecendo um camelódromo, chegou a alta estação com entulho pra todo lado..

O buraco de Mãe Luíza continua aberto esperando uma nova chuva para aumentar..

A padronização das calçadas, ele não conseguiu fazer nem a metade com o dinheiro enviado pelo governo federal, passou o prazo e ele devolveu o dinheiro..

Dos 350 abrigos para passageiros de ônibus que ele recebeu recursos do PAC-Copa, o prefeito não construiu nenhum..

A obra de drenagem do entorno da Arena das Dunas também não foi concluída..

Os dois anos de Carlos Eduardo Alves, são resumidos ao complexo viário da Arena das Dunas com recursos do governo federal e limpeza urbana nas principais avenidas que é regular, mas, a coleta de lixo na periferia é precária..

As praças e quadras de esportes foram abandonadas..

Agora no quesito maquiagem ele vai bem plantando grama nos canteiros centrais das avenidas de grande circulação..

Vale salientar que o transito e transporte público estão cada vez mais caóticos..

O prefeito está esperando chegar 2016 para tentar reinaugurar o que ficou fechado por três anos causando transtornos para o povo de Natal..

 

Robinson e seus vizinhos

A decisão do governador, Robinson Faria em morar em sua própria rescindência é um recado para seus auxiliares no sentido de mostrar austeridade..

A sociedade aprova a decisão, mas, os vizinhos do governador poderão ter problemas em razão da alta frequência de pessoas no edifício..

Qualquer governador pode tomar medidas amargas que certamente provocará reação popular..

Cortez Pereira, Geraldo Melo foram governadores que moraram em suas casas, mas, fizeram adaptações nos imóveis para receber a guarda da segurança militar.. Uma casa que o governador mora, é uma repartição pública, secretários vão despachar, imprensa comparece, o governador recepciona diplomatas e altas autoridades e o protocolo cerimonial não recomenda oferecer jantar e almoços em restaurantes, pois trata-se de uma descortesia….

Os vizinhos do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sofreram muito com as manifestações..  na minha modesta opinião, o governador vai mudar sua decisão rapidamente..

O governo deveria construir uma residencia oficial num tereno do Centro Administrativo próximo a governadoria..

 

 

Deputado, Gustavo Carvalho quer mais uma ponte no rio Potengi

Quanto mais ponte, melhor..

A informação que o soldado, Vasco teve neste fim de semana na praia de Pirangi é que o deputado, Gustavo Carvalho, que também é chamado carinhosamente por ‘Mão de Lixa’, está reivindicando insistentemente ao governador, Robinson Faria a construção da terceira ponte sobre o rio Potengi…

O deputado, Gustavo que é especialista em construção de pontes tem alegado que as duas pontes existentes não estão atendendo a demanda de trafego de automóveis entre a Zona Norte e Zona Sul..

Primeira queda de braço

A primeira queda de braço entre os Alves e o governador, Robinson Faria será na disputa pela presidência da FEMURN – Federação dos Municípios do RN…

De um lado, o prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, correligionário e peça importante na  eleição de Robinson para governador, do outro lado, o bacurau roxo e prefeito de Lajes, Benes Leocádio..

A eleição será no dia 15.

 

Claudio Santos fez um discurso de posse que nem Joaquim Barbosa teve coragem de fazer

Claudio Santos: ” Ponho a placa na porta da Presidência, desde já e aviso: pagamentos de atrasados de funcionários ou magistrados, serão pagos na ordem legal dos precatórios, após discussão judicial, existente para todos os cidadãos mortais.”

 

DISCURSO DE POSSE DO DESEMBARGADOR CLAUDIO SANTOS NA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO NORTE

Peço que Nossa Senhora da Conceição, de quem sou devoto, me dê ainda mais humildade, bem mais, de hoje por diante.

Sras. e Srs.:

 

Eleito democraticamente pela unanimidade dos Desembargadores integrantes do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, assumo, com muita honra, este elevado cargo com disposição ímpar na vida pessoal e profissional deste magistrado, e o faço unicamente voltado para cumprir as leis e as Constituições deste Estado e da República Federativa do Brasil, que há mais de dez anos jurei cumprir fielmente.

Talvez até com mais entusiasmo, verifica-se esta disposição emergente de agora, mesmo com o rápido passar dos anos, pois que o idealismo da juventude volta retemperado pelo elevado grau de responsabilidade que as atribuições do cargo encerram, mais ainda pelos desafios que o momento, caprichosamente, apresenta-me.

