PF faz buscas em imóvel de Collor, de políticos do PP e na BR Distribuidora

Os senadores Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP
Os senadores Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP

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Os senadores Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI) foram alvos de nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (14).

A BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, também foi alvo da operação.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de Collor em Brasília e em Alagoas. Os policiais também foram à TV Gazeta,afiliada da TV Globo no Estado nordestino, que pertence à família de Collor; ele é um dos principais acionistas.

O ex-presidente foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Ele também foi citado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em seu depoimento à Justiça.

Outro citado por Pessoa foi Ciro Nogueira, que é presidente nacional do PP.

O empreiteiro afirma ter pago R$ 20 milhões a Collor entre 2010 e 2012 em troca da influência do senador em negócios com a BR Distribuidora e R$ 2 milhões a Nogueira. O senador do PP também foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em delação premiada.

Segundo a Folha apurou, os policiais foram à distribuidora da Petrobras atrás de documentos que possam ligar a companhia de distribuição a casos de corrupção delatados pelo doleiro Youssef e outros presos da Lava Jato.

A PF também esteve em um escritório ligado ao deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) em Recife. O ex-ministro Mário Negromonte, à época no PP e hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, foi um dos alvos da operação da PF no Estado.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também foi atingido.

Ao todo, a polícia cumpre nesta terça 53 mandados de busca e apreensão –no Distrito Federal (12), na Bahia (11), em Pernambuco (8), em Alagoas (7), em Santa Catarina (5), no Rio (5) e em São Paulo (5) – expedidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Teori Zawascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.

Não há prisões previstas.

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