Arquivo diários:22/05/2017

‘Temer infringiu a Constituição’, diz presidente da OAB

Claudio Lamachia, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, explicou nesta segunda-feira o pedido de impeachment que o órgão irá protocolar no Congresso.  Michel Temer cometeu crime de responsabilidade durante encontro com Joesley Batista, dono da JBS.

Segundo presidente da OAB, pedido de impeachment é pautado pelas “próprias declarações do presidente, que reconhecem o teor do diálogo”

Em depoimento, Delcídio do Amaral dá poucos detalhes sobre a estruturação do Instituto Lula

Resultado de imagem para Delcídio do AmaralO ex-senador Delcídio do Amaral (PT) prestou depoimento como testemunha de acusação no processo que tem como principal réu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta segunda-feira (22). O delator reafirmou as informações que constam no termo de delação premiada e disse que teve pouco contato com a estruturação do Instituto Lula. De acordo com ele, o contato era com o pecuarista José Carlos Bumlai e só falavam o necessário.

Perito de Temer diz que gravação é manipulada e comprara a picanha podre

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Perito Ricardo Molina

Contratado pela defesa do presidente Michel Temer, o perito Ricardo Molina divulgou na noite desta segunda-feira análise em que contesta a autenticidade dos áudios feitos pelo empresário Joesley Batista. “Não garanto a autenticidade da gravação”,

Segundo o perito, existem dezenas de pontos potenciais de edição. “Não dá para dizer que é edição. Tem alguma falha sistêmica neste gravador”, afirmou. “A questão é: dá pra garantir que é autêntica? Não”.

Ricardo Molina chegou a comparar a gravação a uma carne em que parte esteja contaminada. “Carne podre a gente joga fora”, atacou. Em suas conclusões, o perito afirmou que o áudio apresentado pelo empresário Joesley Batista é “uma gravação inteiramente contaminada por inúmeras descontinuidades, mascaramentos por ruídos, longos trechos ininteligíveis ou de inteligibilidade duvidosa e várias outras incertezas não poderia ser considerada como prova material válida”.

Ao anunciar o resultado de sua avaliação, Molina criticou a “pressa de transcrições de todo tipo” e disse que, no caso de provas materiais, não existe “prova mais ou menos boa”. “Ela deveria ser considerada imprestável desde o primeiro momento”, declarou.  Ele ainda questionou o critério do Ministério Público Federal para adotar a gravação como peça do inquérito para dar partida à investigação: “Por que a PGR se apressou em publicizar uma gravação tão nitidamente corrompida antes de submetê-la a uma perícia técnica rigorosa?”. Ricardo Molina ainda afirmou que adotou critérios adotados universalmente nesse tipo de gravação para analisar os áudios apresentados por Joesley em seu acordo de delação premiada e atacou: “Perito não deve ficar fazendo força para provar a autenticidade. Se a prova é ruim, a prova é ruim”.

“Se essa gravação não tivesse problemas, não estaríamos discutindo aqui. Qualquer gravação contínua do início ao fim não cria esse tipo de discussão. Essa gravação tem problemas e problemas detectadas até por leigos”, disse. Segundo ele, há “otimismo de leigo” na avaliação do Ministério Público sobre a credibilidade da gravação, disse que sequência lógica não é um “critério técnico” para se analisar um áudio como este e questionou: “Onde está a sequência lógica se eu escuto o Joesley e não o presidente Temer?”

Em sua exposição, Molina classificou o gravador usado pelo dono da JBS como “vagabundo” – segundo a defesa de Joesley, um pen-drive dotado de microfone e gravador acoplado, que ainda será encaminhado aos investigadores e à PF para perícia. “Causa estranheza que uma gravação tao importante tenha sido feita com gravador tão vagabundo. Esse gravador custa 26 reais no Mercado Livre [site de comércio on-line]. Joesley poderia ter comprado uma coisa um pouquinho mais cara. A gravação está inteiramente contaminada, com longos trechos ininteligíveis e várias outras incertezas. Num processo normal, essa gravação sequer seria aceita como prova em função do excesso de vícios que ela tem”, disse o perito, acompanhado do advogado de Temer, Gustavo Guedes, em um hotel de Brasília.

