Arquivo diários:15/05/2018

Tríplex no Guarujá atribuído a Lula recebe primeiro lance em leilão judicial

 

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

O leilão judicial do apartamento tríplex no Guarujá (SP), imóvel que protagonizou o processo que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão, recebeu, até as 11h20 desta terça-feira (15), um só lance por sua compra.

O prazo para apresentar propostas termina às 14h. O único lance, de R$ 2,2 milhões (valor mínimo), veio de uma pessoa de Piracicaba (SP) e foi feito por volta das 21h de segunda (15). O nome da pessoa que fez a oferta não foi divulgado.

O dinheiro da venda será destinado a ressarcir a Petrobras. O valor de R$ 2,2 milhões é o da avaliação judicial do tríplex, que tem uma área total de 297 m², com quatro quartos, churrasqueira e piscina, e fica na praia das Astúrias.

“Existe um elevador que integra os três andares, sendo que não foi possível verificar seu funcionamento visto que a luz da unidade não está ligada”, diz a descrição do imóvel no site do leilão, que recebeu quase 50 mil visitas.

A página também informa a eventuais interessados no tríplex que o apartamento tem uma dívida de condomínio que soma R$ 47.204,28. O débito será de responsabilidade de quem arrematar o imóvel.

Outra dívida que deverá ser paga pelo comprador é a do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), que passa dos R$ 100 mil.

Para o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, e o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), Lula recebeu propina de R$ 2,2 milhões da construtora OAS por meio do tríplex e de reformas feitas no imóvel como parte de um esquema de corrupção em contratos da Petrobras. A defesa de Lula diz que não há provas dos crimes imputados ao ex-presidente.

PF prende delator da Lava Jato e mais 7 doleiros suspeitos de ligação com “embaixador do tráfico”

Dinheiro apreendido em Dourados (MS) durante a Operação Efeito DominóDinheiro apreendido em Dourados (MS) durante a Operação Efeito Dominó

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (15) a Operação Efeito Dominó, que investiga uma rede de doleiros e de lavagem de dinheiro utilizada por Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca. Também conhecido como o “embaixador do tráfico”, ele é apontado pela PF como o maior narcotraficante do Brasil e um dos maiores do mundo. Ao todo, oito pessoas foram presas, incluindo um delator da Operação Lava Jato.

Ao todo, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva (sem prazo), três de prisão temporária (por 5 dias) e 18 de busca e apreensão. Noventa policiais federais cumpriram os mandados nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo.

Entre os presos estão os doleiros Carlos Alexandre Souza Rocha, conhecido como Ceará, e Edmundo Gurgel. Ceará um dos doleiros que atuava junto ao também doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Lava Jato.

Ceará chegou a firmar um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República) no qual citava ao menos quatro senadores (leia mais abaixo). O acordo foi homologado pelo STF. Segundo a PF, ele descumpriu parte do seu acordo e voltou a atuar como doleiro.

Gurgel, por sua vez, já havia sido preso durante a Operação Farol da Colina, em 2004, e investigado no caso Banestado.

UOL ainda não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.

Divulgação/PF

O traficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, que mudou de rosto para fugir

A operação desta manhã é um desdobramento da Operação Spectrum, que prendeu Cabeça Branca em julho de 2017. Em depoimento à PF logo após ter sido preso, ele admitiu que atuava no tráfico internacional de drogas.

Após a prisão dele, a PF analisou documentos, planilhas eletrônicas, depoimentos e informações de inteligência para identificar a rede de doleiros que ele utilizava para lavar o dinheiro oriundo do comércio nacional e internacional de drogas.

Planilhas eletrônicas encontradas pela PF ao longo da investigação sobre Cabeça Branca indicam que, apenas entre 2014 e 2017, ele negociou 27 toneladas de cocaína e que ele teria recebido pelo menos US$ 138,2 milhões, o equivalente, em valores atualizados, a quase R$ 500 milhões.

Conexão com a Lava Jato

Uma das principais suspeitas apuradas pelos investigadores do caso é a de que doleiros que prestavam serviços a investigados pela Lava Jato também atuavam para narcotraficantes como Cabeça Branca.

Divulgação/PF

Dinheiro apreendido em Recife

A operação desta terça-feira faz parte de uma nova abordagem da PF em relação ao narcotráfico: sufocar o braço econômico das organizações.

As investigações conduzidas pela PF indicam a existência de uma enorme rede de doleiros que se comunicam para dar vazão à demanda de clientes que ganham dinheiro ilegal em atividades criminosas diferentes como corrupção e tráfico de drogas.

Em geral, os doleiros atuam de duas formas. Recebem reais em espécie no Brasil e disponibilizam dólares em contas no exterior ou recebem dólares no exterior e disponibilizam reais em espécie no Brasil. Todas essas operações são realizadas sem a devida comunicação às autoridades bancárias e fiscais dos países envolvidos.

