Enquanto Fortaleza é exemplo, Carlos Eduardo Alves não fez um metro de ciclovia durante seus nove anos de prefeito

De casa ao trabalho, da escola para o shopping. Do cinema para a praia. Nesta infinita highway, os caminhos vão sempre encontrar um dos maiores problemas das grandes metrópoles: o trânsito caótico. A necessidade de se locomover – e direito civil básico –, seja a pé, de carro ou ônibus, encontra entraves que causam prejuízo ao cidadão e até mesmo aos próprios veículos quando envolvidos em acidentes.

Para sanar tal situação, um modal de corpo e rodas magricelas pode ser a solução. A bicicleta é hoje uma das apostas em um cenário de caos no trânsito como opção sustentável que, além de ocupar menos espaço, se adapta a pequenos espaços pode melhorar a saúde do usuário e diminuir a poluição.

Ações em torno do uso da bicicleta tornaram-se comuns em Fortaleza (FOTO: Divulgação/Ciclovida)
Ações em torno do uso da bicicleta tornaram-se comuns em Fortaleza (FOTO: Divulgação/Ciclovida)

Neste cenário, Fortaleza começou a investir em ciclovias e ciclofaixas há dois anos. De lá pra cá, o que se vê é uma cidade respirando bikes. Quem já costumava usar mesmo sem uma malha viária adequada, reforçou as pedaladas; quem não tinha, comprou; e ainda quem guardava no canto do porão resolveu tirar a poeira e fazer a “magrela” sentir a cidade.

De acordo com o engenheiro da Prefeitura de Fortaleza, Gustavo Pinheiro, o embrião da malha cicloviária foi iniciada com a implementação da ciclofaixa da Rua Benjamim Brasil, no bairro Mondubim, em setembro de 2012. Mas o boom de pedaladas veio com as ciclofaixas das ruas canuto de Aguiar e Ana Bilhar, na Aldeota, região nobre de Fortaleza, o que inicialmente causou burburinho: “mas os ricos andam de carro!”.

Naquela época, segundo a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), optou-se em escolher o binário Ana Bilhar/Canuto de Aguiar por ser um corredor de tráfego com vias paralelas de sentido único, possuir integração com outras ciclofaixas propostas e com a ciclovia da Via Expressa, além de ter apresentado maiores volumes de ciclistas dentre as vias analisadas e baixos conflitos com pontos de paradas..

As rotas cresceram e hoje possuem 125,5 quilômetros de extensão e, de acordo com o Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (Paitt), o objetivo é construir mais 100 km até 2016.

Com objetivo de fortalecer as atuais políticas de mobilidade urbana, priorizando o transporte público não motorizado, a Prefeitura de Fortaleza deu início às ações de ordenamento e gerenciamento das atividades cicloviárias a partir da entrega do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), em novembro de 2014, indicando políticas de atuação e gerenciamento de obras na área, pelo período de 15 anos, prevendo 524 quilômetros de rede para duas rodas.

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