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SÃO PAULO – Em um eventual segundo turno, o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) gostaria de enfrentar o deputado Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta segunda-feira (21) em sabatina realizada pela Folha de S. Paulo, UOL e SBT. Entre outros temas, ele também criticou o alto lucro dos bancos brasileiros e disse que irá revogar medidas do governo Michel Temer, como a reforma trabalhista.
“A rigor, gostaria muito de enfrentá-lo [Bolsonaro], me parece o candidato menos difícil de ser derrotado”, ironizou Ciro na sabatina. Segundo ele, Bolsonaro, “como fascista, tem dificuldade de lidar com o antagonismo” e, caso seja eleito, haverá uma crise no País, já que “nunca administrou um boteco dos pequenos”.
Para o pedetista, o deputado tem “soluções toscas e graves”. “Quando um camarada promete distribuir armas é um banho de sangue”, alertou o pré-candidato. Nesta área de segurança, Ciro é contra o armamento da população porque os cidadãos não estão preparados para manusear as armas, enquanto os criminosos, estão.
Ciro também criticou os “lucros exorbitantes” dos bancos e das altas taxas de juros. “O Brasil permitiu que apenas cinco bancos, dois dos quais públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica, Bradesco, Santander e Itaú, concentrem 85% de todas as transações do mercado financeiro”, afirma.
“Está aí a explicação: o mundo se acabando e os caras enchendo a pança de ganhar dinheiro. A economia indo para o brejo e o setor financeiro tendo 14% de lucro […] No meu governo, Banco do Brasil e Caixa começarão, no primeiro dia, a fazer concorrência. Se isso não for suficiente, haverá outras providências”, completou o pré-candidato.
Além disso, o pedetista também disse que irá revogar algumas medidas tomadas por Temer nos últimos anos, entre elas a reforma trabalhista, que segundo ele “é uma selvageria”. “Ela permite que um patrão descuidado aloque uma senhora grávida, prenha, que é uma maneira da gente chamar no Nordeste, em ambiente insalubre”, afirmou.