Delator preso mencionou senadores em delação

Carlos Alexandre, o Ceará, firmou um acordo de delação premiada com a PGR em 2015, quando contou que atuava como entregador de valores para Youssef desde 2008.

Em seu acordo, ele mencionou ter feito repasses que seriam destinados a políticos como os senadores Aécio Neves (PSDB), Renan Calheiros (MDB), Fernando Collor de Melo (PTC-AL) e  Randolfe Rodrigues (Rede).

A Aécio, o delator disse ter levado R$ 300 mil a um diretor da empreiteira UTC e que havia sido informado que o repasse seria feito ao tucano. À época, Aécio classificou a declaração do delator como “absurda”.

Ceará disse em seus depoimentos ter ouvido, em 2014, que Youssef iria disponibilizar R$ 2 milhões a Renan Calheiros. O senador negou as acusações e disse que não conhecia Youssef.

O delator também afirmou ter feito a entrega de R$ 300 mil que seriam destinados a Collor. A entrega teria sido intermediada por outro funcionário de Youssef, Rafael Ângulo Lopes, que também é delator da Lava Jato. À época, Collor negou conhecer Ceará e classificou a delação dele como “oportunista” e “retardatária”.

Ainda segundo o delator, Randolfe Rodrigues havia sido beneficiado com R$ 200 mil em propina. À época, o senador negou as acusações e, em janeiro de 2016, o STF mandou arquivar a investigação que havia sido aberta contra o parlamentar.

Condenado por lavagem de dinheiro

Cabeça Branca está preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em abril deste ano, ele foi condenado pela Justiça Federal do Paraná a cinco anos e dois meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro relacionado à compra de uma fazenda em Mato Grosso.

Esta foi a primeira condenação de Cabeça Branca desde que foi preso. Ele ainda responde a outros processos na Justiça Federal.

A PF diz acreditar que Cabeça Branca tenha comprado fazendas em Mato Grosso para servir de entreposto para a cocaína trazida da Bolívia e do Paraguai para o Brasil.

Segundo as investigações, a droga era trazida ao Brasil em pequenos aviões e descarregada nas fazendas do traficante. De lá, a droga era transportada em caminhões para a região Sudeste, de onde ela era enviada, principalmente, à Europa e América do Norte.

A polícia suspeita ainda que a compra de fazendas era apenas uma das formas encontradas por Cabeça Branca para lavar o dinheiro que ele ganhava com a venda de cocaína.

Os investigadores já foram capazes de identificar rastros da fortuna do narcotraficante em outros países além do Brasil e do Paraguai, onde ele seria o proprietário de empresas e fazendas.

O título de “embaixador do tráfico” atribuído a Cabeça Branca foi atribuído ao narcotraficante pela forma como ele se relacionava com fornecedores e compradores da droga que ele intermediava.

Em vez de um perfil violento comum a traficantes que atuam na região da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, Cabeça Branca era conhecido pelo perfil discreto com que conduzia seus negócios.

A operação desta terça-feira foi deflagrada e centralizada em Curitiba, mas as investigações foram conduzidas pelo GISE (Grupo de Investigações Sensíveis) da PF em Londrina.

Neto de Jango vai provar que Geisel mandou matá-lo, diz Paulo Henrique Amorim

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João Vicente, pai de Christopher, no colo do avô

Conversa Afiada publica o documento escrito e assinado por Christopher Goulart, neto do grande Presidente João Goulart entregue nessa segunda-feira 14/V ao Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul.

O filho de Vlado Herzog, Ivo já também exigiu do Minixtro das Relassõees Exteriores, Aloysio 500 mil (promovido de 300 mil pela Odebrecht) os documentos que demonstram como a ação exterminadora do Sacerdote Ernesto Geisel e seu cúmplice, Batista Figueiredo, provocaram o “suicídio” de seu pai.

Christopher lembra que uma testemunha já informou que Elio Geisel tinha dado ordens ao delegado Fleury para matar Jango.

Como sempre, a Comissão da 1/2 Verdade do zé da Justissa se omitiu e não achou os assassinos de Jango.

Como se omitiu diante dos documentos irrefutáveis de Alessandro Octaviani, que provam o assassinato a sangue frio de JK, na Via Dutra.

O presidente de 1/2 Verdade, Dallari, indicado pelo zé, se recusou a receber Octaviani e seus documentos.

Assim como, até hoje, a família e os meio-verdadeiros se recusem a admitir que Carlos Lacerda tenha sido assassinado pela mesma Operação Condor!

Lacerda morreu estranhamente no hospital para curar uma gripe.

