Minha delação premiada

Virou moda fazer delação premiada no Brasil.  Delação premiada é quando a palavra de um criminoso vale mais que a de um homem de bem.

Agora quando uma pessoa comete um crime, não precisa mais contratar um advogado, basta procurar o Ministério Público e fazer uma delação para depois ser premiado com o perdão.

Lembro-me, no caso da Operação Impacto, quando fui convidado pelo vereador, Fernando Lucena, que está vivo para contar, para ir ao Ministério Público, pensei que tratava-se de uma denuncia que fizemos ao MP sobre os fantasmas da Câmara Municipal na gestão do presidente, Dickson Nasser. Chegando lá, entrei numa sala pequena, onde estavam os promotores, Jean Polacek, Afonso Ligório e Gaovanni Rosado.

Logo sem muito arrodeio, o promotor, Afonso Ligório, com os olhões aboticados atrás dos óculos fundo de garrafas, disse que tinha muitas denúncias contra “crimes que eu teria cometido”, e continuou dizendo que aquele era o momento para eu me livrar das acusações que o MP poderia fazer contra mim.  Os três promotores me ofereceram uma delação premiada em troca de um “perdão judicial” que certamente eles conseguiram na justiça e até conseguiram me tirava do processo.. Eles me adiantaram que já tinham até falado com o juiz sobre a retirada do meu nome do processo, e não sendo possível o perdão.. Repito, Fernando Lucena está vivo para testemunhar.

Eu respondi perguntando, que não tinha cometido crime algum, e se eles tivessem provas contra mim, porque estavam tentando uma delação premiada? Disse que não aceitava porque não sabia nada se algum vereador tinha recebido dinheiro para votar contra os vetos do prefeito, Carlos Eduardo Alves. Eu é que não recebi e votaria novamente contra os vetos porque o prefeito Carlos Eduardo Alves estava acomunado com o pai dele, então prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves, com o objetivo de engessar a Zona Norte com o novo Plano Diretor para derivar a demanda do mercado imobiliário  para Parnamirim com a intenção de beneficiar amigos que compraram terrenos em Nova Parnamirim o que comprovadamente aconteceu.. Quem tinha ou tem terrenos em Parnamirim ficou milionário, e os terrenos na Zona Norte de Natal não valem nada, mesmo com a construção da ponte Newton Navarro. Contra fatos não existe argumentos.

Mas, voltando a questão da delação premiada, quero dizer que me ofereceram uma grande oportunidade de lascar meus inimigos e desafetos da politica, e ainda sair na condição de bonzinho.. Imagine se eu aproveitasse a ‘delação premiada’ e inventasse mentiras para lascar e comprometer meus inimigos políticos? Garanto que minha mentira teria mais valor que qualquer palavra de um inocente.

Quem garante que o delator não está mentindo?

Preferi ser condenado politicamente, numa armação que entrou até a retirada de uma denuncia de fraudes do Programa do Leite no município de Apodi, quando um determinado produtor deixou de ser denunciado em troca da nossa condenação que  aproveitar do virulento desejo do MP em condenar pessoas usando as mentiras que eu poderia inventar.  O processo subiu para o TJRN e os desembargadores não absorveram com medo da opinião pública, mas, reduziram penas reformando a decisão de 1ª grau ao ponto de ser apenas uma penalidade moral que certamente será reformada no STJ – Superior Tribunal de Justiça com minha absorvição.

Tiro uma conclusão das delações premiadas: a lei de delação e o ministério público estão sendo os melhores advogados dos verdadeiros criminosos. No Brasil está sendo assim, a pessoa depois de cometer um crime, é premiada. Que o diga Carla Ubarana, George Olímpio e Richadson Macedo que está gordo igual um pato andando de Land Rover.

 

 

 

 

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