O líder do PDT no Senado, Acir Gurgacz (RO), tornou-se réu, nesta terça-feira (10), em ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de estelionato e crimes contra o sistema financeiro. A decisão resultou de denúncia apresentada contra o pedetista pela Procuradoria Geral da República (PGR), parcialmente acatada pela Segunda Turma do STF – o colegiado não aceitou a acusação de corrupção ativa apontada pela PGR. O processo pode culminar em uma pena de 17 anos de prisão para Acir, além de pagamento de multa e cassação do mandato parlamentar.
O caso teve início, segundo a denúncia, em indícios de fraude em financiamento de R$ 1,5 milhão junto ao Banco da Amazônia (Basa). Em 2002, diretor de uma transportadora com filiais no Amazonas e em Rondônia, Acir fraudou documentos e cometeu desvio de finalidade ao contrair o empréstimo para a empresa.
Segundo a denúncia, Acir utilizou documentos falsos para atestar a aquisição de sete ônibus zero quilômetro, no valor de R$ 290 mil a unidade. Perícia feita nos veículos revelou que eles apenas receberam carrocerias novas para maquiar a realidade: os ônibus tinham mais de dez anos de uso e foram adquiridos com valor atualizado de mercado, a R$ 12 mil cada