A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (26), por 267 votos contra, 210 votos a favor e duas abstenções, a proposta que institui o sistema de voto conhecido como “distritão”. Neste sistema, Estados e o Distrito Federal são transformados em “distritos eleitorais” e os candidatos eleitos são aqueles que conseguem o maior número de votos em cada distrito. O PT foi contra a proposta. A rejeição do “distritão” é vista como uma derrota política do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor do modelo.
Uma proposta de emenda constitucional (PEC) para a reforma política está em tramitação na Câmara dos Deputados. Após acordo com líderes partidários, cada item da PEC está sendo votado ponto a ponto. Nesta terça-feira, a previsão era de que os deputados votassem os itens relacionados ao sistema eleitoral e ao financiamento de campanha. Outros pontos como o fim da reeleição, coincidência de eleições e voto facultativo ainda serão votados pelos deputados ao longo da semana. Para ser aprovado, cada item precisa ter, no mínimo, 308 votos a favor.
A votação que resultou na rejeição do “distritão” foi marcada pela mudança de posição do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP), e do PCdoB, cuja liderança havia indicado o voto a favor da proposta.