Quem tem moral?

“A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas.” Winston Churchi

Analisando aqui e acolá as declarações de magistrados e membros do Ministério Público, verifico que nunca li uma declaração elogiando um politico no exercício do mandato, parece que no Brasil não existe um só mandatário que mereça, por menor que seja, um elogio desta turma operadores do direito estatal.

O procurador da Republica, Deltan Dallagnol,  deu entrevista  interpretando sobre doação financeira a partidos políticos que foram negociadas, mas, ” doações  é pagar propina disfarçada de doação eleitoral, a doação camaleão”. Para o procurador chefe da força tarefa da Operação Lava Jato, as doações foram lavagem de propinas. Então o que vale, a interpretação do procurador ou a lei que ampara este tipo de doação?  Se a lei én ruim e permite mecanismo suspeitos e doação eleitoral, só tem um jeito para evitar isso, mudar a lei.

Para eles está tudo errado, o juiz Herval Sampaio de Mossoró afirmou que a classe politica  não tem moral para reformar a legislação eleitoral, porque, segundo ele” “Estamos nesse movimento, nessa Coalizão Democrática, porque entendamos que os políticos não vão fazer reformas reais. A classe política não tem moral para fazer a reforma política. Eles não querem reformar e sim se manter no poder”.   Então quem tem? Lembro-me da CF de 88 que no parágrafo-único do Artigo Primeiro diz o seguinte:  Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Pois bem, quem legisla são os representantes do povo e o chefe do Poder Executivo, o STF e Ministério Público quando trata-se de matérias de suas atribuições, mas, a ultima palavra em tudo é do Congresso Nacional e do Senado que pode até reformar decisões do Supremo Tribunal Federal em casos de interpretações da Constituição Federal.

Pelo que vejo, os magistrados e procuradores da Republica estão fazendo mais politica que os políticos, estão querendo desmoralizar a classe politica, generalizando que políticos não tem moral, o povo inocentemente influenciado não tolera os partidos políticos, e isso é muito perigoso.

A OAB não faz nada, quer que o mar pegue fogo para comer peixe frito.

Diante da tanta descrenças do povo com os membros do legislativo, e tanto respeito aos membros do judiciário e Ministério Público,  não vejo um magistrado  defender publicamente a aprovação da nova LOMAM- Lei Orgânica da Magistratura. Ninguém sabe que os magistrados estão pleiteando do Congresso Nacional,  Caso a LOMAN  seja aprovada, concederá benefícios fora da realidade da economia brasileira aos magistrados de todo Brasil. Além da remuneração dos magistrados que são vinculados aos dos ministros do STF, que está em torno de R$ 30 mil, os magistrados querem:

1- Auxilio moradia que hoje está em torno de R$ 4 mil;

2- Auxilio transporte;

3- Auxilio Paletó;

4- Auxilio alimentação;

5- Auxilio mudança para quando o magistrado mudar de cidade;

6- Auxilio plano de saúde, equivalente a 10% dos seus vencimentos brutos e estendidos para sua esposa e filhos até completarem 24 anos;

7- Auxilio creche para atender filhos de magistrados até seis ano de idade equivalente a 10% da remuneração bruta do magistrado;

8- Auxilio educação, para o magistrado pagar os estudos de seus filhos até completarem 24 anos de idade, também equivalente a 10% da remuneração bruta do magistrado, ou seja, algo em torno de R$ 3.000,00.

9- O magistrado ainda tem direito de tirar dois período de férias por ano, não gozando às férias poderá receber em dobro.

10- Passaporte diplomático.

Com tudo isso, nenhum magistrado deseja deixar a magistratura para concorrer uma eleição a deputado federal ou senador para, com moral, fazer uma reforma politica. Vale salientar que caso a LOMAN seja aprovada os benefícios dos magistrados logo serão incorporados aos membros do Ministério Público.

Os congressistas devem ter moral para aprovar a proposta de nova LEMAN, mas uma reforma politica, não!

Sinceramente, estou vendo o Brasil caminhando para uma anarquia onde todo mundo manda e ninguém obedece.

Nosso horizonte mostra uma republica judicializada.

Não estou defendendo a classe politica, defendo intransigentemente o parlamento, pois, ruim com ele, muito pior sem ele..

Renato Dantas

 

 

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