O líder da bancada da bala na Câmara, deputado Alberto Fraga (DEM), afirmou, no plenário da Câmara nesta quarta-feira (08), que a presidente Dilma Rousseff “nunca foi torturada” durante o Regime Militar. O parlamentar, que é tenente-coronel aposentado, classificou as informações sobre o período em que a presidente foi presa durante a Ditadura como “história da carochinha”.
Em outubro de 2001, a presidente Dilma Rousseff revelou detalhes do período em que permaneceu presa em Minas Gerais, no início dos anos de 1970. Ela contou à Comissão da Verdade de Minas que foi agredida pelos militares. Tanto com socos, quanto com choques elétricos, conforme as investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Na época, Dilma era conhecida como Estela. Mas ela também utilizou outros codinomes como Vanda e Luíza. A presidente fazia parte do grupo revolucionário Polop (Política Operária).
Apesar disso, o líder da bancada da Bala ressaltou que Dilma “nunca” foi torturada. “A presidente Dilma Rousseff nunca foi torturada no período da Ditadura ou do Regime Militar. Tem uma pessoa que neste país realmente foi torturada e não usa isso como bandeira política, que é o Fernando Gabeira [ex-deputado pelo PT e PV]. Esse, todo mundo sabe do meio militar que sofreu e foi perseguido”, disse.
Para Fraga, a presidente afirma que foi torturada apenas como um subterfúgio político para desqualificar as denúncias relacionadas à corrupção na Petrobras durante as investigações da Operação Lava Jato. “O que se percebe é que a presidente Dilma, perdida, não sabe, não encontrou o caminho de seu governo diante de um mar de tantas denúncias… E assim ela procura agora essa bandeira de dizer que é vítima do Regime Militar, dizendo que foi torturada, para desqualificar os delatores”, apontou Fraga.