Peço comiseração por também falar pretensiosamente na primeira pessoa do singular. Não se trata, à evidência do trato pessoal, de vaidade ou realce à minha própria pessoa. Deus já me impôs, no corpo e no espírito, inarredável humildade. E o fez de forma muito dura, rasgando a carne, dilacerando meu espírito; mas, não deixou nunca se apagar a chama que alimenta a força de levantar-me novamente e voltar, embora alquebrado, mais vivo e mais disposto do que antes.

Sras e Srs:

O Poder Público brasileiro enfrenta, há alguns anos, talvez a maior crise de todos os tempos na nossa história. Se nos afiguram ímpares estes anos iniciais do século XXI. Há um Ano Novo imprevisível, não apenas pelo esgarçamento do contrato social, não menos pelo crescimento do individualismo que se agiganta em desenfreado corporativismo, mas principalmente no vale tudo do “salve-se quem puder”.

O Estado assumiu proporções assustadoras, adentrando-se na privacidade do cidadão, na incorrigível mania de se normatizar excessivamente tudo e todos, bem como exaurindo a riqueza diuturnamente produzida pelos seus cidadãos, através de escorchante tributação, para satisfazer à cultura, já sedimentada, dos gestores públicos, em realizarem o bem de todos, seja mediante injustificável assistencialismo ou pelo desinteligente mecenato dos que se sentem, quando no poder, ungidos pelo Espírito Santo para fazerem a justiça social que acreditam a que vieram, como verdadeiros messias neste velho e esperançoso pedaço do terceiro mundo.

Reforça-se, no Brasil, ainda mais pelos gestores de agora, o caminhar na contramão dos países que conseguiram a melhor e mais invejável qualidade de vida para os seus cidadãos, como se isoladamente o Poder Público produzisse riquezas capazes de trazer e fazer a felicidade geral, última e primeira razão da existência do Estado, como propiciador de humana qualidade de vida.

A grande discussão no mundo civilizado centra-se na questão de se encontrar o ponto de equilíbrio entre a tributação verso satisfação de plenos serviços públicos e exercício do papel do Estado. Ou seja, quanto de dinheiro se tirar da população para financiar o Poder Público, sem exaurir a capacidade de investimento do cidadão e da empresa privada, destes principalmente.

O que se vê, aqui e alhures, é uma perversa tendência a se agigantar mais e mais a presença do Estado na vida de todos nós, inclusive com órgãos de controle social. Não poderemos, em horizonte não mais irreal, sequer respirar, sem que uma norma jurídica nos condicione como, quando e … quanto custa atender ao que a grande maioria dos homens e mulheres, no exercício de cargos públicos, acredita necessário a essa irreal festa de felicidade imposta, de forma diletante, à população.

 

Sras. e Srs.

Respeitando eventuais divergências, inclusive ideológicas, penso um Brasil mais alinhado com o mundo civilizado, em termos de formatação do Estado, na condução da economia, na estruturação do Poder Judiciário etc. Não vamos conseguir reinventar a roda, muito embora Deus seja brasileiro. Devemos sim, nos orientar pelo que vem, historicamente, dando certo mundo afora.

Não vejo como superar os obstáculos trazidos no bojo do arquétipo do atual modelo de Estado, como consta da atual Constituição da República, modernizando-o, que não através de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva, que se dissolveria com a sua promulgação, após o que os seus integrantes renunciariam à elegibilidade eleitoral por longos anos, evitando-se o pernicioso corporativismo legislativo. Não há outra saída para a atual crise institucional, e esta caminha, inelutavelmente, para essa solução jurídico-constitucional, em que tantos virtuais direitos atuais precisam ser realinhados.

Ensina-se ao povo brasileiro, notadamente na última década, através de massiva propaganda oficial, que todos os cidadãos têm direito a tudo, gratuitamente! Agora, ultimamente, parece que o povo brasileiro começa a desconfiar de que essa quimera político-eleitoral não passa de um faz de conta que a força midiática dos albatrozes do atraso disseminam para impor as suas verdades ideológicas, varridas há muito das políticas do mundo que deu certo.

Quanto maior a estrutura do Estado, inclusive como empresário,  maior o desperdício de recursos, maior a possibilidade de corrupção!

Sras e Srs.

Voltando as vistas ao nosso velho e sofrido Rio Grande do Norte, ofereço-me ao exercício da gestão do poder público, na Presidência do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Norte, para perseguir o que a minha formação política tem a oferecer, a minha personalidade permite e a minha limitada capacidade intelectual possibilita.

