Arquivo diários:09/08/2017

“A declaração do governador desrespeita toda a classe jornalística”, diz em nota o Sindicado dos Jornalistas Profissionais do RN

A declaração do governador Robinson Faria alegando que a imprensa aumenta a sensação de segurança foi motivo desta dura nota do Sindicato dos Jornalistas. 

NOTA

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte reprova veementemente a declaração dada nesta terça-feira (8) pelo Governador Robinson Faria de que o trabalho da imprensa potiguar é um dos responsáveis pela sensação de insegurança nos cidadãos potiguares. A declaração do governador desrespeita toda a classe jornalística, além de querer mascarar uma realidade vista nas ruas do Estado e confirmada através de dados de pesquisas e instituições como o Atlas da Violência e o Observatório da Violência Letal Intencional do RN (OBVIO).

Num estado onde o número de assassinatos já se aproxima dos 1.500 só em 2017 e que facções impõem medo em diversas partes do Estado, não cabe à imprensa resolver este problema. Isto deve ser uma postura de Governo. À imprensa cabe noticiar os fatos e não omitir informações e dados públicos à sociedade, e é o que colegas jornalistas têm feito todos os dias.

Minutos após a equivocada declaração do Governador a uma emissora de rádio de Natal, um tio da primeira dama, Julianne Faria, foi baleado durante o enésimo assalto a uma farmácia da capital potiguar. Precisa dizer algo mais?

Reforçamos nosso apoio aos colegas jornalistas em seu trabalho vital para a sociedade potiguar, e nos solidarizamos com as milhares famílias e vítimas de violência no Rio Grande do Norte.

Ministério Público investiga ato do governador Robinson Faria que contrata professores sem concurso público

O Blog do Primo recebeu informação de uma provável denúncia que o Ministério Publico do RN vai apresentar por improbidade administrativa  contra o governador Robinson Faria, a secretária de Educação Claudia Santa Rosa e o secretário de Administração por nomearem 623 professores nos diversos municípios sem concurso público e com critério de indicação política por deputados e cabos eleitorais.

O assunto causou perplexidade entre os presentes numa conversa entre um de advogados. Segundo uma fonte do Blog do Primo o ato de nomeações foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 27 de Julho.

A mesma fonte disse que promotores de Justiça de diversos municípios coletaram declarações de muitos nomeados revelando que foram indicados politicamente e dando os nomes dos seus padrinhos. Alguma ligações de assessores do governador com deputados, prefeitos e chefes políticos negociando indicações foram grampeadas..

Parece que a bronca é grande..

Vamos aguardar os desdobramentos.

Diário oficial professores

 

 

Depois da reforma trabalhista, Rogério Marinho exige que José Agripino tire licença para seu pai assumir o Senado

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Suplente de senador, Valério Marinho e seu filho Rogério Marinho

Além dos problemas das investigações pelo MPF e Polícia Federal por suspeitas de recebimento de propinas e caixa dois em campanha, o senador José Agripino está sendo pressionado pelo deputado federal Rogério Marinho para tirar uma licença em favor do seu pai, Valério Marinho, que é suplente de Agripino, fazer um bico no Senado como suplente.

Rogério quer uma licença de 120 dias para seu pai tirar onde de senador..

Segundo o soldado Vasco, Rogério disse a José Agripino que o PSDB só votará nele na eleição do ano que vem se ele tirar licença..

Amigos do senador informaram ao Blog do Primo que José Agripino está constrangido com tamanha e descabida exigência..

Vai complicar mais Henrique Alves , delator vai detalhar suposta compra de deputados pró-Cunha

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Henrique apoiou e elegeu Cunha seu sucessor na Presidência da Câmara dos Deputados

BELA MEGALE
DE BRASÍLIA

O executivo Ricardo Saud, delator da J&F, fará um complemento de sua delação premiada em que irá relatar nomes de deputados atribuídos a valores que teriam recebido em dinheiro vivo para apoiar a eleição do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, em fevereiro de 2015. Henrique Alves era o presidente da Câmara dos Deputados e grande articulador da eleição de Cunha.

