GUSTAVO URIBE
DE SÃO PAULO
A denúncia de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria recebido US$ 5 milhões em propina no esquema da Petrobras tem sido avaliada como grave por um grupo de deputados federais, que passou a pregar sua saída temporária da presidência da Câmara dos Deputados.
Fundador do PMDB, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PE) uniu-se neste domingo (19) ao vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Sílvio Costa (PSC-PE), e à bancada federal do PSOL na defesa do afastamento imediato do peemedebista.
“Como ele vai ficar na presidência da Câmara dos Deputados acusado como foi, com todas as letras e toda clareza possível, por uma pessoa que diz que ele pediu US$ 5 milhões? Fica difícil, imensamente complicado. Não custa nada deixar o cargo temporariamente”, disse à Folha.
Na sexta-feira (17), um dia após a revelação do depoimento do lobista Júlio Camargo, a bancada federal do PSOL e o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados também defenderam o afastamento do peemedebista.