Entendo que já passa da hora de se mudar a curva ascendente da insensatez na gestão dos recursos públicos, com o crescente aumento das despesas públicas, isolando-se cada órgão e voltando-se unicamente para o reduzido horizonte de seu próprio umbigo.

Pretendo inaugurar um ponto fora dessa curva, perseguindo uma pequena guinada nessa elipse perversa de se gastar mais e mais em nome da satisfação plena do serviço público essencial da justiça, por exemplo. Ficarei com a minha consciência tranquila se entregar este cargo ao meu sucessor, daqui a dois anos, realizando esse objetivo, mesmo que parcialmente, – se Deus assim me permitir -, mais feliz e satisfeito, pois deitei, nesta nossa seara, a semente da árvore contra um Estado insaciável, pantagruélico, barrando-se o crescente confisco dos ativos privados, através de sufocante tributação, e possibilitando-se aos agentes econômicos criarem e multiplicarem suas próprias riquezas e também as nacionais, por consequência, em ambiente bem mais produtivo do que através das atuais teias crescentes deste monstro que se agiganta e não se basta, realimentando-se desembestadamente.

O Rio Grande do Norte deve ter o Poder Judiciário que o seu povo pode pagar. Não o que nós imaginamos que deva ser ou o que o vírus da minha veia de mecenas acredita como ideal.

O Poder Judiciário é a última casamata do Estado Democrático de Direito. É a última trincheira da cidadania e da realização e usufruto dos bens da vida em sociedade, mas não é uma ilha.

Nenhum Poder do Estado, instituição ou órgão público está à margem desta realidade de penúria social em que vivemos. As demandas sociais se agigantam e, na repartição das receitas, nós que fazemos e efetivamos os direitos, não podemos nos apoderar de um quinhão de recursos acima do imprescindível ao equânime exercício de nossas e demais atividades públicas, pois há muitas outras também importantes e necessárias ao razoável gozo da cidadania.

Nós somos magistrados. O órgão máximo do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte é o plenário do Tribunal de Justiça. Tenho certeza que temos a responsabilidade de começar a mudar. E precisamos, nós magistrados, de começar a mudar desde a cultura jurisdicional, aguçando nossa sensibilidade quanto aos efeitos econômico-financeiros de nossas decisões, mais ainda quando, como agora ocorre com este Desembargador, no exercício das atribuições administrativas que constam do nosso cargo de magistrado.

O Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Norte tem desatendido à Lei de Responsabilidade Fiscal. É verdade que não o fez pela via administrativa, mas sim pela jurisdicional, pecando por não se voltar para se enquadrar e resolver o problema – ou pelo menos perseguir os resultados – dos seus efeitos nos limites fiscais da lei complementar nacional.

Segundo o Tribunal de Contas do Estado, bem como os próprios controles internos do Tribunal de Justiça, coadjuvados por representação em tramitação no Conselho Nacional de Justiça, ainda não julgada, o Poder Judiciário precisa de cerca de 8 anos para absorver o excesso de gastos com pessoal, hoje ocorrentes – se houver razoável crescimento da economia e mantidos os níveis atuais de inflação – sem implantar qualquer reajuste ou incrementar outras despesas, para se submeter aos mesmos parâmetros a que estão obrigados todos os gestores públicos.

No nosso caso específico ainda é bem mais vexatória tal situação, pois somos Magistrados. E entre as nossas atribuições constitucionais e legais está a de julgar os demais gestores públicos estaduais e municipais por eventual desbordamento dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não podemos, pois, nós Magistrados, nos despir da toga e transvestir o paletó de executivo público. Temos que dar o exemplo, na nossa vida pública e privada, na jurisdicional e na administrativa.

Vamos perseguir – inclusive sem a necessidade de controle externo – a submissão dos gastos do Poder Judiciário às balizas legais. Não há mais como fugir desta obrigação. As razões deste crescimento absurdo dos gastos públicos do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte nunca foram devidamente explicadas. Talvez não o sejam.

Temos que dar satisfação à opinião pública, ou não exercitaremos o tão decantado princípio da transparência, a que estamos obrigados. É necessário que mostremos o que estamos fazendo e a motivação que nos leva a tanto.