Deve ter aprendido com Henrique Alves: deputado Rocha Loures diz que não sabia que mala tinha dinheiro da JBS

Flagrado recebendo R$ 500 mil da JBS, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) disse a aliados que não sabia que havia dinheiro na hora da entrega da mala por Joesley Batista, mas que desconfiou por conta do peso. Na versão de Rocha Loures, ele só soube que tinha dinheiro quando abriu a mala.

O peemedebista, que foi assessor especial de Temer na Presidência, contou a interlocutores que estava se aproximando do dono da JBS, Joesley Batista, por interesse comercial – já que ele, além de deputado, é empresário do setor de alimentos.

E disse que, na época, pensou que não fazia sentido a entrega daquela forma, mas que agora ele entendeu por que Joesley “forçou”.

Peemedebistas dizem que o dono da JBS estava em busca de assessores de Temer para produzir provas contra o presidente.
Veja Loures correndo com a mala:

Com informações da jornalista Andréia Sadi do G1 DF

Vai e vem: Temer desiste de suspensão do processo e contrata perícia independente para áudios

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Parece que o gravador era velho e o cabeçote estava sujo

A defesa do presidente Michel Temer (PMDB) contratou uma perícia independente sobre o áudio da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, base do pedido de inquérito contra Temer autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo o advogado de defesa Gustavo Bonini Guedes, foram detectados 70 pontos de “obscuridade” no áudio. “Nossa convicção é de que o áudio é imprestável”, disse Guedes.

O advogado se reuniu na tarde de hoje com o ministro do STF Edson Fachin, relator do inquérito contra Temer, para comunicar que a defesa desistiu do pedido de suspensão do processo após Fachin autorizar a realização de perícia no áudio pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística).

A defesa de Temer marcou para as 18h de hoje uma entrevista coletiva com a imprensa para apresentar detalhes da perícia contratada por eles.

“Nos sentimos atendidos com o deferimento da perícia pelo STF”, disse Guedes. “O presidente quer dar essa resposta o mais rápido possível para o país”, afirmou o advogado

Blog do BG faz defesa do governador Robinson e do deputado Fábio Faria

Reconhecido como um blog muito acessado e respeitado no RN, comandado pelo empresário Bruno Geovanni, o blog do BG até agora foi o único que publicou editorial esclarecendo e defendendo o governador Robinson Faria e o deputado federal Fábio Faria das acusações de suposto recebimento de propinas feitas pelo delator do grupo JBS o diretor Ricardo Saud.

O Blog do Primo transcreve na íntegra o editorial:

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(EDITORIAL) – Delação da JBS: Um truque premiado

A inclusão de alguns políticos na delação premiada de um dos executivos da JBS, Ricardo Saud, mostra, mais uma vez, que para o grupo empresarial considerado o maior processador de proteína animal do planeta, não há regras nem limite para o “Vale Tudo”.

De acordo com Saud, “até um jantar com o Governador Robinson Faria e o deputado Fábio Faria teria sido realizado para acerto de pagamento de propina tendo como contrapartida a privatização da Caern”.

A Caern nunca esteve nos planos do candidato nem do governador que, aliás, externou isso publicamente desde os primeiros dia de governo.

O Blog do BG apurou que houve o jantar, mas que somente após as eleições de 2014. E não antes, como deixou a entender o delator. E com um detalhe importante que faz muita diferença: o jantar foi oferecido por Joesley Batista e sua esposa ao governador eleito. Um evento social de aproximação, por isso a presença das respectivas esposas, inclusive a de Joesley, à época apresentadora da Band. E não tratou de obras, contrapartida ou propina.

Na ânsia de fazer valer uma delação premiada e obter lucro com isso, Saud disse inverdades ou meias verdades. É bom lembrar que pelo acordo de delação premiada, os irmãos Batista, além de se livrar da prisão e do uso de tornozeleira eletrônica, também investiram pesado na compra de dólares – e ganharam milhões.