Na ocasião, Cunha foi eleito com 267 votos. Ele ficou à frente do candidato apoiado pela então presidente Dilma Rousseff, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136 votos.

Segundo pessoas ligadas à empresa, o próprio Saud, que na época atuava como interlocutor e lobista da J&F no Congresso, teria sido o responsável por fazer os repasses. Os pagamentos representam R$ 12 milhões dos cerca de R$ 30 milhões desembolsados pelo grupo para dar suporte a Cunha, conforme relatou Joesley Batista, sócio da empresa e também delator.

Pessoas envolvidas nas tratativas afirmaram à Folha que o lobista vai apresentar os nomes dos deputados, os valores pagos a cada um, além de informações sobre o modo que as entregas foram feitas.

Em depoimento, Joesley se limitou a dizer que o grupo atendeu ao pedido de Cunha, que em 2014 solicitou R$ 30 milhões para se eleger presidente da Câmara. “Dos levantamentos nossos, pelo que eu entendi, ele saiu comprando um monte de deputado Brasil afora”, disse.

O empresário afirmou que o valor foi pago da seguinte maneira: R$ 5,6 milhões por meio de doação oficial ao PMDB e correligionários indicados por Cunha, R$ 10,9 milhões por meio de pagamentos de notas frias em setembro e outubro de 2014 e R$ 12 milhões em dinheiro.

Há uma diferença de R$ 1,5 milhão entre a soma desses três valores (R$ 28,5 milhões) e os R$ 30 milhões, ambos citados por Joesley, mas os procuradores não questionaram o empresário sobre essa discrepância.

Em nota, a J&F não explicou a diferença de valores. Disse que “os colaboradores já apresentaram informações e documentos à Procuradoria-Geral da República e continuam à disposição para cooperar com a Justiça”.

Em seu depoimento, Joesley também disse aos investigadores que, se quisessem saber detalhes teriam que falar com Saud, o responsável pelos repasses. O assunto, no entanto, não foi explorado com o lobista nos depoimentos que se tornaram públicos.

Integrantes da J&F disseram à reportagem que Saud não explicou o fato inicialmente porque não houve tempo, mas que se comprometeu a falar sobre as entregas.

Ação penal contra Lula por obstrução da Justiça entra na reta final

 Lula (Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo)

MARCELO ROCHA

Em despacho desta segunda-feira (7), o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, definiu as últimas providências na ação penal que tem como réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário José Carlos Bumlai, o ex-senador Delcídio do Amaral e outras quatro pessoas. Eles são acusados de obstruir o trabalho da Justiça ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato.

De acordo com a decisão de Oliveira, após cumprida uma formalidade requerida pela defesa de um dos réus, o processo deve seguir para o Ministério Público Federal, para alegações finais. Em seguida, será a vez de os réus apresentarem os últimos argumentos contra as acusações. É a fase que antecede a sentença.

FLAGRA! Nova procuradora-geral da República tem encontro noturno com presidente Temer

Nova procuradora geral da República tem encontro noturno com presidente TemerO presidente Michel Temer (PMDB) recebeu na noite de terça-feira, 8, no Palácio do Jaburu, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em encontro marcado fora da agenda oficial. Raquel chegou por volta das 22 horas, em seu carro oficial. A assessoria do Planalto confirmou o encontro, gravado por um cinegrafista da Rede Globo, e disse que Temer atendeu ao pedido de Raquel para conversar sobre a sua posse no cargo, que será realizada no dia 18 de setembro, um dia depois do encerramento do mandato do seu algoz, o atual procurador, Rodrigo Janot.

“O presidente indagava sobre a data e horário possível para a minha posse, pois precisa viajar para os EUA no dia 18 de setembro, segunda-feira, para fazer a abertura da Assembleia Geral da ONU no dia 19. O mandato do PGR termina no dia 17, domingo”, disse Raquel.