Comece-se por explicar o esdrúxulo auxílio-moradia para os Magistrados – que pessoalmente percebo -, que nada mais é do que parte do subsídio que foi perversamente congelado, nos últimos anos, a nível nacional, simplesmente porque o Poder Judiciário exerceu as suas prerrogativas constitucionais, levando às grades aqueles que agrediram a lei penal. Castiga-se o Juiz, pois, porque ele aplicou a lei. Não havia outra saída para o Supremo Tribunal Federal senão autoconceder-se esse aumento na remuneração da classe.

Quanto ao subsídio dos magistrados do Rio Grande do Norte, entendo que este não pode ser maior ou menor do que os percebidos pelos magistrados dos outros Estados da Federação, no escalonamento estabelecido pelo Constituição Federal.

Quanto aos funcionários, tenho o entendimento de que devem ter remuneração digna no mesmo nível dos demais Estados, em iguais ou semelhantes atribuições, com referência dos Estados do mesmo porte econômico-financeiro.

Temos que dizer aos concidadãos potiguares que temos o custo por processo mais elevado de todo o Brasil, cerca de R$ 3 mil.

Temos que dizer aos norteriograndenses que temos a maior remuneração média de servidores de todos os Tribunais dos Estados do Brasil.

Temos que dizer, alto e de bom som, que a dívida originária da implantação da Gratificação de Técnico de Nível Superior – cerca de 100% sobre o vencimento dos funcionários efetivos do TJRN -, ainda não calculada de forma definitiva, é de cerca de R$ 350 milhões, em valores atuais estimados.

Essa dívida é todos os cidadãos do RN e mais cedo ou mais tarde será paga.

Houve um incremento de 1.024% nos gastos com pessoal resultantes de decisões judiciais, entre 2008 e 2013.

Necessitam os cidadãos potiguares de saber que das 65 Comarcas existentes neste Estado, 35 estão vagas sem Juiz titular.

Nos dois últimos anos o Tribunal de Justiça pagou de atrasados cerca de R$ 135 milhões, administrativamente, seja de GTNS – Gratificação de Técnico de Nível Superior, aos funcionários, Parcela Autônoma de Equivalência – PAE, aos magistrados ativos e inativos, diferenças de entrância e substituições, auxílio alimentação etc.

Ponho a placa na porta da Presidência, desde já, e aviso: todos os pagamentos de atrasados, que não sejam resultantes de erros crassos e calcados em insofismável direito, sejam de funcionários ou magistrados, serão pagos na ordem legal dos precatórios, após discussão judicial, existente para todos os cidadãos mortais.

Não vamos nos dar privilégios, pois, ao contrário, não conseguiremos a respeitabilidade pública que as nossas atribuições de magistrado necessitam para o pleno exercício de nossas funções; mais do que isto, exigem!

Temos que cumprir, em rigor, com a determinação do CNJ de equilibrar a quantidade de cargos comissionados providos com a mesma quantidade de cargos dispostos aos funcionários efetivos do quadro. Há atualmente cerca de 240 funcionários nomeados para cargos comissionados irregularmente. Vamos enfrentar e resolver este problema, pois contraria a lei e as determinações do CNJ, a que estamos obrigados a atender.

Se há culpa ou culpados, eu não sei. Há fatos.

Sras e Srs.

Mas, além de abrir esta janela de transparência pública, e o faço na prática, acima e além do discurso, não desistirei até incluir o Poder Judiciário Estadual nas bordas da Lei. Sei que não vai ser fácil, embora esteja acostumado a contrariar interesses pessoais elevados, mas considero ser imprescindível o apoio de todos os colegas Desembargadores e Juízes, a quem exorto a serem cada vez mais plenamente Magistrados, cônscios de que devemos e podemos mudar a cultura da insanidade fiscal, de acreditarmos que precisamos sempre de mais e mais dinheiro público para atender aos nossos sonhos pessoalíssimos.

Levaremos à apreciação do Poder Legislativo Estadual algumas reformas, através de projetos de lei, que julgo necessárias ao ajustamento fiscal do Poder Judiciário, bem como atualização da normatização da organização judiciária, para melhor acompanhar a mobilidade social e populacional do RN, vez que a atual está sem mudanças há cerca de 30 anos.

Agora, no decorrer do mês de janeiro, apresentarei às autoridades públicas municipais o projeto de construção do futuro prédio do Tribunal de Justiça, a justificar-se pelas precárias condições físicas de nossa atual sede, considerando, ainda, que o Rio Grande do Norte é o único Estado da Federação que nunca construiu sede própria para o Poder Judiciário.