Além da mentira, Ricardo Saud envolveu na delação pessoas que nada tinham ou tem a ver com a história: a mulher do deputado Fábio Faria, a apresentadora Patricia Abravanel, e a mulher do governador Robinson Faria, secretária Juliane Faria. Quem imagina que em um jantar social com várias pessoas, e todos acompanhados das respectivas mulheres, seriam negociados acertos, desvios e propinas?

Que o deputado Fábio e o Governo Robinson se defendam nas instâncias apropriadas e a verdade no final prevaleça. Se tiverem culpa, que paguem. Se forem inocentes, que batam no peito e sigam suas carreiras.

Agora a citação de pessoas que não tem histórico, que não precisam e com certeza não compactuariam com fatos dessa natureza, só comprovam que, para atingir a liberdade plena e total, os Batistas e seus executivos não tiveram limites.

Com as inverdades e meias verdades da delação premiada, o executivo da JBS, a exemplo dos seus espertos patrões, provou que vale tudo para se safar da cadeia. Principalmente inventar e mentir.

Também é bom lembrar que o Grupo JBS doou R$ 7,7 milhões a Robinson Faria, R$ 3 milhões a Henrique Alves, R$ 1,165 a Fatima Bezerra, R$ 1,100 a Fabio Faria e muito recursos a outros 14 políticos e candidatos no Rio Grande do Norte.

Será que eles avisaram aos partidos e candidatos que se tratava de propina?

Está claro que foram doações e não propinas. Se foi em caixa 2, a justiça vai concluir.

No caso do PSD, as doações chegaram ao Rio Grande do Norte por intermédio do diretório nacional e foram feitas no período de julho a novembro. De acordo com o calendário eleitoral e dentro do período eleitoral.

Se não houve nem está em cogitação a privatização da Caern, não se pode falar de propina ou contrapartida.

Pagamentos feitos fora da campanha eleitoral e a montagem de um processo de privatização caracterizariam a tal chamada “contrapartida”.

Para os irmãos Batista e os executivos da JBS, todos os pagamentos foram propinas. Resta, então uma pergunta: todos os 1.829 candidatos que receberam algum tipo de doação eleitoral do grupo empresarial foram avisados de que estavam recebendo propinas, que aquele dinheiro eram um caixa dois por causa dos empréstimos “amigos e generosos” do BNDES?

Denúncias podem e devem ser apuradas, aliás, tem que ser apuradas.

Delação premiada precisa ser checada e os fatos, comprovados, antes de ser homologada.

Porque é preciso separar o joio do trigo.

Parte editada da gravação de Temer e Joesley tem conversa sobre mulheres

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Radar On-Line

Em pelo menos um dos trechos editados, a conversa entre Joesley Batista e Michel Temer girou sobre mulheres. A Informação é da coluna Radar Online, da revista Veja, publicada nesta segunda-feira (22).

Enfrentando a mais grave crise de seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB) é acusado de tentar comprar o silência do ex-deputado Eduardo Cunha. Ele diz que renunciar seria uma admissão de culpa e desafia seus opositores.Temer afirma ainda que não sabia que Joesley Batista, que o gravou de forma escondida, era investigado quando o recebeu fora da agenda em sua residência em março –embora, naquele momento, o dono da JBS já fosse alvo de três operações.

Tomou Doril: Mala com dinheiro da JBS entregue a aliado de Temer sumiu

FOLHA DE SÃO PAULO

Resultado de imagem para Mala da JBSA mala com R$ 500 mil de dinheiro da JBS recebido pelo deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) está desaparecida.

O parlamentar foi filmado pela Polícia Federal em uma ação controlada (planejada para flagrar delitos) carregando a bolsa ao sair de uma pizzaria em São Paulo às pressas.

Rocha Loures havia se encontrado no local com Ricardo Saud, lobista e delator do frigorífico, para pegar o dinheiro.