Arquivo diários:12/08/2017

Valha: Ex-executivo do Facebook vê ‘apocalipse digital’ e foge para ilha

Antonio Garcia Martinez

REVISTA VEJA

Um ex-funcionário do Facebook se mudou para uma ilha remota e está construindo um abrigo para se defender do “apocalipse tecnológico” que, segundo ele, está por vir. Antonio García Martínez, ex-gerente de produto na rede social por dois anos, morava em um dos principais centros da indústria tecnológica do mundo, a cidade de San Francisco. Mas decidiu se mudar para uma ilha afastada no norte dos Estados Unidos por prever que os avanços da tecnologia causarão uma catástrofe social em poucos anos.

Segundo Martínez, o avanço da automação de tarefas fará com que muitos empregos sejam perdidos, o que causará uma situação de conflito social. “Dentro de 30 anos, metade da humanidade não terá trabalho. E a coisa pode ficar feia, pode haver uma revolução. É por isso que estou aqui. Em San Francisco, eu vi como o mundo será daqui cinco a dez anos. Você pode não acreditar que está vindo, mas está – e tem a forma de um caminhão sem motorista prestes a te atropelar”, disse Martínez em entrevista à rede de televisão BBC.

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PSB vive crise de identidade três anos após morte de Campos

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Eduardo Campos com o deputado estadual Ricardo Motta e o deputado federal Rafael Motta

JOSÉ MARQUES
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
THAIS BILENKY
FOLHA DE SÃO PAULO

Com o vácuo de liderança deixado pelo presidenciável Eduardo Campos, cuja morte completa três anos no domingo (13), o Partido Socialista Brasileiro enfrenta divergências internas e discordâncias sobre os rumos programáticos.

Agregador e com visibilidade, Campos atraiu nomes dificilmente identificáveis com a bandeira socialista e que hoje puxam a fila de dissidências -com Heráclito Fortes (PI) à frente, mais de dez deputados dizem estar com “a faca nas costas” e devem migrar para o DEM.

Ruralistas filiados por Campos hoje batem cabeça com “socialistas históricos” como o presidente da sigla, Carlos Siqueira, em debates como o das reformas econômicas. A decisão de votar a favor da denúncia contra Michel Temer coroou a divisão pessebista na Câmara.

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Salário de servidor será congelado, e Temer prevê poupar R$ 9,8 bi

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JULIO WIZIACK
MARIANA CARNEIRO
Folha de São Paulo

Com a revisão da meta de deficit deste ano e de 2018 praticamente definida, a equipe econômica prepara medidas para cortar gastos e aumentar receitas.

Pelo lado dos gastos, o governo congelará salários de servidores em 2018 para economizar R$ 9,8 bilhões.

Serão atingidos professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria e carreiras jurídicas. Outras categorias poderão ser incluídas.

Além disso, o salário inicial de novos servidores ficará restrito a R$ 5.000 e haverá corte de benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de remoção.

Embora tenha desistido de aumentar o Imposto de Renda, benefícios tributários devem ser revistos para melhorar a arrecadação.

O Ministério do Planejamento espera o envio da nova proposta de reoneração da folha de pagamento para o Congresso. A medida provisória que tratava do assunto enfrentou resistência, iria perder a validade nesta semana, e o governo decidiu revogar o texto para que o tributo referente a julho não fosse cobrado das empresas.

Outra aposta é o Refis. A equipe econômica aposta em reverter as mudanças feitas por comissão da Câmara, que alterou a medida provisória e concedeu mais benefícios do que o planejado.

A previsão era obter R$ 13,8 bilhões, mas só entraram R$ 3,5 bilhões, e o prazo de adesão vence em 31 de agosto.

Sem esses recursos, a conta não fecha e ficará difícil cumprir as metas de deficit que devem ser anunciadas na segunda-feira (14). Para 2017, a meta passará de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Para 2018, de R$ 129 bilhões também para R$ 159 bilhões.

A pressa para a revisão se deve à necessidade de envio ao Congresso de propostas para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018 antes do fim do mês. Somente depois de aprovada a mudança, o Executivo poderá enviar a proposta de Orçamento do ano que vem.

Outro problema será buscar receitas para o desbloqueio de R$ 5 bilhões neste ano. Sem esse recurso, serviços essenciais da administração federal podem parar a partir de setembro: cobranças de dívidas ou emissões de documentos poderiam ficar comprometidas, por exemplo.

A Fazenda está em alerta monitorando as receitas de tributos de agosto para avaliar se a queda de julho, que surpreendeu com uma frustração de cerca de R$ 5 bilhões, será mantida —o que exigiria medidas drásticas.

Dilma diz que eleição de 2018 terá ‘segundo tempo do golpe de Estado’

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Estadão Conteúdo

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta sexta-feira (11) que o debate sobre as regras para a eleição de 2018 fazem parte do “segundo tempo” do “golpe de Estado” de que disse ter sido vítima. “Eles não podem dar o golpe e deixar que em 2018 volte tudo atrás. O segundo tempo do golpe será extremamente perigoso”, afirmou, durante um evento chamado Ato pela Reconstrução do Estado Democrático e de Direito, realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do evento.

“O golpe de Estado no Brasil foi um processo, está sendo e será um processo. A segunda etapa do golpe é gravíssima porque abre margem para outras etapas”, disse Dilma, que foi ovacionada por uma plateia formada por estudantes de direito e militantes de movimentos de esquerda. Em vários momentos do evento, antes e após o discurso, o público entoou em coro “Dilma, guerreira / do povo brasileiro”, “olê, olê, olá, Dilma, Dilma” e outras frases.

A ex-presidente defendeu Lula: “A condenação de Lula é uma imensa injustiça porque ele é inocente. Não há provas, indícios nem bases de sustentação nesse denúncia e condenação”, afirmou. Na avaliação de Dilma, a sequência de ataques a Lula é estratégia usada anteriormente pela ditadura: “Mantinham a gente na cadeia dividindo os processos. Eu mesma respondi a três”, afirmou.

Dilma afirmou que as gestões petistas estão sendo punidas pelos benefícios que concedeu às classes populares: “Essa denúncia se dá pelos nossos acertos, e não pelos erros. Não que a gente não tenha erros, nós temos, mas nós somos julgados pelos benefícios (às camadas sociais mais pobres)”

Dilma fez duras críticas ao governo de Michel Temer (PMDB): “Desmoralizaram 54,5 milhões de votos e tiram direitos da população”, afirmou, conclamando a plateia a “resistir”: “Nossa arma é a democracia. Temos que resistir, essa é a nossa arma”. (Fábio Grellet e Mariana Sallowicz)