O tempo é o senhor da razão, portando capaz de revelar que o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves nunca foi aquele político independente dos arranjos familiares.
Carlos Eduardo Alves apregoava ser um político moderno, que apesar de ser Alves não pertencia à oligarquia da sua família, embora todos fossem descendente da grande liderança de Aluízio Alves.
Como dizia meu ex-sogro e falecido Ismael Wanderley: “se não fosse Aluízio todos os Alves que estão exercendo mandato certamente poderiam viver em Angicos; um teria um caldo de cana, outro um carro de lotação, cigarreira ou bodega, só não teriam bar por não beberem, e também não seriam vaqueiros ou agricultores por não gostarem de serviços pesados”. O próprio Ismael que era casado com Ana Catarina, filha de Aluízio tinha humildade de reconhecer que só foi eleito deputado federal pelo prestígio do sogro.
Ocorre que Aluízio e Dinarte Mariz foram os grandes líderes do RN no século passado. Dinarte não construiu uma oligarquia, mas muitos da família Alves ingressaram na política aproveitando o prestígio de Aluízio.
Agnelo e Carlos Eduardo Alves fizeram carreira política por ser Alves. Carlos Eduardo Alves por ser mais novo inventou de ser independente para obter votos dos eleitores que não eram aluizistas. Na sua estratégia ele retirava o sobrenome Alves quando prejudicava, mas usava quando ajudava, mas na verdade ele falseava sua independência pois sempre foi um aprendiz de cacique sem as qualidades do pai e do tio.
Agora, como o tempo é o senhor da razão, Carlos Eduardo Alves que está sem mandato, quer continuar mandando na Prefeitura de Natal.
E como ele quer continuar mandando? Como um bom cacique fazendo um arranjo familiar indicando uma prima de sua mulher para ser candidata à vice-prefeito de Álvaro Dias.
Que coisa feia!
O que leva um político pensar assim?
Qual o mistério de Carlos Eduardo Alves insistir em indicar uma prima de sua mulher?
Será que Carlos Eduardo Alves não tem um correligionário que ele confie com capacidade de representá-lo e seu partido?
Cadê o Carlos Alves que era contra os arranjos familiares?
Na verdade ele sempre foi o mesmo, um oportunista demagôgo.
O prefeito Álvaro Dias e seu partido não podem aceitar essa imposição. Se Álvaro foi candidato submetido ao arranjo familiar de Carlos Eduardo Alves poderá pagar caro nas urnas.
O povo não aceita esse tipo de arrumadinho.
Álvaro está bem, vem fazendo uma boa gestão, foi correto com Carlos Alves quando este foi candidato a governador, manteve todo secretariado deixado por Alves até a eleição. Carlos Eduardo Alves tem que entender que Natal não merece esse tipo de imposição, ele trate de arranjar outro projeto político até por que seu prestígio político está baixo, o povo comparou sua gestão com a de Álvaro e percebeu que agora Natal tem um prefeito mais competente e habilidoso.
Ninguém aceita essas manobras familiares de oligarquias que não tem outras atividades, Ou seja, políticos que fazem da política uma profissão e meio de sustento.
Natal tem vários candidatos a prefeito, será que Álvaro Dias será o único que apresentará sua chapa com uma arrumação familiar?
Não faça isso, será um desastre…