GARIBALDI ALVES REPASSAVA O DINHEIRO E FERNANDO FREIRE GRATIFICAVA, OU SEJA, UM COSTURAVA E O OUTRO DAVA O NÓ
Confesso que fico triste ao ver o ex-governador Fernando Freire preso.
Mais triste quando vejo o Carnaval que estão fazendo com ele, muitos destes da imprensa, são exatamente os que mamavam na vice-governadoria nos dourados tempos dos contra-cheques.
Lembro-me nas poucas vezes que foi ao seu gabinete, presenciava um ambiente festivo com muitos deputados, prefeitos e vereadores, jornalistas exaltando a capacidade politica do vice. Políticos bacuraus com seus bolsos cheios de documentos para colocar na folha de gratificação do Estado.
No governo de Garibaldi Alves a vice-governadoria funcionava como um depósito de pessoas apadrinhadas por contra-cheques para garantir apoiar o esquema político liderado e sustentação da bancada do governo na Assembleia.
Lembro uma vez quando fui ao seu convite ele me disse: ” traga cinco nomes para eu nomear com gratificações de R$ 1 mil cada um” – por sorte nunca levei, se tivesse atendido, garanto que eu estaria de Alcaçuz para dentro..
Mas, de fato a Vice-Governadoria era uma lavanderia de sinecuras do governo de Garibaldi Alves, digo isso considerando uma coisa lógica: era o governador Garibaldi Alves quem autorizava o repasse da dinheirama para pagar os ‘gafanhotos‘. Todos sabem que para pagar um servidor público tem que existir uma matricula que foram geradas na Secretaria de Administração, e recursos do tesouro estadual que só são repassados com autorização do governador, por que só Fernando Freire foi condenado e está preso?
Nunca, em nenhum momento o governador, que é o maior responsável em zelar o dinheiro público tomou uma providência, Garibaldi Alves, como sempre, sai como santo do episódio, ele sabia de tudo porque era o governador que repassava o dinheiro.
O fato é que todos que estavam na folha da Vice-Governadoria eram apadrinhados de deputados, prefeitos, vereadores e lideranças políticas que apoiavam o esquema político do então governador.
Sobrou para Fernando Freire que hoje está abandonado pelos seus ‘amigos’ e passa até por dificuldades financeiras.