Do UOL, em São Paulo
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu recorrer ao TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para que as provas anexadas pelos advogados do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro à ação do tríplex no Guarujá (SP) sejam submetidas a perícia. O pedido foi negado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, em despacho na sexta-feira passada (26).
Entre as provas apresentadas pela defesa do empreiteiro após o depoimento prestado por Lula a Moro, no dia 10 de maio, estão e-mails, fotos e mensagens de WhatsApp, que, segundo Pinheiro, revelam “a atenção especial com o tríplex”.
Na sua decisão, Moro afirmou que “o questionamento sobre a autenticidade não faz sentido”. “A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva comete, aparentemente, um equívoco na análise do material”, afirmou Moro no despacho. E complementou dizendo: “a defesa questiona a autenticidade do documento que não é a prova propriamente dita, mas apenas um comentário descritivo e, por evidente, posterior sobre a prova propriamente dita. Então o questionamento sobre a autenticidade não faz sentido.”
A defesa havia pedido ainda que, mesmo que autenticidade seja comprovada, seja dado tempo – ou que a instrução seja reaberta — para analisar os documentos e providenciar contraprovas. Em resposta, Moro diz que “a sua juntada aos autos e abertura de prazo para manifestação representa a sua submissão ao contraditório, não fazendo sentido a alegação da necessidade de novas diligências”.