O encontro de Temer e Dodge foi realizado no mesmo dia em que o presidente pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato e do caso JBS no Supremo Tribunal Federal, a suspeição – e impedimento – do  atual procurador-geral, por meio de seu advogado, o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Na ação, Temer alega que “já se tornou público e notório que a atuação do procurador-geral da República, em casos envolvendo o presidente da República, vem extrapolando em muito os seus limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que ocupa”. Em entrevista ao Estado, na semana Temer também fez duras criticas a Janot e disse que as mudanças na Procuradoria-Geral da República “darão o rumo correto à Lava Jato”, explicando que “o rumo certo é o cumprimento da lei”.

Delegados repudiam tentativa do MPF em subtrair Policia Federal de negociações das delações premiadas

Resultado de imagem para Polícia federalPor Vasconcelo Quadros

A delação premiada, alçada a nova “rainha das provas” com a operação “lava jato”, virou pivô de uma nova disputa entre Polícia Federal e Ministério Público Federal. Com a ação no Supremo Tribunal Federal na qual a Procuradoria-Geral da República questiona o poder da PF para fechar os acordos, a briga saiu dos bastidores.

Depois de perder para o Ministério Público a exclusividade na condução de investigações criminais, a Polícia Federal se debate para não perder o poder de fazer acordos de delação.

Na discussão sobre a Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013), o ministro Marco Aurélio já pediu a Leandro Daiello, diretor-geral da PF, informações quanto ao procedimento adotado pela instituição para formalização do instrumento usado para a obtenção de provas durante uma investigação. Caberá ao Plenário do Supremo Tribunal Federal decidir os limites dos protagonistas do lado do Estado para negociar e fechar acordos com políticos e empresários acusados de corrupção.

“A lei prevê expressamente que a PF tem legitimidade por uma razão simples: o delegado tem mais condições de avaliar se as informações de uma delação são úteis ou não”, diz o delegado Carlos Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF).

O procurador José Robalinho Cavalcanti, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) fala o oposto. Diz que como o MP é titular da ação penal, parte no processo e responsável exclusivo para negociar penas e prêmios ao delator, os trechos da lei são claramente inconstitucionais.

“Se a PF faz uma colaboração e o MPF não vê provas, como fica o acusado? Se ninguém pode obrigar o MPF a denunciar, então como a PF pode negociar vantagens?”, questiona Robalinho. Até agora, no entanto, a Justiça homologou acordos fechados pela PF.

Inflação em 12 meses é a menor desde 1999, diz IBGE

Por Bruno Villas Bôas | Valor

RIO  –  Após apresentar a primeira deflação desde 2006, de 0,23% em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mudou de direção e registrou alta de 0,24% em julho, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da aceleração, foi a menor taxa para o mês de julho desde 2014 (0,01%).

No acumulado em 12 meses, o IPCA seguiu em descompressão ao marcar elevação de 2,71% até julho, abaixo dos 3% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. Foi a menor taxa para essa base de comparação desde fevereiro de 1999 (2,24%).

O resultado colocou o indicador acumulado em 12 meses abaixo do piso da meta de inflação, de 3% neste ano – a meta é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

No ano, a inflação oficial acumula agora alta de 1,43%, bem abaixo dos 4,96% registrados em igual período de 2016. O acumulado do ano é o menor da série desde o início do Plano Real.

Na média, 24 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Datapreviam aumento de 0,18% para o IPCA em julho. As projeções variavam de alta de 0,08% a 0,23%. As estimativas apontavam ainda inflação de 2,65% em 12 meses.

O IPCA mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande.

Difusão

O índice de difusão do IPCA, calculado pelo Valor Data, saiu de 47,2% para 41,8% em julho, indicando inflação menos disseminada na cesta de produtos pesquisados. Sem alimentos, a difusão do IPCA também passou de 54,7% para 43,9%.