Arquivo diários:08/02/2015

Médico do Seridó manda recado para o governador Robinson Faria

Dr. Elisio Galvão – médico atuante no Seridó

O médico sabujiense, Elísio Galvão, que atende em Caicó, relatou em seu perfil no facebook, mais um caso de falta de condições para atender pessoas em estado de urgência e emergência na rede pública hospitalar.

Bola, como é conhecido em São João do Sabugi onde foi prefeito, relatou a situação precária dos hospitais públicos do Seridó.. Mas, como politico ele votou em Wilma e Rosalba para governadora, gestoras que sucatearam a saúde potiguar.

Confira o recedo que ele mandou para o governador, Robinson Faria:

“Tento, mais não consigo , que falta de vergonha na cara desses gestores da saúde do Brasil , do nosso RN e principalmente do nosso seridó e Caico. Nossas mulheres estão morrendo a míngua e a vida ficando cada vez mais banalizada . Há poucos dias morreu uma , depois outra e hoje quase  que me vai mais uma , mas felizmente Deus é bem maior que vocês autoridades sem coração. Após 12h de plantão sozinho , me chega uma paciente mãe de um filho e grávida de dois meses do segundo , queixando – se de dor em baixo ventre e sem sangramento vaginal, confesso que depois de velho e diabético , fiquei muito medroso. Fui examinar a paciente que aparentemente tinha apenas uma ameaça de aborto , quando coloquei sobre o seu abdômen o que tenho de mais belo e sagrado que são minhas mãos, notei que se tratava de uma doença bem mais grave , chamei a família e comuniquei da necessidade de uma ultra sonografia para que eu pudesse fechar meu diagnóstico de gestação nas trompas , a cada ligação mandavam esperar para amanhã, isso por volta das 19:00 , até que dra. Creuzelina realizou o exame e comprovou minhas suspeitas e me dizendo da grande urgência que estava acontecendo , providenciamos sangue , preparamos o centro cirúrgico , pedi ajuda do DR . JOSÉ FERNANDES, que de imediato chegou e iniciamos o procedimento já com a paciente chocada e sendo equilibrada pelo DR.PEDRO , anestesiologista e pela equipe de enfermagem do hospital e, aqui faço referência a Cledina e Marinho. Com toda essa urgência o respirador não funcionava, o anestesiologista pedia uma medicação e só recebia não e sempre repetindo “por isso ninguém quer vir trabalhar no interior e DEUS não ajuda a quem trabalha no interior e, eu pensando ele está enganado , pois Deus está sempre aqui com agente se não aqui seria pior que os conflitos do oriente médio , na verdade o que falta é vergonha na cara de um bando de canalha que nós mesmo colocamos no poder e de um bando de profissionais medíocres e prostitutos que calam e tem medo dos patrões diante de tamanho descaso. Esta , nós conseguimos salvar , deixei meu plantão e fui deixa – lá na U.T.I do regional , já equilibrada sob os cuidados do DR.BELISIO , e tantas outras que virão, o que será feito com elas . Na realidade não suportamos mais tanta injustiça com a população carente da nossa região. Este é um desabafo de quem gosta do que faz e principalmente não cala e nem tem medo de retaliações, afirmo e assino em baixo , esta cidade não tem estrutura para salvar vidas . Não tenho acesso ao sr. Governador eleito em 26 de outubro e por isso peço que compartilhem está história para ver se chega aos seus ouvidos , principalmente vários contra parentes que tem aqui no seridó. Que hoje meu dia seja mais tranquilo e que Deus continue morando aqui pertinho de mim.”

Governo não cobra planos por atendimentos feitos no SUS

O governo tem deixado de receber uma quantia bilionária dos planos de saúde privados por ineficiência da agência que regula o setor.

Uma lei aprovada em 1998 determinou à ANS (Agência Nacional de Saúde) a obrigação de cobrar das administradoras o pagamento de todos os procedimentos feitos por pacientes dos planos privados em hospitais públicos. A agência, porém, cobra só os mais simples, como partos, e deixa os mais caros, como quimioterapias, de fora.

A prática gera um rombo no SUS. No ano passado, a cobrança gerou quase R$ 400 milhões. Estimativas apontam, porém, que o SUS poderia faturar cerca de R$ 2 bilhões se todas as intervenções fossem pagas.

