Marcos Couto
A partir desta segunda-feira (3), passaram a valer no Brasil os novos parâmetros exigidos para a gasolina vendida nos postos de todo o país. Essencialmente, a novidade busca modernizar as especificações do combustível, e assim, melhorar o seu rendimento nos motores de veículos, aproximando-o ao de outros países mais desenvolvidos.
Tanto a gasolina comum quanto a premium serão impactadas pela mudança, que promete trazer mais qualidade. Mas o preço também deve subir, como consequência. As informações são do portal G1.
Especialistas explicam que há 3 novidades na gasolina. O primeiro é que o combustível passa a ter uma massa específica mínima, ou densidade mínima de 715 kg/m³. Isso garante um conteúdo energético suficiente por litro para que os motores operem em seu melhor desempenho, segundo a Petrobras. Densidades abaixo desse patamar podem exigir um aumento no consumo.
Outra mudança é na contagem da octanagem, o índice de resistência à detonação do combustível. Antes, o IAD (índice antidetonante) da gasolina brasileira devia ser de 87 octanos. Com as novas regras, em conformidade com o padrão RON, o índice passa a ser de 92 octanos, um padrão mais comum na Europa e, segundo especialistas, mais moderno.
Haverá em 2022 uma nova atualização nesse parâmetro, que o eleva para 93 octanos.
A terceira mudança é que a temperatura mínima para a destilação de 50% da gasolina passa a ser de 77°C, contra o modelo anterior, que definia apenas um teto de 80°C.
Segundo a Petrobras, que responde pelo abastecimento de cerca de 90% dos postos do Brasil, a gasolina adequada aos novos parâmetros já vem sendo entregue há meses. Sobre o preço, a empresa confirma que haverá um aumento, mas que este deve ser balanceado pelos ganhos de autonomia e eficiência que o consumidor terá com a nova fórmula em seus veículos.