O presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador Claudio Santos, anunciou que adiará para amanhã (20) o envio do pedido de ilegalidade da greve dos servidores do Poder Judiciário à Procuradoria Geral do Estado (PGE). A paralisação está prevista para ser iniciada nesta quarta-feira. O anúncio ocorreu após um pedido feito pela Associação dos Advogados do Rio Grande do Norte (AARN), cujos membros reuniram-se na manhã de hoje com o presidente do TJRN buscando uma possível conciliação entre a gestão do Tribunal de Justiça e o Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado do RN (Sisjern).
Segundo a presidente da AARN, Rossana Fonseca, a reunião teve como objetivo a tentativa de trazer as partes para um cenário de conciliação. O pedido de adiamento foi feito para que a AARN possa se reunir com o Sisjern ainda durante o dia de hoje e apresentar as razões para as medidas de contenção de despesas adotadas pelo TJRN, o que incluiu cortes de gratificações e exonerações de cargos comissionados.
“A Associação se coloca à disposição do TJRN para intermediar uma saída para esse clima de conflito que se instalou. O presidente já havia anunciado que ingressaria com o pedido de ilegalidade da greve, mas decidiu adiá-lo. Ele demonstrou que está adotando todas as medidas por necessidade”, ressaltou a advogada.
O desembargador Claudio Santos cobrou ao Sisjern espírito público. “É preciso uma demonstração pública de boa vontade por parte do sindicato. Podem criticar livremente todas as minhas decisões, pois são motivadas, mas não aceito ataques à minha honra de magistrado”, afirmou o presidente.
Participaram da reunião os associados Rossana Fonseca, Magna Letícia, Marcelo Maranhão, Gilberto Targino, Luciano Cosme, Ricardo Lucena, Tertius Rebelo, Paula Luciana, Marcílio Mesquita e Adílson Gurgel.