O TCU (Tribunal de Contas da União) pressionou a ANS em 2012, quando fixou prazo de 180 dias para que os procedimentos fossem ressarcidos. Alegando dificuldades técnicas e falta de funcionários, a agência conseguiu adiar no Tribunal o início da cobrança para julho de 2015.

Na semana passada, o TCU julgou mais um recurso da agência. O ministro responsável pelo caso, Raimundo Carreiro, manteve a determinação de cobrança dos custos, mas adiou para 31 de dezembro o início da operação.

Até 2010, os planos pagavam ao SUS uma quantia ínfima de ressarcimento por atendimento. A partir de 2011, os valores começaram a crescer. Em 2014, alcançaram o maior patamar já registrado e superou todo o gasto da agência previsto para aquele ano, de R$ 294 milhões.

Os procedimentos escolhidos pela ANS, contudo, continuam a ser os mais simples e mais baratos aos planos.

MAIS COMUM

O tipo de intervenção mais ressarcida é o parto normal, seguida do parto cesariano e dos atendimentos de urgência. No parto normal, o SUS recebe R$ 443. Esses atendimentos podem custar o equivalente a 15% de uma quimioterapia -no caso de leucemia crônica, o SUS paga R$ 2.939.

Em 2009, o TCU calculou que o valor a ser cobrado pelos procedimentos mais complexos seria até quatro vezes superior ao dos procedimentos menos complexos. Entre 2003 e 2007, por exemplo, os atendimentos mais caros teriam rendido cerca de R$ 2,6 bilhões aos cofres do SUS.

Além disso, quanto mais tempo demora para iniciar a cobrança, maior a probabilidade de não pagamento. Na Justiça, os planos têm conseguido decisões judiciais favoráveis ao não pagamento de dívidas passadas.

Com grandes e pequenos blocos, domingo foi de carnaval no Rio

Bloco Alegria sem Ressaca (Divulgação/bloco Alegria sem Ressaca - Todos Direitos Reservados)No último domingo do pré-carnavalesco, com sol e céu claro, milhares de foliões cariocas tomaram conta hoje (8) de ruas do centro e das zonas sul, norte e oeste do Rio, desfilando em dezenas de blocos. Na Avenida Presidente Vargas, a principal via do centro, o Bloco da Preta, comandado pela cantora Preta Gil, do alto de um trio elétrico, arrastou cerca de 300 mil pessoas, entre a Praça da República e o cruzamento com a Avenida Rio Branco.

Até o ano passado, o Bloco da Preta percorria a Rio Branco, agora parcialmente interditada para as obras para implantação de um veículo leve sobre trilhos. A mudança não desagradou aos foliões, como a representante de vendas Elaine dos Santos. “Eu vim de trem, desci na Central e vim pro bloco. Aqui é muito melhor do que andar até a Rio Branco. Está aprovado”, disse a foliã.

Ainda no centro, a manhã foi marcada pelo desfile, na área histórica da Praça Quinze, do Cordão do Boitatá, que sempre pede passagem com o tradicional Ô, Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga. Considerado um dos blocos mais coloridos da cidade, devido ao grande número de foliões fantasiados de forma original, o Boitatá apresentou pela primeira vez uma ala de pernas de pau, atraindo cerca de 30 mil pessoas.

DNA Judiciário

O jornalista, Túlio Lemos, publicou em sua coluna no O’ Jornal de Hoje que merece destaque em nosso modesto blog.

Confira:

“Segundo Sherloquinho, a maior dificuldade para a adoção de medidas de austeridade dentro do Tribunal de Justiça do RN, é a relação familiar. Sempre há um parente de juiz ou desembargador em algum cargo que poderia sofrer restrição. O DNA provoca o engessamento das medidas.”

Época: PF intercepta ligação de Gilmar Mendes a investigado no STF

De acordo com reportagem da semanal, ministro do Supremo ligou para Silval Barbosa no dia em que o ex-governador do Mato Grosso do Sul foi preso durante a Operação Ararath. Ministro da Justiça também conversou por telefone com o peemedebista

 

Gilmar Mendes possui uma relação próxima com o ex-governador do MS

Com autorização judicial, a Polícia Federal interceptou ligações telefônicas entre o ex-governador do Mato Grosso do Sul Silval Barbosa (PMDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no dia em que o peemedebista foi preso durante a Operação Ararath. Silval acabou detido pelos agentes federais após busca e apreensão na sua residência encontrar uma pistola 380, três carregadores e 53 munições. A arma estava há quatro anos sem registro.

