Em pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (14), o deputado José Dias (PSD) criticou a renovação do contrato assinado em maio pelo Governo junto ao Banco do Brasil referente à venda da conta do Estado. De acordo com o parlamentar, o banco irá pagar R$ 145,5 milhões, quantia inferior aos R$ 230,4 milhões que foram assegurados ao Estado em 2012, ano da última prorrogação.
“O Governo continua com procedimentos do passado pela permanência da conta junto ao Banco do Brasil. Não é possível que não tenha sido feito um levantamento sobre as negociações anteriores. O Estado já está devendo”, disse José Dias.
O parlamentar entende que o Governo do Estado deveria ter pedido, à época, a colaboração da Assembleia Legislativa para participar da negociação junto à instituição bancária.
“Não sei quem representou o Estado nessa tratativa. Nós teríamos conseguido uma negociação bem melhor, mas infelizmente não fomos chamados para ajudar”, declarou.
Em aparte, o deputado Ricardo Motta (PROS) disse que a negociação traz prejuízo para o Estado. “O Governo tem a receber R$ 41,250 milhões e tem que pagar, só em custos dos serviços, R$ 46,800 milhões. Portanto, o que tem a receber não cobre o que vai pagar”, afirma.
Para o deputado Dison Lisboa (PSD), a negociação do Governo se fez necessária em função do momento de dificuldade financeira enfrentado pelo Estado. “Reconheço que o Governo precisa ter algumas atitudes de arrocho, mas o Governador Robinson Faria (PSD) se deparou com uma dívida que não tinha conhecimento e teve que negociar”, disse o parlamentar.
Ainda durante o pronunciamento, José Dias pediu o reconhecimento do Governo à colaboração que vem recebendo da Assembleia Legislativa. O parlamentar destacou o empenho da Casa para fazer com que o Estado conseguisse manter o pagamento dos servidores em dia.
“A Assembleia dotou o Estado da capacidade de manter em dia o salário do funcionalismo graças à fusão dos Fundos Previdenciário e Financeiro, aprovado por esta Casa. O nosso empenho nesta matéria merece o reconhecimento do Governo”, defende José Dias.