Para isto, pretendemos solicitar especial ajuda aos nossos parlamentares, através de emendas, e ao Exmº Sr. Governador do Estado, que tem demonstrado especial sensibilidade política para com o fortalecimento do Poder Judiciário, logo que tenha efetivado os ajustes necessários à higidez das contas do Poder Executivo.

A nossa parte dos recursos será originária de fontes outras que somente podem ser utilizadas para investimento. Pretendo submeter à Prefeitura de Natal os projetos iniciais ainda este mês e realizar a licitação até o fim deste ano.

Vamos perseguir, com urgência, a finalização do concurso público para  Magistrado, ora em curso, para dotar todas as Comarcas de Juízes titulares, como historicamente sempre ocorreu.

Sras. e Srs.:

Aos colegas magistrados reitero a minha plena consciência com o dever cumprido. Às vezes a muito custo pessoal. Mas revelo que sou muito feliz em ser magistrado, muito realizado e regozijado com meus votos, palavras e discussões no colegiado.

Ao falar, através do artigo “O Juiz Feliz”, publicado em jornal local, referindo-me aos magistrados, assim me expressei, em síntese:

“O verdadeiro magistrado não é um simples árbitro ou mero aplicador da letra fria da lei, e deve ser um indivíduo feliz, no caso de bem resolvido com a vida, sem complexos ou preconceitos, apto o suficiente e capacitado intelectualmente o bastante para condenar com a mesma tranquilidade de absolver, mesmo em crimes hediondos, de receber críticas e decidir delicadas questões familiares, inclusive com olhar legalmente humano, de saber presente o homem e examinar não apenas os fatos postos à formal apreciação, deitando-se no contexto e extraindo deste a melhor sentença, a socialmente mais inteligente e produtiva, pois justa.”

“O novo magistrado restaria ao largo de ideologias políticas, inclusive as que permeiam a seara legal-doutrinária do direito ambiental, sem perder de vista o futuro da sociedade a longo prazo, bem como nada ter contra os ricos e muito menos contra os pobres, tendo antenas para alternativas à cultura da prisão, com imposição de penas duras, mas diversas daquela, realizando-se a reprimenda posta à disposição do estado-juiz nos limites da modernidade”.

Sras e Srs.

Peço desculpas aos presentes para, ao ensejo desta oportunidade, deitar algumas palavras pessoais e até com algum recheio de ordem passional. Mas o que é a história senão o registro das emoções? Sem essas, não temos passado. Restaríamos relegados a admirar o abismo, pela incerteza do futuro, sem referência de nenhuma vivência.

Como dizia Ludwig Wittgenstein, “os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo”.

Meu mundo é o que eu posso expressar em atos ou omissões, em silêncio ou palavras, através da minha personalidade.

Registro, por primeiro, minhas sinceras saudações aos conterrâneos de Jardim do Seridó. Que Nossa Senhora da Conceição nos abençoe e traga muita chuva para nosso sertão. Nasci e me criei – e ainda o faço – olhando para o céu em busca das sempre escassas chuvas. Está no meu sangue.

Registro também a presença da Governadora Wilma de Faria, de quem reconheço inigualável espírito público.

Saúdo os amigos na pessoa do Dr. Sergio Roberto de Medeiros Cirne, amigo de todas as horas, momentos e situações.

Homenageio a magistratura nas pessoas do Ministro Luiz Alberto Gurgel de Faria e do Desembargador Amaury Moura, símbolos da estatura da magistratura potiguar.

Saudações aos familiares presentes.

Aos presentes, afirmo com clareza que entro pela porta da frente do Tribunal de Justiça do RN e sairei pela mesma, cabeça erguida e olhos nos olhos dos meus semelhantes, daqui a dois anos, se Deus quiser, único caminho que tenho palmilhado e a porta que conheço e que ouso transpor, cumprindo com o compromisso maior de exercer e defender o interesse público.

Muito obrigado.

Novo presidente do TJRN promete ações de austeridade no Judiciário estadual

O desembargador Claudio Santos assume a Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte pregando austeridade. Em seu discurso de posse, o novo presidente do TJRN destacou a necessidade do Poder Judiciário potiguar reduzir seus gastos e se adequar à realidade atual pela qual passa o Estado e o País. “O Rio Grande do Norte deve ter o Poder Judiciário que o seu povo pode pagar. Não o que nós imaginamos que deva ser ou o que o vírus da minha veia de mecenas acredita como ideal”, sintetizou. Ele destacou que nenhum Poder do Estado, instituição ou órgão público está à margem da realidade de penúria social e econômica.