De acordo com reportagem de Filipe Coutinho na revista Época, Silval recebeu duas ligações no mesmo dia da prisão, logo após pagar R$ 100 mil de fiança. Nas conversa com Gilmar, o ministro do STF se oferece para conversar com José Dias Toffoli, o relator da Ararath no STF. Foi ele quem autorizou a PF a executar o mandado de busca e apreensão na casa do então governador. “Que absurdo! Eu vou lá [conversar com Toffoli], depois, se for o caso, a gente conversa”, afirmou Gilmar, despedindo-se da ligação com “um abraço de solidariedade”.

Apesar da relação próxima, o ministro do STF, acrescenta a revista, não se declarou suspeito de votar em uma ação relacionada com a investigação. Ele foi convocado a desempatar um julgamento na primeira turma do STF. A Procuradoria-Geral da República queria que o principal operador do esquema, Éder Moraes, secretário da Casa Civil, da Fazenda e chefe da organização da Copa do Mundo em Mato Grosso nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa, fosse preso novamente. O argumento é que ele tentaria fugir novamente. Gilmar votou contra o pedido.

Logo após a conversa com Gilmar, o peemedebista recebeu a ligação de Cardozo. A íntegra dos diálogos, assim como seus áudios, estão em um inquérito que tramita no STF. O ministro da Justiça, segundo a reportagem, queria saber se houve abuso policial na ação da PF. Silval negou, disse que eles “fizeram o trabalho deles na maior educação, tranquilo”. A investigação realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção no governo do Mato Grosso do Sul.

À Época, as assessorias de Gilmar Mendes e de José Eduardo Cardozo disseram que a conversa com Silval Barbosa foram no plano institucional. Segundo o ministro do STF, as expressões “que absurdo” e “que loucura”, presentes nos diálogos, foram usadas como interjeições, sem juízo de valor. Também negou que tenha conversado com Toffoli sobre o caso. Já Cardozo acrescentou ser sua responsabilidade investigar se a Polícia Federal cometeu abusos na execução do mandado judicial.

Escolha de Bendine para a Petrobras não agrada oposição

Os principais partidos de oposição criticaram duramente a escolha de Aldemir Bendine para a presidência da estatal brasileira. O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, ressaltou a falta de experiência dele no setor. O Líder do DEM, Mendonça Filho, disse que a nomeação foi improvisada e que a conveniência política prevaleceu no lugar da capacidade técnica.

 

A oposição ainda citou o envolvimento de Bendine em supostas irregularidades quando estava à frente do Banco do Brasil. Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, a nomeação garante o poder de Dilma Rousseff na Petrobras.

 

Os governistas no Congresso Nacional minimizaram as críticas e argumentam que o Aldemir Bendine entende de mercado e da área de energia. Citam também os bons resultados alcançados no Banco do Brasil.

 

Aldemir Bendine vem do Banco do Brasil, onde ocupava a presidência desde 2009 , lá coordenou a política de expansão do crédito para estimular a economia após a crise internacional de 2008.

Se quiser ter alguma chance em 2016, oposição a Carlos Eduardo Alves deve fazer o trabalho do MP e da Mídia, diz professor universitário

* Por 

Está no jardim da infância aquele que enxerga no Ministério Público uma instituição apolítica. Como já disse o filósofo Jaques Ranciere, a política é a arte de tomar parte. E não existe ninguém que não o faça. Os membros do MP em Natal são profissionais sérios e competentes. Isto está fora de questão aqui. Mas nem por isso deixam de cultivar impressões sobre o que é bom ou ruim. E isto produz consequências.

