Arquivo diários:17/02/2015

No Twitter, Barbosa cobra demissão imediata de Cardozo

Barbosa: 'o direito e o dever de exigir'
Barbosa: ‘o direito e o dever de exigir’ (Fellipe Sampaio/SCO/STF/VEJA)

Relator do maior julgamento criminal da história do Supremo Tribunal Federal (STF) – pelo menos até o petrolão ser analisado pela instância máxima do Judiciário –, o ex-presidente da Corte, Joaquim Barbosa, inquietou-se com a revelação de que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tranquilizou advogados de executivos presos na Operação Lava Jato da Polícia Federal sobre os rumos do caso depois do feriado de carnaval. Reportagem de VEJA desta semana mostra as conversas impróprias do ministro. Barbosa reclamou: “Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a presidente Dilma demita imediatamente o ministro da Justiça”, escreveu em sua conta oficial no Twitter. Conforme a reportagem, José Eduardo Cardozo encontrou-se com o advogado Sérgio Renault, que tem contrato com a empresa UTC – cujo presidente, Ricardo Pessôa, é apontado nas investigações como o chefe do chamado Clube do Bilhão. As empreiteiras gostaram do resultado da reunião. Resta saber o que ocorrerá depois da Quarta-Feira de Cinzas. (Silvio Navarro, de São Paulo)

Filho bacana de ditador africano acompanha desfile da Beija-Flor

Teodorín Obiang, filho do ditador de Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, e vice-presidente do país assistiu de camarote ao desfile da Beija-Flor na Sapucaí, na madrugada desta terça-feira. A escola de Nilópolis cantou um enredo sobre a nação africana. Segundo o jornal O Globo, a Beija-Flor recebeu 10 milhões de reais de patrocínio do governo de Guiné Equatorial.

Dono de um estilo excêntrico, o herdeiro de Obiang é conhecido por esbanjar sua fortuna com carros e viagens e enfrenta acusações de corrupção e lavagem de dinheiro na França. Seu pai comanda com mão de ferro há 35 anos um regime acusado por órgãos internacionais de não respeitar os direitos humanos nem a liberdade de imprensa. O ditador tem uma fortuna estimada em 600 milhões de dólares, segundo a Forbes. Criticada por exaltar um país governado por um regime autoritário, a Beija-Flor se defendeu dizendo que seu desfile não falaria de “política”, apenas das belezas naturais de Guiné Equatorial.

Segundo O Globo, uma comitiva de 40 autoridades do país veio para a segunda noite de desfiles na Sapucaí – e não economizou no luxo. O grupo reservou os dois últimos andares do Copacabana Palace. Apesar da presença maciça de integrantes do governo de Guinê Equatorial na Sapucaí, a única autoridade que efetivamente desfilou foi o embaixador do país africano no Brasil, Benigno Pedro Matute Tang, que estava no sétimo e último carro da escola