O magistrado apontou que, na repartição de receitas, o Judiciário não pode se apoderar de um quinhão de recursos acima do imprescindível ao equânime exercício das demais atividades públicas, pois há muitas outras também importantes e necessárias ao razoável gozo da cidadania.

Defendendo a diminuição da máquina estatal, o desembargador Cláudio Santos disse entender que “já passa da hora de se mudar a curva ascendente da insensatez na gestão dos recursos públicos, com o crescente aumento das despesas públicas, isolando-se cada órgão e voltando-se unicamente para o reduzido horizonte de seu próprio umbigo”.

Claudio Santos falou sobre o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal pelo TJRN em razão do aumento dos gastos com despesas pessoais decorrentes de decisões judiciais nos últimos anos, entre elas a implantação da Gratificação de Técnico de Nível Superior. O novo presidente apontou um crescimento de 1.024% nos gastos com pessoal resultantes de decisões judiciais, entre 2008 e 2013. “Vamos perseguir – inclusive sem a necessidade de controle externo – a submissão dos gastos do Poder Judiciário às balizas legais. Não há mais como fugir desta obrigação”.

“Não desistirei até incluir o Poder Judiciário Estadual nas bordas da Lei. Sei que não vai ser fácil, embora esteja acostumado a contrariar interesses pessoais elevados, mas considero ser imprescindível o apoio de todos os colegas Desembargadores e Juízes, a quem exorto a serem cada vez mais plenamente Magistrados, cônscios de que devemos e podemos mudar a cultura da insanidade fiscal, de acreditarmos que precisamos sempre de mais e mais dinheiro público para atender aos nossos sonhos pessoalíssimos”.

Projetos

O desembargador Claudio Santos afirmou que pretende promover reformas no âmbito fiscal e na legislação que organiza o Judiciário local. “Levaremos à apreciação do Poder Legislativo Estadual algumas reformas, através de projetos de lei, que julgo necessárias ao ajustamento fiscal do Poder Judiciário, bem como atualização da normatização da organização judiciária, para melhor acompanhar a mobilidade social e populacional do RN, vez que a atual está sem mudanças há cerca de 30 anos”.

O presidente também falou sobre o problema da falta de Juízes titulares nas comarcas do Estado. Segundo ele, das 65 comarcas existentes no Estado, 35 estão vagas sem Juiz titular. Para amenizar essa situação, Santos prometeu perseguir, com urgência, a finalização do concurso público para Magistrado, ora em curso, para dotar todas as Comarcas de Juízes titulares, como historicamente sempre ocorreu.

O presidente do TJ também pretende iniciar o processo de construção do novo prédio que abrigará o Tribunal de Justiça. “Agora, no decorrer do mês de janeiro, apresentarei às autoridades públicas municipais o projeto de construção do futuro prédio do Tribunal de Justiça, a justificar-se pelas precárias condições físicas de nossa atual sede, considerando, ainda, que o Rio Grande do Norte é o único Estado da Federação que nunca construiu sede própria para o Poder Judiciário”.

Para isto, o presidente do TJRN pretende solicitar especial ajuda aos parlamentares potiguares, através de emendas, e ao Governador do Estado, Robinson Faria, que tem demonstrado especial sensibilidade política para com o fortalecimento do Poder Judiciário, logo que tenha efetivado os ajustes necessários à higidez das contas do Poder Executivo. “A nossa parte dos recursos será originária de fontes outras que somente podem ser utilizadas para investimento. Pretendo submeter à Prefeitura de Natal os projetos iniciais ainda este mês e realizar a licitação até o fim deste ano”, comentou.

Magistratura

Sobre a sua função como magistrado, Claudio Santos disse ter plena consciência do dever cumprido, afirmando estar muito realizado e regozijado com seus votos, palavras e discussões no colegiado. Segundo ele, o magistrado deve ter o olhar legalmente humano e extrair do contexto dos fatos postos a melhor sentença, a socialmente mais inteligente e produtiva, pois justa.

Encerrou seu discurso dizendo: “Aos presentes, afirmo com clareza que entro pela porta da frente do Tribunal de Justiça do RN e sairei pela mesma, cabeça erguida e olhos nos olhos dos meus semelhantes, daqui a dois anos, se Deus quiser, único caminho que tenho palmilhado e a porta que conheço e que ouso transpor, cumprindo com o compromisso maior de exercer e defender o interesse público”.

Fonte: TJRN