É conhecida a vaidade dos membros do Ministério Público no que tange o papel que imaginam desempenhar na efetivação das políticas de governo. Se enxergam como mais preparados do que aqueles se encontram na posição de primeiro escalão do executivo e querem que as ações funcionem ao seu modo, esquecendo-se, muitas vezes, que não foram votados e, portanto, não exercem a função de representação da soberania popular. Uma história engraçada circula em Natal sobre a nada modesta afirmação por parte de uma promotora, que disse ter sido ela a responsável pelo – polêmico, do ponto de vista técnico – saneamento de San Valle.

Aliado a mídia, o parquet desempenha uma relevante função no sentido de forjar uma visão a respeito da administração municipal. Tendo pleno entendimento disto, o atual prefeito Carlos Eduardo Alves tratou de trazer o Ministério Público para o seu governo. Soube cooptá-los muito bem, ao procurar ouvir seus membros e até ceder parte da gestão. Pegou o peixe pela boca, no caso do MP, pela já descrita vaidade. Um belo canto da sereia para aqueles que se colocam numa condição de suposto protagonismo e como guardiões de uma presunçosa moralidade pública.

Não há qualquer intenção de fazer ilação. No entanto, conforme o próprio MP, no caso da obra de Ponta Negra, há indícios de superfaturamento e a secretaria liderada por Tomaz Neto agiu, quando provocada, com o pleno intuito de esconder informações dos advogados do povo (aqui). Ocultar dados e pagar por pedras de duas toneladas que pesam 800 quilos não deveriam despertar uma reação mais enérgica? Alguém tem alguma dúvida de que, se fosse a prefeita Micarla de Sousa, o MP teria pedido o indiciamento de, pelo menos, uma dúzia de pessoas? Mas o MP se limitou a solicitar (encarecidamente?) a troca das lasquinhas e a limpeza da área. A indagação sobre para onde ou para quem foi o dinheiro referente à diferença de preço entre o prometido e o entregue ficará sem resposta. Alguém agiu tentando burlar o erário? Se assim o fez, também cairá no esquecimento.

É complicado cobrar um órgão público, se o próprio MP participou da concepção da intervenção. Os técnicos da SEMURB foram vencidos na formulação do projeto do enrocamento de ponta negra. As ideias do MP foram vencedoras. Ditando políticas, o MP acaba de mãos atadas depois para criticar o que acaba sendo seu próprio trabalho. Forma-se um bate-bola já notado pelo blogueiro Renato Dantas.

Carlos Eduardo Alves é um prefeito melhor e mais competente do que Micarla de Sousa. Quem tenta igualar os dois força o bastão até torá-lo. Porém, sua gestão apresenta muitos problemas. O Potiguar recebe denúncias constantemente. Por exemplo, os albergues não estão funcionando a pleno vapor. Passam dias fechados. A reposição de lâmpadas na cidade, subsidiada por uma gorda verba formada pela contribuição direta cobrada na conta de energia dos usuários, vem sendo feita pela população, que não aguenta esperar em vão e ficar no escuro. Vaquinhas são organizadas pelos moradores nas ruas de Pirangi, apenas para citar um bairro. Rua sombria é sinônimo de aumento de criminalidade.

O MP age também por provocação, mas não parece ser provocado pelos fatos quando a gestão é a de Carlos Eduardo Alves. Ou os olha atualmente, digamos, com mais carinho. O MP pouco se moveu diante de uma estranha aquisição de lixeiras pela Prefeitura de Natal e não se manifestou a respeito do valor de mais de quatro milhões de reais para fazer a mera contenção, pouco efetiva, já que os deslizamentos permaneceram, na parte desmoronada de Mãe Luíza (isto: quatro milhões para colocar uma lona, posicionar alguns sacos e alugar escavadeira).

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A mídia, majoritariamente carlista, não vai repercutir os problemas da cidade. No máximo, falará sobre uma quadra de esporte que deixou de ser reformada, mas não criará empecilhos. A verba da publicidade foi quase triplicada na gestão de Carlos Eduardo.

Só resta esperar que o legítimo e importante contraponto, até para qualificar a atuação do poder público, venha da oposição. Alias, se ela quiser sonhar com alguma chance em 2016 terá de fazer o trabalho, que deveria ser executado pela Imprensa e pelo Ministério Público. Do contrário, é melhor entronizar logo Carlos Eduardo Alves como rei de Natal.

* Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. E co-autor do A geografia do voto em Natal. Email: dmcartapotiguar@gmail.com