Assim como, estranhamente, Pablo Neruda morreu num hospital do Pinochet…

PHA

Christopher Goulart entrega o documento à Procuradora Suzete Bragagnolo

Cortejado após desistência de Joaquim Barbosa, PSB se reunirá com PT e PDT, diz colunista da Folha

O presidente do PSB, Carlos Siqueira (à esquerda) e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa

mônica bergamo

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, agendou encontro com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nesta terça-feira (15), em Brasília. No dia seguinte, ele se encontra com Carlos Lupi, do PDT.

NOIVA 

Com 26 deputados e cinco governadores, o PSB passou a ser cortejado pelos dois partidos depois que o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa anunciou que não concorrerá à Presidência.

TOMA LÁ

O PSB quer o apoio do PT em Pernambuco, onde já governa. Mas a direção petista insiste em condicionar um acordo ao apoio dos socialistas a Lula, ou a quem substituí-lo, no plano nacional.

BANDEIRA BRANCA

O PT também poderá propor um pacto de não agressão em SP, onde o governador Márcio França, do PSB, concorre à reeleição.

LIMITE

Carlos Siqueira diz que “o PSB tem tempo” para decidir e que por enquanto só está disposto a discutir os cenários estaduais.

EU MESMO

E o PT encomendou pesquisa para avaliar a situação eleitoral de Lula depois do noticiário de que ele poderia desistir da candidatura para apoiar um “plano B” do PT. Da prisão, o ex-presidente afirmou que não abre mão de registrar seu nome para concorrer.

91% dos deputados alvo da Lava Jato vão disputar a eleição, diz o Estadão

ESTADÃO

Dos 55 deputados federais alvo de inquéritos e ações penais na Operação Lava Jato, 50 (o equivalente a 91% do total) vão disputar as eleições deste ano, de acordo com levantamento feito pelo Estado. A maior parte dos parlamentares (42) disse que disputará a reeleição; quatro pretendem concorrer a uma vaga no Senado; 2 a governos estaduais; um ao Legislativo estadual e um à Presidência da República. Três deputados não responderam ou estão indecisos, enquanto apenas dois disseram que não vão ser candidatos.

Se eleitos para o Congresso, eles mantêm foro privilegiado para ser investigados e julgados em casos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Com o novo entendimento firmado pelo STF, no entanto, o foro para parlamentares federais só vale para crimes praticados no mandato e em função do exercício do cargo. Crimes comuns realizados antes de assumirem seus cargos ou sem nenhuma ligação com os mandatos podem ser julgados por tribunais de primeira instância.

Nesta terça-feira, o STF julgará o primeiro político com foro na Corte no âmbito da Lava Jato, quase dois anos após aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Será o caso do deputado Nelson Meurer (PP-PR), réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é um dos que responderam que não pretendem concorrer neste ano.

Para o doutor em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto,a mudança no entendimento do STF a respeito do foro traz mais celeridade no julgamento de crimes de corrupção. Ele cita o caso do mensalão, que levou 5 anos para começar a ser julgado. “Antes dessa decisão do STF, o foro era entendido como uma coisa boa para todo mundo. O Supremo não tinha capacidade para julgar, isso dava uma sensação de segurança (aos investigados) muito boa”, afirmou Barreto.

Desde a mudança de entendimento do STF, no início deste mês, ao menos 68 casos envolvendo deputados e senadores já foram enviados pela Corte para outras instâncias da Justiça.

O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), criticou o que chama de “indústria das denúncias” no meio político e disse que a sigla não antecipa condenações sobre os parlamentares investigados do seu partido. Ele afirmou ainda que “independente da Operação Lava Jato, cada caso é um caso” e que “o PSDB com casos gritantes, sem sombra de dúvidas, tomará atitudes”.

Dos 50 deputados que pretendem disputar algum cargo neste ano, 12 são filiados ao PP e outros 12 ao PT. Na sequência, aparecem seis do PSDB e quatro do DEM.

Com planos de concorrer à sucessão no Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM- RJ), é alvo de três inquéritos no Supremo sobre supostos repasses de empreiteiras para o parlamentar. Os casos foram abertos com base em depoimentos de colaboradores das empreiteiras Odebrecht e OAS.

Por meio da assessoria de imprensa, Maia afirmou “que tem prestado, sempre que solicitado, todos os esclarecimentos necessários” e reiterou “que confia na Justiça e espera que tudo seja esclarecido com a maior brevidade possível”.

Em entrevista ao Estado publicada no último domingo, Maia disse que pretende manter sua candidatura à Presidência “até o fim”, mesmo com a pulverização de candidatos de centro. Ao ser questionado sobre a Lava Jato, disse que é preciso “discutir não apenas a punição, mas também as condições para ter um Estado no qual os sistemas de controle sejam mais rígidos e não permitam o que se viu nas estatais”.

Questionado sobre futuros candidatos petistas na eleição deste ano investigados na Lava Jato, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), alega que “só em um Estado policial, investigado é tratado com culpado”. Ele acrescenta que a Lava Jato é “uma manipulação conduzida de forma seletiva em esquemas suspeitos de toda ordem”.